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...Que quando a gente se entrega por

inteiro é amor, o gosto de um beijo fica

pra sempre quando é amor..."

11 de dezembro de 2010

Assim que nós despedimos de todos, já fomos ao carro ajeitando os pequenos, dei mais um abraço nos meus pais, o Vitor entrou no carro já colocando seu cinto, eu fiz o mesmo em seguida, acenamos, ele já deu partida já deixando a fazenda...
Meu pai olhou minha mãe, se aproximou passando seu braço em seu ombro, acabou dando um suspiro, queria muito que um dia eles decidissem vim morar aqui perto de nós, olha essa fazenda tão grande e só nós e os empregados aqui!
Ela consentiu, suspirou os dois foram indo em direção a casa, antes que entrasse lhe olhou dizendo sabe que acho que não demora muito para ter eles morando aqui perto de nós e quer saber mais, não duvido nada que logo, logo essa familia vai crescer!
Será mesmo? Ele sorriu eu vou adorar!
Os dois riram entrando em casa e já indo cuidar dos seus afazeres....
Eu fui o caminho um pouco calada, olhei os pequenos, estavam quietinhos, o Vitor me olhou triste?
Eu suspirei lhe olhei não gosto de despedidas sabe disso!
Eu sei, mas já te falei mil vezes eu tenho uma divida com você e vou pagar assim, assim que puder.
Será Vitor?
Não acredita mais mim linda?
Não digo por você, mas pelo seu trabalho, suas coisas estão tudo lá, me entende? Acho mesmo que essa nossa vontade de vim para cá, vai ficar apenas na vontade!
Pois eu acredito sim que vamos conseguir ajusta tudo que temos que ajustar e vamos vim morar aqui, essa não é uma vontade só nossa, o Leo também gosta muito daqui e quer volta, aqui é o nosso lugar...
Eu consentir, me ajeitei melhor, fomos o caminho conversando um pouco, oras eu mais na minha com meus milhões de pensamentos, a viagem foi tranquila, paramos algumas vezes para que eu pudesse dar de mamar aos pequenos e para almoçamos, mas logo retornamos a viagem, chegamos em casa já era de noite, o Vitor desceu se espreguiçando, eu desci, ele respirou fundo olha nunca mais de carro, nunca mais!
Eu rir não quis reversa comigo olha aí....
Ele abriu a porta de trás me ajudando a tirar os pequenos que estavam dormindo, num sono gostoso, eu assim que tirei a Fê e sua bolsa fechei a porta, ele veio trazendo o pequeno, já fomos entrando, a D.Joana abriu a porta nós olhou dando um sorriso, eu me aproximei tudo bem? Como foi esses dias aqui sozinha?
Ah querida triste, fazem muita falta principalmente esses pequenos!
Eu sorrir, o Vitor lhe olhou mas a senhora está bem?
Sim e vocês como foram de viagem?
Ela fechou a porta, eu já fui responde foi tudo ótimo! Agora eu só quero banho e cama....
Não vai comer nada?
Eu preparei um lanche, pois não sabia que hora iriam chegar!
O Vitor já lhe olhou rápido, pois eu não vou dispensa não, estou com fome, só vou jogar uma água no corpo e desço...
Ótimo vou então ajeitar a mesa...
O Vitor me olhou mais sério não está com fome? Comeu quase nada no almoço.
Eu suspirei, acho que vou desce e tomar pelo menos um suco, agora me ajuda com os pequenos?
Ele consentiu, fomos subindo, os levando ao quarto, eu lhe ajeitei no berço enquanto separava as roupinhas dos dois e as fraldas dar uma dor acordar eles assim, mas preciso dar banho.
Ele só consentiu, eu já fui ao banheiro preparando as banheiras enquanto ele tirava a roupa do pequeno, eu voltei já tirando a roupa da Fê, levamos os dois para o banho que resmungou um pouco, assim que terminamos só fomos os vestindo, já dei de mamar ao Pedro, tentei dar para a Fê, mas já foi aquela briga, o Vitor desceu indo fazer a mamadeira dela, eu fiquei com ela ali no meu colo, estava morrendo de fome, mas além do medo de comer e passar mal, ainda ficava pensando no quanto havia comendo esses dias....
Só balancei a cabeça, já estava ficando neurótica com isso, assim que o Vitor voltou ao quarto me entregou a mamadeira, eu lhe olhei pode ir tomar seu banho, assim que terminar aqui eu vou também...
Ele consentiu, não precisa de mais nada?
Não, obrigada!
Ele já foi deixando ao quarto e indo ao nosso tirou seus sapatos, já foi se despindo e entrando no banheiro, abriu o box ligando o chuveiro e já entrando ficou um bom tempo ali tentando relaxar...
Eu assim que terminei só ajeitei a pequena no berço, depois voltaria para olhar os dois, deixei a porta entre aberta, já fui indo ao meu quarto o Vitor estava saindo do banho lhe olhei já?
Já, pode ir tomar o seu....
Eu consentir, enquanto ele ia se vestindo, já fui indo ao meu banho, ele assim que terminou se deitou na cama esticando seu corpo, eu só joguei uma água no corpo olhei a minha barriga será mesmo? Mas não era possível, quando? Como?
Eu desliguei o chuveiro, já peguei a toalha me secando e deixando, olhei o Vitor deitado separei um pijama limpo me vestindo, lhe olhei melhor amor?
Hum...
Pensei que estava dormindo! Já desceu?
Não estou te esperando!
Eu consentir, já me vestir, penteei meus cabelos, lhe olhei vamos então....
Ele se sentou com uma cara de preguiça, eu voltei ao banheiro só estendo a toalha, ele se levantou me abraçando por trás, deu um beijo na minha nuca, porque está tão distante de mim hoje hein?
Eu distante?
Uhum a senhora mesmo, nem um beijo me deu sabia!
Eu dei um sorriso pequeno, me virei lhe olhando, lhe dei um beijo carinhoso, está bom?
Não, quero mais!
Eu sorrir mais tarde então, pode ser meu marido carente?
Pode não, deve!
Nós rimos, descemos, a D.Joana já havia preparado toda a mesa, fomos nós sentando e já nos servindo eu acabei comendo também estava com fome, quando terminamos eu só me levantei ajudando a recolher tudo, como estávamos cansados, acabamos indo nós recolher cedo...
Na quarta-feira o Vitor já voltou a viajar novamente, eu estava ali sentada na sala, os pequenos na cadeirinha, desde que havia voltado de viagem não conseguia me concentrar em nada, apenas pensando no que minha mãe, o Vitor havia perguntado, eu fechei os olhos respirando fundo, talvez fosse o caso de procurar a Thais, nem que fosse para conversar, mas não era possível, eu sabia que não era, havia me prevenido todas as vezes e também agora não podia, eu tinha dois, dois pequenos para cuidar nem gostava de pensar na idéia, acabei voltando a minha atenção aos artigos que estava tentando escrever, passei boa parte do meu tempo ali, só parei quando os pequenos sentiram fome, a D.Joana me ajudou preparando o leite da pequena, enquanto dava de mamar ao Pedro, o telefone tocou eu ia me levantar para atender, ela se aproximou já com a mamadeira me entregando e atendendo o telefone, eu fiquei olhando meu pequeno. nem prestei atenção, ela me olhou dizendo baixo é o senhor João, o porteiro do prédio onde morava, quer falar com a senhora ou o senhor Vitor...
Eu lhe olhei mais seria, será que aconteceu algo?
Ele disse!
Eu estendi a mão, ela me entregou o telefone....
Oi Seu João, algum problema?
Oi na verdade desculpa incomodar, mas e que o senhor Vitor pediu para que eu avisasse quando aparece interessados no apartamento, essa semana esteve uma senhora aqui querendo saber preço, forma de pagamento essas coisas, a senhora já sabe quanto vão pedir? Se posso autorizar a visita ao imóvel, porque o senhor Vitor esteve aqui a uns dois meses atrás passou o dia, disse que iria voltar, mas não voltou e não me falou mais nada pensei que pudesse ter desistido da venda!
Bom senhor João o Vitor não está em casa, ele está viajando a trabalhando, vende era nosso interesse, mas ele não me falou nada sobre isso, nem sabia que ele havia passado aí...
Pois passou, mas já faz tempo, se num tem dois meses vai fazer!
Entendi, mas vamos fazer então assim, ele retorna na sexta-feira, dai quando ele chegar peço para ligar para o senhor pode ser assim?
Pode, claro que pode, ficarei esperando a ligação então.
Ok! Era só isso mesmo?
Sim, desculpa o incomodo.
Imagina.... Tchau
Tchau.
Eu deixei o telefone de lado, a D.Joana acabou dando a mamadeira a pequena, eu fiquei mais pensativa, ela me olhou desconfiada algum problema?
Não, não é sobre a venda do apartamento!
A senhora lembra por acaso do Vitor ter falado que visitou o imóvel?
Não!
Eu consentir, acabei me calando, assim que terminei de dar de mamar aos pequenos, o ajeitei nas cadeirinha novamente, guardei minhas coisas, não estava com cabeça para estudar, pesquisar e escrever nada, acabei subindo, deixei os pequenos no quarto eles estavam quietinhos, os deixei no berço, fui ao meu quarto me deitei um pouco pensando na vida, fechei meus olhos dando um cochilo rápido, não demorou muito para que eu despertasse, eu acabei dando um pulo da cama me sentando, me levantei rápido indo ao espelho Deus, como, como eu sou burra, como eu sou burra e claro que o Vitor visitou o apartamento quando brigamos, quando disse que iria sair de casa e ele acabou saindo e pior, pior e que quando ele voltou no meio da briga tínhamos feito amor e eu, eu não havia tomado nada, ele não havia usado nada, não podia ser, não podia ser....
Eu olhei a minha barriga, já me bateu um desespero enorme, não podia ser verdade, havia sido uma unica, unica vez, num era possível que isso ia acontecer logo comigo, comigo!
Me bateu um desespero que parecia que não era meu, eu fiquei me olhando e pensando em tudo, realmente não havia me prevenido de nenhum jeito naquele dia, eu me sentei no canto da cama, já me deixando me corroer por aquele monte de dúvidas e perguntas....
Eu olhei as horas, não era muito tarde, peguei o telefone, já discando o número da Thais, chamou algumas vezes, mas sem sucesso, eu deixei o telefone de lado, já me deixando chorar o que seria de mim, se as suspeitas da minhas fosse verdade? Como, como eu ia cuidar de três crianças de uma vez só? Como ia ficar minha vida profissional? Havia estudado tanto para agora me dedicar apenas a vida de dona de casa, de mãe, não era justo comigo, não era!
Eu já fui me deixando chorar, peguei o telefone ligando de novo, ela atendeu logo na primeira chamada...
Foi dizendo ah saudades de você, já ia te retornar!
Thais pelo amor de Deus, eu, eu preciso de um horário com você é urgente!
Calma, o que aconteceu? Eu hoje não estou mais no hospital, só amanhã cedo....
Então, então eu posso ir amanhã?
Pode, mas me diz o que aconteceu? Está com algum problema?
Amanhã, amanhã eu te conto tudo, só preciso que me atenda, só isso é possível?
Claro, então amanhã bem cedinho, pode ser?
Pode, claro que pode, eu estarei no hospital então bem cedinho!
Tudo bem!
Eu agradeci já desligando, não ia conseguir tirar isso da minha cabeça enquanto não tivesse certeza do que eu estava começando a suspeitar, fiquei ali o restante do dia com a minha cabeça martelando, no dia seguinte, eu levantei cedo, só dei de mamar aos pequenos ainda dormindo, me arrumei rápido nem iria tomar café, porque se fosse preciso fazer exame eu já recolheria hoje mesmo, assim que terminei de ajeitar minha bolsa com meus documentos, já fui descendo, a D.Joana estava começando a por a mesa, eu lhe olhei eu vou dar uma saída e rápido a senhora olha os bebês? Eu prometo não demorar e qualquer coisa pode preparar a mamadeira para eles, mas acabei de dar de mamar....
Eu cuido sim, mas não vai tomar café?
Não, não posso, já estou atrasada, quando eu chegar eu belisco qualquer coisa.... Tchau....
Antes que ela pudesse falar qualquer coisa, eu já fui saindo, já entrei no carro deixando minha bolsa de lado, abrir o portão, coloquei meu cinto já saindo em seguida....
Assim que cheguei ao hospital estacionei o carro, peguei minha bolsa descendo e trancando tudo, ela como sempre pontual já havia chego, eu me apresentei a secretária dizendo que ela me aguardava ela olhou a agenda, antes que eu explicasse a Thais abriu sua porta me olhou dizendo ah já chegou que bom!
Julia ela não está na agenda, mas será minha primeira paciente de hoje!
Vem, vamos....
Eu agradeci lhe acompanhei, ela fechou a porta já deu a volta a sua mesa, apontando a cadeira, eu me sentei deixando minha bolsa de lado, ela se sentou me deixou preocupada, algum problema?
Eu fechei os olhos respirando fundo, acho que estou grávida!
Acha ou tem certeza?
Como posso ter certeza? Eu não sei por isso estou aqui!
Eu me levantei olha, eu passei a mão na minha barriga, eu achei que eu tinha engordado, mas que só eu havia percebido, mas não, minha familia toda notou!
Eu me sentei novamente, ela ficou me olhando atenta e além disso, parei para pensar que tenho comido como comia quando estava grávida dos pequenos e pior já tive uns dois enjôos, eu abaixei meu rosto quase chorando, eu queria muito, muito acreditar que isso é coisa da minha cabeça, mas acho que estou mesmo....
Bom sintomas você tem, mas a tem vindo para você? Tem se prevenido?
Ando tudo bagunçado e falhei uma uma vez...
Hum...
Bom não quero te dar resposta nenhuma antecipadamente, vamos fazer assim, te passo um exame...
Eu lhe interrompi eu vim em jejum, já esperando que passa-se exame.
Ótimo, então vou lhe fazer o pedido, você faz e no final da tarde pega o resultado e me trás aqui e com uma resposta definitiva conversamos pode ser assim?
Pode, pode sim....
Ela já foi fazendo o pedido, me entregou,, segurou a minha mão, agora precisa de calma, não pode ficar assim....
Eu lhe olhei difícil ter calma, quando se tem dois bebês de quatros meses em casa!
Eu sei disso, mas isso são coisas para se pensar antes, não estou querendo te julgar, mas...
Eu só consentir, me levantei bom acho melhor fazer logo, quanto antes fazer, mais rápido vou receber!
Ela se levantou consentindo, mas calma, por enquanto é só uma suspeita, só isso!
Espero mesmo que seja só isso, bom eu vou.... Obrigada por ter me atendido!
Imagina, estou aqui para isso...
Eu agradeci novamente, já fui deixando sua sala, com a minha cabeça a mil e coração já saindo pela boca, fui ao laboratório, já entregando o pedido e os documentos na recepção, prenchi minha ficha, não demorou muito para que eu fosse chamada, meu resultado sairia no final da tarde, assim que sair dali fui direto para casa, passei meu dia olhando as horas, contando os minutos, um nervoso que parecia não ser meu e fome era o que eu menos tinha naquele momento, no final da tarde, pedi para que a D.Joana olhasse os pequenos novamente, voltei ao hospital, já indo ao andar no laboratório, assim que peguei os exames, fiquei olhando se ia ou não até a Thais, se olhava sozinha, estava me sentindo agoniada, pensei em abrir, mas desistir, fui deixando o hospital e voltando ao estacionamento, abrir o carro entrando e deixando minha bolsa no banco ao lado, respirei fundo olhando bem aquele envelope, só sentir as lágrimas rolando no meu rosto não ia ter coragem de abrir ali, só o deixei sobre o banco ligando o carro e voltando para casa, depois ligaria para a Thais dizendo que não pude ir ou qualquer outra desculpa, talvez fosse realmente só uma suspeita, assim que cheguei em casa, já fui ao quarto dos pequenos, ele havia dormido estava um tempo gostoso para eles, bem fresquinho, eu encostei a porta indo ao meu quarto, fechei a porta passando a chave, deixei minha bolsa de lado, respirei fundo me sentando no canto da cama, fiquei olhando o envelope o peguei tomando coragem e já abrindo, fui lendo atentamente cada palavra, assim que fechei a conclusão, só fechei meus olhos me deixando chorar, como aquilo havia acontecido comigo, como?
Eu só havia errado uma unica vez, uma unica vez e agora estava grávida com o que quase oito semanas, o que seria da minha vida? Como iria cuidar de três, três crianças sozinha, eu só me deitei na minha cama deixando aquele exame de lado e me embalando num choro, num desespero que parecia que não ia ter fim, mil perguntas passava na minha casa, milhões de dúvida, medo, como ficaria meu lado profissional? Eu amava meus pequenos, mas não estava preparada para uma nova gestação, mais um bebê, porque aquilo havia acontecido comigo? Como iria olhar para a cara da minha familia? Dos meus amigos? É dizer eu sou uma irresponsavel, estou grávida de novo, com os meus pequenos com menos de cinco mês!
Como iria falar isso? Como? Como eu havia sido irresponsavel, burra, como eu, eu havia deixando uma coisa dessa acontecer....
Eu só fui me deixando chorar mais e mais a cada vez que pensava e me fazia perguntas....

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