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...Que quando a gente se entrega por

inteiro é amor, o gosto de um beijo fica

pra sempre quando é amor..."

13 de junho de 2011

Eu passei a mão no rosto tentando afastar aquela preocupação de mim, olhei a Paula novamente, ela já foi se sentando ao meu lado pedindo um suco também.
Olhei em volta já vir o Junior se aproximar de mim, ele olhou a Paula dando um oi, me olhou mais apreensivo você viu o Vinicius? Ligaram na secretária para ele acho que é grav...
Eu lhe interrompi, sim Junior ele já foi avisado, bom eu ia passar na secretária para avisar que ele tinha ido e...
Não, não precisa se preocupar, já estão sabendo do acontecido, meu horário era vago agora, mas vou assumir a sala de dele, bom qualquer noticia ou qualquer coisa que precisem me avisa.
Pode deixar e obrigada viu.
Imagina!
Ele foi nós pedindo licença e já saindo dali, eu respirei fundo, olhei a Paula, ela estava ali séria me olhando arqueou as sobrancelhas rindo, passou sua mão em meu braço dizendo durante esses próximos meses que ainda falta para essa criança nascer você vai ver muitas dessas ligações e muitas vezes o seu irmão correr assim como se mundo tivesse acabando e depois ele vai voltar e vai dizer que não foi nada demais só um mal estar, se acostuma, mas voltando ao que me interessa você vai me dá aula agora né?
Eu lhe olhei não ia adiantar discutir com ela e nem dizer que dessa vez era grave porque ela não iria querer saber mesmo, eu só deixei isso de lado já respondendo pois é e justo na sua sala vou dá duas aulas, só espero que goste.
Ah como não vou gostar, nossa estava com saudades disso aqui sabia e melhor de tudo e que está me ajudando a esquecer, a ocupar a mente com que eu realmente devo me preocupar nessa vida que é meus estudos!
Eu fui tomando meu suco só ouvindo o que ela ia falando, acabei deixando meu copo de lado, me virando um pouco, já dizendo pensei que iria me ligar ou iria lá em casa no final de semana para conversamos, como você está?
Não deu para ir, tive que organizar minhas coisas para a está aqui hoje, colocar meus pensamentos em ordem e como você está vendo estou ótima! Ela acabou suspirando deixando seu copo de lado, me olhou, fechou seus olhos devagar, passou a mão nos seus cabelos, abrindo seus olhos suspirou dizendo em um tom baixo, eu, eu estou péssima essa e a verdade, mas já prometi para mim mesma que não vou mais chorar, eu não quero mais sofrer, chega, chega!
Se para ele nada do que vivemos foi bom, importante a unica coisa que me resta e esquecer, esquecer ele, esquecer essa mulher, esse filho deles e viver a minha vida, não vai ser fácil, mas vai ser o melhor...
Eu fiz carinho em seu braço, lhe olhei, bom Paula se acha é melhor é assim né?
Ela só consentiu, eu olhei meu olhei bom vamos?
Eu já fui pegando minha bolsa tirando o dinheiro já olhei a Paula, pode deixar eu pago e...
Não imagina!
Eu lhe olhei mais séria eu pago, relaxa, depois eu cobro um almoço!
Ela riu, fomos pegando nossas coisas, eu acabei recolhendo a pasta do Vini que estava ali depois lhe entregaria, já fomos seguindo para sala.
Apesar de está preocupada precisava colocar minha cabeça para funcionar, eu e a Paula já entramos na sua sala, ela foi tomando seu lugar eu o meu, só fiquei ali aguardando os alunos retornarem, assim que todos entraram já seguir aquela rotina de me apresentar aos que não me conhecia e seguir minha aulas...
A minha manhã acabou se passando e lá estava eu no fim de mais um dia de trabalho, assim que meus alunos deixaram a sala eu já fui recolhendo minhas coisas, ajeitando minha bolsa, sair, já encontrei a Paula no corredor, ela deu um sorriso adorei a sua aluna e a turma então nem se fala...
Ah que bom, muito bom saber disso!
Você nasceu para isso, ensinar...
Eu rir, vai para casa Paula?
Vou.
Está de carro?
Não, minha mãe hoje preciso ir com ele, porque?
Então eu te dou uma carona.
Ai jura? Não vou negar não...
Eu rir juro, juro, só preciso passar na secretária antes!
Tudo bem, ótimo!
Ela já foi me acompanhando, eu só fui a secretária, entrei em uma das salas assinando o meu cartão, o Valdir o Junior já viram a Paula ali se aproximaram dela ansiosos, o Junior já foi lhe perguntando e então noticias do Vinicius? Como pode isso acontecer, justo agora!
A Paula olhou os dois sem entende, balançou os ombros dizendo séria, eu hoje não vir e nem falei com o Vinicius.
O Valdir olhou o Junior desconfiado, lhe olhou novamente, perguntando, Não? Mas vocês num...
Ela já lhe interrompeu rápido, bom eu não falei com ele, mas se quiserem saber de algo e só ligar ou então falar com a irmã dele ela está aí na sala dos professores!
Os dois só consentiram, a Paula só pediu licença se afastando dali já pensativa, não podia negar que estava começando a ficar preocupada com aquilo, primeiro ele correndo, eu que havia ficado assustada e agora os outros professores querendo noticias dele.
Ela ficou ali envolvida com seus pensamentos, eu acabei assinando meu cartão quando os demais professores se aproximaram já me enchendo de perguntas eu já fui avisando que não sabia de nada, que iria chegar em casa e ligar e depois passava a noticia, me despedir de todos já saindo, assim que sair olhei em volta não vir a Paula, olhei mais a frente ela estava ali parada na porta, eu me aproximei dizendo baixo, vamos?
Ela continuo ali longe, eu passei a mão em seu ombro, ela assustou olhando para trás, eu lhe olhei rápido, calma, calma sou eu, eu te chamei não me ouviu, desculpa!
Não e que eu estava longe e, e... nem percebi, nossa, mas vamos sim...
Eu consentir, fomos saindo em direção ao estacionamento, já lhe olhei desconfiada aconteceu alguma coisa Paula?
Não! Porque?
Nada, está estranha!
Ela balançou a cabeça negativamente, meu celular tocou, eu lhe olhei espera um pouco, já fui abrindo minha bolsa revirando, mas não lhe achava, ela se aproximou segurando minhas pastas, eu já fui revirando minha bolsa que droga, onde está essa porcaria, ela só olhou apontando para o bolso que havia ao lado, eu olhei já fui abrindo e pegando rápido quando fui atender meu celular já desligou sozinho, eu fui tentando lhe ligar, ma nada, já joguei na bolsa com raiva, que droga a bateria acabou.
Ela me olhou e impressão minha ou está nervosa?
Eu me aproximei do carro já destravando, fui abrindo minha porta já deixando minhas coisas de lado, ela entrou também, eu suspirei eu estou preocupada.
Posso ajudar?
Pode, está com seu celular aí?
Ela foi abrindo sua bolsa pegou me entregando, eu já fui discando o número do Vinicius.
Ele estava ali no hospital, só olhou no visor viu o nome da Paula, naquele momento não podia pensar em outra coisa que não fosse no bem bem da Dani, pensou em não atende, deixou chamar, mas como viu que não ia desistir, já foi atendendo dizendo Paula num momento eu não posso falar.
Eu já disse rápido, Vini sou eu, não é a Paula, a bateria do meu celular acabou quando fui atender sua ligação, mas isso não importa eu não posso falar muito tempo, me diz o que aconteceu?
Ele foi se deixando se sentar, eu estou aqui no hospital, ainda nem pude ver-la, mas a D. Nair mãe da Dani esteve com ela, não teve jeito, não teve ela caiu da escada, perdeu o bebê, quando chegou aqui não teve mais o que fazer, estão preparando ela para a coleta...
Ele parou de falar, levando as mãos aos olhos pressionando, suspirou.
Eu olhei a Paula, suspirei dizendo, poxa Vini que triste isso, mas como, como você está?
Arrasado, me sentindo inútil sabe, me sentindo culpado por não ter protegido ela direto, eu tinha que está ao lado dela.
Não fala assim Vini você fez o que pode.
Não fiz, você sabe que não fiz!
Vini me escuta, não fica pensando assim ainda mais agora que isso só vai piorar o que está sentindo, eu queria muito ir para aí, ficar contigo, mas tenho que ir em casa, ver os pequenos e...
Não imagina, eu entendo perfeitamente, e fora que também não tem muito que fazer, agora e só aguardar e rezar para que ela fique bem...
Ela vai ficar tenho certeza e você também, bom estou indo para casa me liga assim que tiver mais noticia, se cuida e cabeça erguida!
Obrigado!
Beijos.
Beijos, tchau...
Eu desliguei o celular, a Paula me olhou desconfiada, eu lhe olhei lhe entregando o Vini está arrasado, agora mais do que nunca ele precisa de mim, de você também Paula.
De mim? Porque de mim?
Porque você gosta dele e ele gosta de você, e isso que ele está passando não é fácil, a Daniela caiu da escada e perdeu o bebê, eles estão no hospital, ela vai ter que fazer coleta, ele está arrasado!
Ela ficou me olhando, suspirou eu sinto muito apesar de tudo, mas não vejo que ele precisa de mim.
Como não Paula?
Ele tem a Daniela num tem? Os dois que se consolem juntos!
Paula por favor!
Ela balançou os ombros dizendo, ele quem escolheu isso, ele escolheu acreditar nas mentiras dela, preferiu correr atrás dela, do que acreditar em mim, no que eu sentia por ele.
Paula eu não estou aqui falando quem está certo ou errado, eu estou falando de uma pessoa, de um pai que acabou de perder um filho, filho esse que ele sonhou, que ele já tinha tanto amor e preocupação, se você sente todo esse amor pelo Vini como eu acredito que sinta, podia deixar seu orgulho e a sua raiva de lado e ajudar ele, dá o apoio que ele precisa e que eu tenho certeza que se fosse você que precisasse ele daria sem dúvidas.
Ela ficou calada, não estava com cabeça para discutir nada ainda mais com a Paula que oras parecia uma mulher falando, outras apenas uma menina mimada, eu já coloquei meu cinto dando partida no carro, já deixando o estacionamento, seguir o caminho todo calada, cada uma envolvida nos seus pensamentos, eu parei o carro em frente a sua casa, ela me olhou desconfiada não quer descer?
Não, não posso, os pequenos estão em casa e nem sei se o Vih vai almoçar em casa outra hora eu apareço com calma, bom até amanhã.
Até e obrigada pela carona!
Eu consentir, ela tirou seu cinto, pegou sua bolsa já abrindo a porta e descendo.
Eu só fiquei lhe olhando sair, ela acenou fechando a porta eu retribui seguindo para casa, assim que cheguei já fui estacionando o carro na garagem, desci pegando minhas coisas, abrir a porta da sala, já fui deixando minhas coisas de lado, me aproximei da sala de jantar já dando um sorriso vendo os pequenos ali com a Renata.
A Renata me olhou, olhou os pequenos, olha quem chegou....
O Pedor já foi sorrindo e batendo palma, eu me aproximei dando um beijo nos dois, olhei a Mari na cadeirinha, sorrir dando um beijo na sua barriga oi minha bebê linda, tudo bem?
A D. Joana que estava na cozinha, se aproximou sorrindo ah está explicado o porque dessa festa!
Eu sorrir ficou tudo bem por aqui?
Tudo ótimo querida!
Eu consentir, a Mari já estava resmungando, eu lhe olhei dando um sorriso pequeno, a mamãe só vai lavar a mão e já volta tá minha pequena!
Eu já fui rápido ao banheiro ali debaixo mesmo só lavando minhas mãos, voltei lhe pegando, lhe dei um beijo já me sentei puxando uma cadeira próxima do Pedro e ajudando a Renata com o almoço deles.
A D.Joana já voltou a cozinha cuidando dos últimos preparo do almoço, assim que os pequenos terminaram, eu já fui almoçando também, como o Vitor não havia ligado nem nada era sinal que ia passar a tarde pelo escritório.
Logo após o almoço eu subir só trocando de roupa, aproveitei minha tarde para ficar com eles ali pela sala brincando e os enchendo de carinho, por alguns momentos me deixei levar pelos meus pensamentos pensando na Dani, no Vini e até na Paula.
O Vitor e o Leo ali no escritório ficaram horas e horas discutindo, tentando arranjar uma forma daquela agenda mudar, de que pelos menos alguns shows fosse jogados para frente, dois meses longe de casa era muita coisa e os dois jamais havia feito isso.
Apesar de todas as explicações, razões, o Marcelo, o Eduardo e todos os produtores explicaram para eles que aquilo era preciso, pelo menos nesse inicio.
Sem saída os dois acabaram tendo que se calar e aceitar aquilo, os dois acabaram saindo da sala de reuniões seguindo para suas salas.
O Leo só olhou o Vitor pensativo, o Vitor só deixou se sentar olhando em volta, passou a mão nos cabelos suspirando e já imaginando na briga que ia enfrentar em casa.
O Leo se aproximou passando a mão no seu ombro dizendo vai dá certo tudo, só pensa nisso!
Ele consentiu, olhou seu relógio, olhou o Leo, estou indo para casa!
Eu vou também, te dou uma carona!
Ele consentiu, os dois foram pegando suas coisas, já deixando o escritório seguindo para casa.
O Vini que havia ficado todo seu tempo andando pelo corredor, a espera de uma noticia, a esperar de ver a Dani não percebia nem se quer que a hora havia passado e ele nada havia colocado no estomago.
Depois de muito tempo a D. Nair se aproximou dele,lhe olhou dizendo, ela já está no quarto e quer te ver.
Então já fizeram a coleta?
Já.
Como ela está?
Triste querido, bom vai até lá eu vou tomar um café, colocar algo no estomago, porque desde cedo que não como nada e aposto que você também né?
Eu nem lembrei disso, o que importa agora e a saúde da Dani, só isso.
Ela só consentiu lhe falando o número do quarto, ele agradeceu seguindo até o número que ela havia dito, ele parou em frente a porta, respirou fundo antes de abrir, abrir devagar lhe olhando, ela assim que ouviu o barulho, passou a mão no rosto secando os olhos.
O Vini se aproximou rápido encostando só a porta, lhe olhou, ela já foi se deixando chorar, ele fez carinho em seu braço, não fica assim Dani, não fica assim, você não pode ficar assim....
Vini era nosso, nosso bebê, eu perdi, eu perdi, a culpa e toda minha...
Ele se abaixou passando a mão nos seus lábios, não existe culpados nessa história minha querida, foi uma fatalidade, ninguém podia prever, ninguém, se você achar que é culpada, eu também vou dizer que sou culpado por não está do seu lado quando aconteceu, por não ter feito nada para que isso acontecesse.
Ela balançou a cabeça negativamente, eu não merecia isso Vini, não merecia, eu queria tanto, tanto o meu bebê, eu queria tanto te dá esse bebê, esse filho que você tanto sonhou em ter...
Oh Dani, você e jovem, é linda e cheia de vida, de saúde, logo, logo vai poder se realizar nesse seu sonho...
Mas era esse momento Vini, nosso bebê.
Se isso aconteceu Dani, foi porque tinha que acontecer, eu sei que está sendo difícil para você, eu também não queria que fosse assim, mas você precisa ser forte, precisamos ser forte para vencer esse momento hum? Você não pode ficar assim nervosa, agitada como está, tenta descansar um pouco eu vou ficar aqui do seu lado.
Promete?
O que?
Que vai ficar aqui do meu lado.
Claro que prometo eu num estou aqui? Daqui do seu lado eu só vou sair quando estiver bem, agora descansa hum, eu estou aqui....
Ele foi mexendo em seu cabelo fazendo carinho, com os efeitos dos medicamentos, não demorou muito para que ela pegasse no sono, ele só ficou ali lhe olhando e se deixando levar por milhões e milhões de pensamentos...
Em casa como estava um pouco de frio, a Renata depois de uma seção de desenhos havia conseguido colocar os pequenos para dormir, a Mari com o silencio acabou fazendo o mesmo.
Eu sair do quarto dela, acabei olhando o escritório, peguei meu laptop descendo precisava adiantar umas coisas para a aula de amanhã, coloquei o laptop sobre a mesa de centro, me sentei ao chão, fiquei ali tentando me distrair, tentando fazer algo, mas estava com a minha cabeça em outro lugar, olhei o telefone ao lado, me levantei me sentando ao sofá, já peguei discando o número do Vini.
Ele assim que sentiu seu telefone vibrar levou a mão ao bolso, o pegando, se afastou da cama indo até a janela dizendo Oi...
Oi Vini esperei você me ligar, está podendo falar?
Desculpa, eu estou aqui com a Dani no quarto, ela dormiu faz pouco tempo, o médico dela esteve aqui me explicou tudo, ela já fez a coleta e como ela estava fraca e com dores vai ter que ficar por aqui pelo hospital em observação essas coisas e sem contar que ela está arrasada.
Eu imagino Vini ou melhor eu sei perfeitamente o quanto essa perda dói também já passei por isso, mas a Dani vai superar,você também vai superar e vai realizar seu sonho de ser pai tenho certeza! Bom irmão eu só liguei mesmo para ter noticias, quer que eu avise o pai ou você já avisou?
Eu falei com ele mais cedo, acho melhor eu ligar, sabe como ele é, quer saber de tudo, os detalhes, deixa que eu ligo e obrigado, obrigado mesmo pela atenção, preocupação.
Imagina Vini, não tem nada que me agradecer não, bom qualquer coisa estou em casa, estou com o celular também só me ligar, a hora que for viu, fica bem...
Obrigado de novo e pode deixar que vou ficar, vou tentar...
Nós despedimos, assim que o Vini desligou o telefone, fiquei ali pensando eu sabia o quanto aquilo tudo doía por já ter passado por aquilo, eu passei a mão nos cabelos me encostei no sofá me deixando ir longe com meus pensamentos...
O Vitor depois de sair do escritório seguiu para casa, o Leo lhe deixou em frente de casa, suspirou lhe olhando e já dizendo eu sei que é difícil cara, eu sei acha que não vai ser difícil para mim também? Agora as coisas mudaram de situação, ela tem os pais dela, pode ir para a fazenda a hora que quiser, tem o irmão dela e sem contar que tem a D. Joana, a Renata, lá em casa só e eu, aTati e o Matheus, isso vai me doer tanto quando está doendo para você, mas a gente sabia que ia exigir e...
Sabia Leo, claro que a gente sabia, mas nega que você que ficou surpreso, assustado e pensando em como a Tati vai agir diante disso!
Claro que fiquei mais...
Mais agora a agora não tem como voltar a trás num é isso? É por mais que você diga que tem a D. Fátima, o Sr Antônio, o Vinícius, a mãe ou seja lá quem for, eles não sou eu, não é, e a minha saudade o que eu faço? A minha preocupação? A minha presença? O meu momento pai, marido, família onde eu enfio bicho? Dois meses não são dois dias e nem muito menos duas semanas, eu não vou dizer que estou indo feliz para essa loucura, mas só espero Leo, espero mesmo não me arrepender nunca de tudo isso, espero mesmo.
O Leo ficou lhe olhando, não sabia nem o que falar naquele momento, seria tão difícil para ele, como estava sendo para o Vitor, ele só suspirou dizendo baixo, vamos pensar que tudo isso vai valer a pena só isso, por nós e principalmente para a nossa família.
O Vitor só consentiu com a cabeça, já foi pegando meus papeis que estava sobre o painel, tirou seu cinto, abrindo a porta do carro e saltando, fechou a porta acenando.
O Leo retribuiu já o deixando, o Vitor só olhou o carro se afastando suspirou pensativo, passou a mão nos cabelos nem sabia como ia começar aquela conversa, só sabia que não podia adiar pois já estava em cima, ele colocou a mão nos bolsos já pegando sua chave, se aproximou do portão o abrindo e já entrando, assim que entrou em casa, encostou a porta viu tudo em silencio, deixou sua carteira e as chaves ali pelo hall, foi se aproximando da sala, já me viu ali no sofá deitada e de olhos fechados, se abaixou próximo a mim, mexendo no meu braço.
Eu abrir meus olhos rápido, nossa eu, eu cochilei nem te vir entrar, faz tempo que chegou?
Não minha princesa, eu acabei de chegar!
Eu consentir lhe dando um beijo carinho, ele ficou ali me olhando com aquela expressão de quem estava preocupado, angustiado.
Eu fiz carinho em seu cabelo, me sentei, me virei colocando o o telefone na base, ele se sentou na mesinha de centro afastando o laptop que estava ali, respirou fundo tentando criando coragem de como ia começar aquela conversa.
Eu me virei lhe olhando, suspirei preciso te contar o que aconteceu hoje.
Eu também preciso conversar com você, eu nem sei como falar, mas é importante, eu queria que me escutasse e não me jul...
Não Vih, eu também tenho uma coisa séria para te falar, eu só estou aqui porque, por causa dos pequenos, se não eu teria ido e...
Ele pegou o envelope colocando a minha frente.
Eu lhe olhei o que isso?
Abre linda!
Eu peguei desconfiada, abrir olhando rapidamente sem prestar muita atenção, olhei o Vitor, mas isso são seus contratos o que tem?
Olha melhor princesa!
Vih eu estou aqui te falando que aconteceu uma coisa séria.
Amor por favor, faz o que eu estou te pedindo, olha, olha esses papeis direito!
Eu só consentir olhando, pelo tom e a expressão que ele estava era melhor nem discutir... Eu já fui olhando aqueles papeis com atenção, assim que virei a folha já vir sua agenda de show, fui virando as outras folhas, lhe olhei dizendo quantos shows Vih!
Ele balançou a cabeça positivamente.
Eu fiquei lhe olhando, olhei aquele papel novamente, lhe olhei rápido, mas Vih tem algo errado aqui num tem? Cadê as suas folgas?
Eu parei lhe olhando esperando que ele me respondesse, ele estava sério me olhando, passou suas mãos nas pernas, respirando fundo como se estivesse tomando coragem, suspirou dizendo baixo amor, eu quero que me escute, só me escute por favor!
Isso também não estava nos meus planos, vai ser muito difícil para mim, para o Leo, a gente tentou conversar, mas...
Eu lhe interrompi entendendo tudo, já joguei aquele papel de lado segurando aquele choro, me levantei, ele também segurando meu braço dizendo não faz assim minha vida vamos conversar.
Eu soltei meu braço, seguindo em direção a escada subir direto ao meu quarto já me sentando no canto da cama, tudo o que eu mais temia estava acontecendo, era dias, depois semanas e agora meses e depois, depois como séria?
Eu só passei a mão nos meus cabelos sentindo aquele desespero me bater e aquele choro que eu estava segurando sair de mim, eu iria ficar ali sem ele, só com os pequenos durante meses, meses como eu ia entender isso? Como?
Eu assim que deixei a sala, ele só ficou olhando, já pegou aqueles papeis recolhendo, subiu os deixou no escritório, saiu dali seguindo ao nosso quarto, parou na porta me olhando, encostou a porta, se aproximou devagar de mim se abaixando a minha frente, fez carinho na minha perna, ele fechou seus olhos já se deixando levar por um tom de voz triste, princesa eu não queria que fosse assim, eu juro para você que eu não queria que fosse assim, eu e o Leo tentamos de tudo, tudo para reverter isso, mas não deu, não foi possível, a gente apostou tudo que tinha em mãos e agora, pelo menos no início o Marcelo e o Edaurdo disse que vai ter que ser assim, mas depois, depois nós vamos nós organizar e aí vai melhorar você vai ver, eu te prometo!
Eu passei as mãos nos meus olhos o secando, lhe olhei dizendo séria, quantas vezes você me disse que era só no início, que depois, depois ia melhorar, Vih são dois, dois meses, como quer que eu entenda isso? Eu vou ficar longe do meu marido dois meses, dois meses, não são dois dias, ou duas semanas. Não me pede para entende isso porque eu não consigo, juro que não consigo!
Oh minha minha princesa e acha que eu também queria ficar tanto tempo longe de você, longe dos nossos filhos, isso também está doendo em mim pode ter certeza disso, está doendo demais!
Eu levantei meu rosto respirando fundo, deixando mais algumas lágrimas cair, ele segurou minhas mãos fazendo carinho, continuo dizendo por mais que seja difícil eu vou fazer o possível e o impossível.
Como Vitor? Cada dia você vai está em uma cidade diferente, como vai fazer o possível e o impossível hein?
Eu não sei princesa, mas eu vou arrumar um jeito! Eu só não quero ter que ir e tornar isso pior do que já está sendo para mim, para você, eu sei que é difícil entende, mas...
Eu abaixei meu rosto lhe olhando, fiz carinho no seu rosto, ele virou um pouco o rosto dando um beijo na minha mão, eu passei meus dedos em seus lábios, eu jamais cometeria o erro que já cometi lá atrás, eu nunca pediria para desistir disso, porque eu sei o quanto lutou para isso, mas não posso negar que vai ser muito, muito difícil para eu entender meu lindo, o que, o que eu vou fazer longe de você? O que eu vou fazer com essa saudade que eu já estou sentindo me diz?
Ele se ajoelhou me abraçando, eu só lhe abracei mais forte me deixando chorar mais e mais, ele deu um beijo carinhoso no meu ombro fazendo carinho nas minhas costas, nem ele sabia o que dizer diante daquilo, só sabia que para os dois aquela distancia ia ser muito difícil.

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