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...Que quando a gente se entrega por

inteiro é amor, o gosto de um beijo fica

pra sempre quando é amor..."

26 de março de 2012

Escrito por: Monique Figueiredo Neves

Depois que saí da sala, Victor ficou ali pensando se deveria ... se queria mesmo ir ao médico. Mas o que mais lhe incomodava era o fato de ter sido uma indicação do Vinicius. Pegou a agenda que estava em cima da mesa do telefone, olhou o endereço anotado na data de quinta-feira, pensou um pouco, arrancou a folha e enfiou no bolso da calça. Terminou seu café, recolheu sua louça, pegou a carteira, os documentos do carro e saiu sem se despedir.
Tinha que reagir e pegou o carro rumando para o escritório, não podia deixar tudo nas mãos do Leo, seu irmão também tinha seus problemas particulares e não era justo com ele carregar o fardo da produtora sozinho. Sem contar que este desânimo todo tinha que passar, não queria ser um peso para ninguém.
Assim que saí do banheiro no quarto da Mari deixando tudo pronto para o seu banho ouvi um barulho vindo da garagem, olhei pela janela do quarto e vi o Victor saindo de carro. Respirei fundo, ele tinha que reagir, tinha que procurar ajuda, mas teimoso como era eu tinha medo que uma pressão maior em relação a isso pudesse fazer com que ele tomasse o caminho oposto ao tratamento.
E assim se passou a minha manhã, entre fraldas, mamadeiras e lanches para as crianças. Disto eu não tinha o que reclamar. Não eram enjoados para comer, sempre calmos e saudáveis. Claro que de vez em quando a Fê mostrava o seu gênio mas a tranqüilidade do Pedro era o equilíbrio entre os dois. E a Mari, nossa! Era a anjinha da casa, não dava nenhum trabalho, muito menos sustos.
Assim que chegou ao escritório Victor cumprimentou a secretária e dirigiu-se a sua sala. Abriu a porta e já viu o Leo ali, cheio de papéis espalhados em cima da mesa, falando ao telefone e com o e-mail aberto, tentando ler alguns pedidos de contratação para shows. Assim que viu a porta se abrir e notou que era o irmão a chegar respirou aliviado, não queria forçar a barra mas com o reconhecimento do trabalho deles mais a divulgação junto com uma gravadora de grande porte como a Sony a procura por shows aumentara consideravelmente e logo não dariam mais conta de fazer tudo sozinhos muito menos se o irmão não o ajudasse.
Victor então sentou a sua frente aguardando ele terminar na ligação em que estava. Assim que desligou o telefone Leo não teve como não comentar.
- Ainda bem que veio. Isso aqui tá uma loucura, é pedido de show pra todo canto do país. Do país Victor!
- E isso não é bom? Perguntou sem muito entusiasmo.
- Sim, se dermos conta de tudo é a realização do nosso sonho. O reconhecimento do nosso esforço e trabalho. Mas irmão, se você não me ajudar eu não dou conta, preciso de você.
- Estou aqui não estou? Respondeu já um pouco contrariado com a cobrança. Detestava ser cobrado, sabia das suas obrigações e fazia tudo ao seu modo, sem pressões.
- São contratos? Apontou para a pilha de papéis em cima da mesa do irmão.
- Sim, alguns que temos que assinar ainda hoje pois só falta isso.
Victor então pega tudo, arruma numa pilha e dirige-se a sua mesa, que fica em frente à do irmão.
- Então enquanto eu leio isso aqui você vê os e-mails e qualquer coisa vamos discutindo.
Leo ainda lhe olha desconfiado como ultimamente o irmão não tem estado muito interessado em nada que esteja relacionado ao trabalho ficou ressabiado mas parou para pensar um pouco. Ele acreditava que tudo era devido ao estresse causado pela longa excursão que fizeram. Que tudo que estava sentindo era cansaço e saudades da família. Mas já estavam em casa fazia uma semana inteira então acreditou que seu mal estar tinha passado e voltou sua atenção para os e-mails.
Victor sentou-se à mesa, ajeitou a pilha de papéis na sua frente, não tinha vontade de ler nada, de fazer nada. No fundo sua vontade era de ficar quieto em seu quarto, deitado em sua cama, longe de tudo e de todos, sem cobranças, mas isso estava fora de cogitação naquele momento. Respirou fundo e começou a ler os contratos, como eram meio que repetitivos os textos logo perdeu o interesse e simplesmente olhava para aqueles papéis mas não enxergava mais nada na sua frente, sua mente se esvaziava facilmente nestes últimos dias. Na hora do almoço saiu com o irmão e foram a um restaurante próximo a produtora, não tinha feito muitos avanços em relação aos contratos mas a todo instante tentava não se desviar de seus objetivos.
O dia se passou sem maiores problemas, Victor na produtora leu e assinou todos os contratos, verdade que só leu alguns mas não tinha se dado conta disto, nos últimos tempos fazia coisas automaticamente sem reparar o que estava fazendo isso quando não era simplesmente vencido por um cansaço inexplicável que o fazia ficar na cama o dia inteiro se deixassem.

19 de março de 2012

Escrito por: Monique Figueiredo Neves

Desci até a cozinha, fui preparar a mamadeira da Mari. D. Joana já estava lá, preparando o café.
- Bom dia!
- Bom dia D. Joana. Essa bonequinha aqui acordou assustada hoje.
- Hummm. Será que vai querer ficar no colo o dia todo?
- Espero que não. Tenho muita coisa para aprontar. Essa semana ainda tenho que passar na faculdade para deixar algumas notas que faltaram.
- Entendi. Seu Vitor já levantou?
- Já sim.
- Então vou colocar a mesa, fiz aquele bolo que ele adora.
- Ah D. Joana! O que seria de mim sem a senhora hein?
Ela sorriu e saiu para a sala de jantar, a fim de aprontar a mesa do café. Eu fiquei ali entretida com a mamadeira da Mari, aproveitei e já preparei as da Fê e do Pedro, logo logo minhas espoletinhas estariam aprontando no quarto.
Depois que deixei o quarto o Victor ficou sentando pensando se iria ou não naquele médico. Ir era admitir que tinha problemas mas também não ir era um risco de não sair daquele estado letárgico em que se sentia. Não sabia o que tinha só tinha a certeza que não estava bem. Mas fora meu irmão que indicara. E desde que o Vinicius se envolvera com a Paula eles vinham se estranhando. Logo começou a ouvir um choro. Era Fernanda que acabara de acordar. Levantou-se e se obrigou a reagir mesmo que sua vontade era de ficar ali, trancando naquele quarto, longe de tudo e de todos. Abriu a porta do quarto e viu Fernanda tentando sair do berço enquanto que Pedro só acompanhava com seu olhão arregalado e curioso.
- Tá pensando que vai aonde hein mocinha?
- Papai, colo! Pediu toda manhosa esticando os bracinhos.
Ele a pegou deu-lhe um beijinho carinhoso e logo Pedro também se assanha para sair do berço. Depois de um pequeno malabarismo consegue tira-lo de lá. Deixa os dois no tapete do quarto com alguns de seus brinquedos e vai para o banheiro aprontar o banho deles.
Da cozinha ouvi o choro da pequena e já ia saindo com a Mari num braço e as mamadeiras no outro quando encontro com a Renata, chegando.
- Bom dia! Eu também ouvi. Pode deixar que levo e dou logo o banho destes dois. Hoje parece que vai ser um dia bem quente né!
- Bom dia Renata! É parece sim e te agradeço por que essa mocinha aqui tá toda manhosa hoje.
Logo que terminou de encher as banheiras Vitor voltou ao quarto para tirar a roupa das crianças e viu a porta se abrindo devagar. Respirou fundo, não queria mais brigas mas se surpreendeu em ver que não era eu a entrar e sim Renata.
- Bom dia Renata. Esses dois estão cada vez mais espertos.
- Bom dia Seu Vitor. É verdade. O que aprontaram logo cedo?
- Acredita que essa princesinha já tá querendo fugir do berço? Abri a porta do quarto e ela já estava com uma perninha do lado de fora. Se tivesse impulso ...
- Imagina o que não irá aprontar quando for adolescente então ?
- Não quero nem pensar, até lá terei poucos cabelos porque ela com certeza me arrancará os últimos. Você me ajuda com esses dois?
- Claro! Vamos lá.
Enquanto eles davam banho e a mamadeiras dos pequenos eu aproveitei que a Mari estava quietinha no meu colo e enquanto tomava a mamadeira dela tomei meu café com calma.
Depois de ajudar a Renata com os pequenos Vitor desceu para tomar seu café. Eu estava ali, enrolando mais que comendo. Discutir com ele logo cedo me tirou o apetite. Ele se sentou e me olhou de rabo de olho. Serviu-se do seu café com leite e um pedaço do bolo da D. Joana.
- A que horas é esse médico. Perguntou baixo.
- As 14hrs de quinta-feira. Você vai, não vai?
- Não sei ainda. Tenho que ver no escritório se tem alguma reunião.
- Vitor! É a sua vida, sua saúde que está em jogo. Respondi já um pouco alterada.
- Exatamente! É a MINHA vida, e eu é que decido o que vou fazer dela, entendeu? Respondeu rispidamente.
Calei-me novamente, discutir com ele não iria adiantar em nada. Com a sua teimosia era bem capaz de não ir só por birra.
Deixei a sala e subi com a Mari, o dia estava mesmo muito quente, resolvi dar-lhe um banho logo cedo e aproveitar para colocar minhas coisas em dia pois aquela manhã já não começara bem, como todas as últimas.

9 de março de 2012

Girls...

Mil perdões mais definitivamente não estou conseguindo postar....logo como também gostaria de ver o final da historia  se alguém tiver interesse em escrever no blog é só me passar um e-mail que vou cadastra-la como escrito.... alguém se interessa?

9 de fevereiro de 2012

Boa noite meninas...peço desculpas por não ter respondido aos comentários antes, mais o tempo é algo que anda escasso na minha vida! Sempre tive o blog como um prazer, momento em que me sentia livre pra escrever...descansar...fugir um pouco da correria que é no dia a dia...e o tinha até como uma prioridade, mais no meu atual momento outras necessidades foram tomando esse espaço e foi preciso que eu deixasse um pouco de lado esse cantinho para que pudesse tocar em frente os objetivos da minha vida real da qual não posso fugir! Sendo assim como vocês notaram somente eu continuarei postando e por esse motivo além dos citados anteriormente as postagens serão escassas sim...mais tentarei ao máximo atualizar o blog ao menos duas vezes por mês já que assim como vocês também sinto a necessidade de ver essa historia finalizada! Nesse final de semana atualizarei o blog e depois disso só no final do mês ok..peço desculpas de coração pela demora em dar alguma explicação e agradeço muito pela demonstração de interesse e carinho por esse cantinho imaginário..
Muito beijo a todas...e até logo!

21 de janeiro de 2012

Fui saindo do escritório, assim que sai vi a porta do nossa quarto batendo com força, fui em sua direção assim que ia entrar  comecei a ouvir o horo da Mari, respirei fundo me direcionando até o seu quarto já chegando ao berço, ela chorando assim que me viu já foi passando a mão no rostinho me pedindo colo com uma carinha de assustada, a peguei lhe dando um abraço e lhe acalmando, fui saindo do quarto voltando ao nosso assim que abri a porta o Vitor estava andando de um lado para o outro passando as mãos pelos cabelos como sempre fazia quando estava irritado, eu parei na porta o olhando- Vih!
Ele só levantou a mão fazendo sinal para que eu parasse e não continuasse a falar, eu passei a mão pela cabeçinha da Mari que se encostou deitadinha no meu ombro, balancei a cabeça negativamente- Para com isso Vitor..
Ele me olhou me interrompendo alterado- Não!.é um absurdo eu te peço ajuda e na primeira oportunidade sai espalhando para qualquer um...acabou contando de ontem também..hunn..que seu marido não é homem suficiente pra você..
- Para com isso Vitor..
Ele deu aquele riso nervoso como se tentasse se controlar, eu só me aproximei um pouco mais falando baixo-  Eu não sai falando para qualquer um..eu conversei com meu irmão, a muito ja havia dito q ele que achava que você não estava bem... ele me disse que tinha alguns amigos psiquiatras e como você resolveu aceitar tudo isso só queria marcar uma consulta pra que toda essa situação que estamos passando acabasse de uma vez por todas..
Ele parou me olhando, eu respirei fundo- Se você acha que até então ninguém percebeu o que esta acontecendo contigo se engana e muito...todos as suas volta perceberam o quanto mudou... e admitir isso não é ser fraco..você não tem culpa...não precisa carregar todos os problemas do mundo nas suas costas e nem achar que vão lhe julgar melhor ou pior por precisar de ajuda...só você e eu também sei o quanto esta sendo dificil essa distancia..esses compromissos o quanto a nossa vida esta mudando de uma hora para outra. E ao contraio do que pensa não falei nada de mais para o meu irmão..só pedi o nome dos médicos..! Mais...pode pensar o que quiser...ficar irritado..isso já esta sendo normal...eu só peço que vá nessa consulta Vih..nada mais...só isso!
Ele acabou suspirando se sentando no canto da cama, eu me virei dando um beijo na pequena e saindo do quarto, não queria nenhum tipo de discussão..estava cansada de viver desse modo, sempre brigando como se não fosse possivel existir paz dentro de casa!