Não vai precisar de mim mais?
Não, pode ir tranquila Renata!
Ela consentiu, se despediu dos pequenos e em seguida de mim já indo em direção a cozinha pegar suas coisas e dá um tchau antes de ir para a D. Joana.
Eu acabei me sentando ao tapete com os pequenos, olhei o Pedro lhe fazendo carinho no rostinho, ele se levantou me entregando seu brinquedo, eu fiquei lhe olhando, ajeitei a pequenininha em meu colo, abracei o Pedro com o outro braço que estava livre lhe dando um beijinho, a Fê parou olhando, eu fui lhe chamando, ela levantou deixando os brinquedos de lado vindo correndo, foi abraçando o Pedro, eu acabei rindo com eles, os dois apesar de algumas vezes brigarem por um brinquedo ou por outro era super apegados também um ao outro sempre trocando abraços e beijos.
Eu os olhei ainda sorrindo cadê o beijo da mamãe hum?
Eu afastei meu rosto apontando meu dedo na bochecha, o Pedro já foi me dando aquele beijo todo babado, mas que era uma delicia receber esse carinho, a Fê ficou me olhando séria, eu lhe olhei cadê pequena?
Eu lhe dei um beijinho brincando com meu rosto ao seu, ela sorriu dizendo quer pa... papai...
Eu me afastei lhe olhando, ajeitei a Mari na cadeirinha dela que estava ali ao lado, em seguida peguei os dois sentando no meu colo dando um beijinho em cada, olhei a Fê está com saudade do papai é meu anjinho hum? A mamãe também está com saudade daquele birrento! Já já ele liga está bom?
A D. Joana se aproximou nós olhando deu um sorriso pequeno dizendo baixo desculpa incomodo esse momento colinho de mãe.
Eu lhe olhei rápido, imagina, algum problema D. Joana?
Não querida, na verdade só vim perguntar se tem alguma sugestão para o jantar, vir que trouxe alguns congelados nas compras e...
Eu lhe olhei, olhei os pequenos, lhe olhei novamente daria muito trabalho para a senhora fazer uma sopa? Está frio e os pequenos gostam...
Imagina trabalho algum, vou agora mesmo fazer...
Eu consentir ela saiu indo a cozinha, o telefone tocou, a Fê se levantou rápido, eu lhe olhei, tirei o Pedro do meu colo, a Fê já ficou toda agitada me olhando, eu peguei o telefone me sentando no sofá...
Alô?
Oi...
Vitor, tudo bem?
A Fê já deu uma gargalhada gostosa dizendo pa... papai... papai, quer papai...
Ele acabou dando um sorriso do outro lado, foi falando sério deixa eu falar com ela...
Eu lhe peguei no colo lhe ajeitando, já fui ajeitando o telefone no ouvido dela, ela só sorria lhe ouvindo, depois de um tempo fiz o mesmo com o Pedro, desci os dois do sofá suspirei, ele também...
Respirou fundo dizendo sério você foi na concessionaria?
Não Vih porque...
Ele já me interrompeu dizendo alterado, não acredito! Eu só pedir para ir buscar, já num basta ter aceito o presente, podia ao menos ter me dito que não iria buscar que pedia para outra pessoa e...
Você pode me ouvir Vitor? Pode? Eu não fui buscar porque não quis, eu não fui porque eu não pude! Mas claro isso pouco importa né? Importa e que eu não fui num é? Eu não sei porque você está fazendo isso, não sei mesmo, parece que tudo já está fácil, essa viagem, essa distancia, mas mesmo assim você quer me tratar assim, brigar, mas eu não vou, não vou brigar!
Se o que você queria era saber do seu carro, sabia que eu vou buscar amanhã, os pequenos estão ótimo e mesmo sem você não ter perguntando eu estou ótima, muito feliz por tudo isso, por está longe, por está brigando agora, muito mesmo, obrigada viu, obrigada mesmo...
Eu suspirei, pressionei meus dedos nós olhos, não queria chorar, não queria brigar, queria apenas fingir que nada disso estava acontecendo, nada, mas as vezes era difícil.
Ele respirou fundo, ia dizer algo, mas eu o interrompi, eu espero que você esteja bem, os pequenos estão com saudade e pode deixar que amanhã mesmo eu vou na concessionaria, agora eu vou desligar... Tchau!
Tchau!
Eu já fui desligando o telefone rápido o deixando de lado, já sentir meus olhos úmidos e uma lágrima escorrer, passei minha mão secando e me deixando me levar pelos meus pensamentos.
A essa altura o Vini já havia embarcado para a sua viagem apenas fixando na sua mente que aquela teria sido a unica e a melhor decisão a tomar.
Assim que o jantar ficou pronto eu levei os pequenos a mesa dando primeiro para eles, em seguida dando mamadeira para a Mari mesmo sem fome acabei tomando um pouco da sopa, a D. Joana me notando calada preferiu respeitar.
Assim que terminei só me levantei recolhendo a louça e levando a pia, preparei as mamadeiras subindo com eles ao meu quarto e ficando com eles ali até a hora de dormir.
Após ajeitar os três nós seus cantinhos eu voltei ao meu quarto encostei a porta já tirando aquela roupa e seguindo ao banheiro tomando um bom banho procurando relaxar e não pensar em mais nada estava cansada e só queria pode dormir e nada mais que isso, depois de deixar meu banho eu vestir meu pijama e já puxei meus lençóis me deitando.
O Vini quando chegou em São Paula me ligou me avisando e em seguida eu acabei pegando no sono, no dia seguinte eu acordei seguindo minha rotina, havia ido de táxi para a faculdade, como a concessionária era perto eu depois do meu horário iria andando até lá.
Na faculdade assim que cheguei achei a movimentação estranha, mas nem dei muita atenção já fui entrando, logo que me aproximei da porta duas alunas me pararam, eu as olhei...
Bom dia!
Bom dia professora desculpa atrapalhar, mas estamos aqui todo mundo querendo saber o que aconteceu com o professor Vinicius, ele era orientador da nossa sala e agora a gente chega aqui e descobre que tem outra pessoa no lugar dele como assim? Ele vai voltar num vai? Aconteceu algo que podemos ajudar? Todos nós aqui estamos disposto a ajuda-lo seja qual for o problema e...
Eu interrompi, a Paula estava se aproximando eu lhe olhei rápido, olhei novamente as duas alunas a minha volta, suspirei dizendo Juliana eu sinto muito, mas não há o que fazer, ele teve as razões deles e o que nós cabe e respeitar essa decisão.
Ela me olhou com os olhos arregalados, dizendo isso quer dizer que ele não volta mais?
Eu balancei a cabeça negativamente, suspirei pedindo licença e entrando, a Paula veio atrás de mim me chamando, eu continuei seguindo a sala dos professores, ela correu passando a minha frente, me olhou dizendo porque o Vinicius se mudou? Onde ele foi? Ele está doente de novo é isso?
Eu respirei fundo fechando meus olhos, lhe olhei séria já dizendo em um tom irritado, será que não sabe mesmo porque ele foi embora?
Ela ia falar eu lhe interrompi rapidamente, sabe Paula também isso não importa, a saúde dele está ótima e ele foi embora sim, foi recomeçar a vida dele e se ele não lhe procurou para falar para onde, como e quando iria e sinal que não queria que soubesse então nem adiantar me perguntar nada, agora licença que eu já estou atrasada!
Ela ficou me olhando desolada, por mais que tivesse errado, não queria ele longe, não queria ter as pessoas lhe tratando daquele jeito, ela me olhou sem jeito, abaixou sua cabeça dizendo baixo não precisa falar comigo assim, eu sei que está com raiva, chateada por toda essa situação e também pelo Vini, mas...
Mas o que Paula hum? Me diz mas o que? Você vai me dizer o que agora? Que errou, mas quer mudar? Que aprendeu com isso? Que cresceu? Olha me desculpa, mas nada que venha me falar me convence mais, desculpa mesmo eu adoro você, apesar de todos os defeitos, mas quando eu te conheci você era uma menininha que vivia atrás de mim e do Vitor e não tinha como não gostar de você, mas você mudou, você pediu paras as pessoas te tratarem assim, eu te falei, eu conversei, eu sempre quis te ajudar, mas tudo entrar por um ouvido e sai pelo outro agora eu só posso te dizer que você está colhendo o que plantou, você tinha tudo, mas deixou perder, agora não posso fazer nada, não quero me preocupar com problemas que são teus, eu já tenho os meus que por sinal não é pouco, agora por favor me dá licença porque eu estou atrasada e você deveria ir para a sua aula.
Eu lhe deixei ali seguindo até a sala para assinar meu ponto e logo seguindo a minha rotina, a Paula depois daquela conversa não teve mais cabeça para nada, deixou a faculdade seguindo para casa e ficando ali jogada com seus pensamentos.
Ao final das aulas eu sair da faculdade seguindo até a tal concessionária, já procurei pelo vendedor que ele havia me dado o nome, me apresentei já dizendo quem eu era, lhe mostrei os documentos do carro, a apólice do seguro e tudo mais para ele me liberar.
Ele pediu para que eu sentasse, já foi fazendo algumas ligações e me pedindo para assinar alguns papeis, logo depois da parte burocrática, ele se levantou me acompanha senhora por favor!
Eu consentir, seguir com ele, ele já foi me levando a onde estava o carro, apontou para um deles, me olhou, dizendo e esse...
Eu lhe olhei rápido, apesar de ter visto os papeis, eu lhe olhei surpresa dizendo séria e esse mesmo? Certeza?
Tenho sim senhora, porque não gostou? Seu marido escolheu a dedo, além de ser um modelo novo no mercado, o pajero tr4 e espaçoso, confortável e automático o que é melhor ainda, por acaso foi a cor que não lhe agradou? Nós temos o preto, mas ele disse que o cinza a senhora ia gostar mais e...
Não, não é esse problema! Na verdade eu que não li direito os papeis não sabia que era esse carro, nem sei se vou conseguir dirigir um desses...
Ele riu, eu lhe olhei balançando a cabeça negativamente, apesar de tudo aquele birreto me conhecia como ninguém sabia exatamente meus gostos, o que me agradava e o que não me agradava, eu olhei o vendedor, ele me mostrou as chaves, eu as peguei, preciso assinar mais alguma coisa Marcelo?
Não senhora está tudo certo!
Ele se aproximou da porta abrindo para mim, eu me aproximei agradecendo, já fui entrando deixando minhas coisas de lado e saindo dali seguindo para casa era bem diferente do nosso, ia ter que me acostumar com ele, era lindo, mas já ficava imaginando o quanto ele teria que viajar, o quanto teria que fazer shows para pagar aquele carro e se o DVD não desse certo eu nem queria pensar naquilo.
Os dias foram se passando, o Vini em São Paula já havia se acomodado em um apartamento, era bem menor do que o seu, estava andando pelas faculdades tentando achar uma vaga para lecionar, mas não estava sendo fácil, ainda mais naquela época do ano.
Já havia um mês que o Vitor estava fora de casa, o meu humor nós últimos tempos não era dos melhores, eu andava cansada, irritada, era provas e trabalhos para corrigir um em cima do outro, os pequenos estavam cada dia mais elétricos e a pequenininha para variar já estava sentindo irritação por conta dos seus dentinhos querendo nascer....
Era uma terça-feira, assim que meu despertador tocou eu me levantei me sentando, estava me sentindo acabada, havia passado a noite toda praticamente acordada com a Mari enjoadinha e um tanto febril, além de tudo que estava me acontecendo ficava preocupada só de pensar em ter que lhe deixar assim, eu passei a mão nos cabelos já sentindo meus olhos úmidos, me deixei chorar um pouco, aquela era a unica forma que eu encontrava para aliviar aquilo que eu estava sentindo, pior que estava sentindo tudo de uma vez, apesar de tantos dias terem se passado o Vitor continuava com aquele humor e aquela forma grossa e fria de me tratar, como se tudo ainda fosse pouco estava naquela fase de TPM, cólica, irritação, eu só queria que ele estivesse perto, que aquele clima insuportável passasse, eu só queria que a minha vida entrasse no eixo e como se tudo ainda fosse pouco, mesmo eu não querendo estava preocupada com a Paula pois nós últimos tempos ela mais faltava do que ia para a faculdade.
Eu respirei fundo, passando as mãos nos meus olhos o secando, me levantei separando a minha roupa e seguindo para a minha rotina da manhã, antes de descer passei pelos quartos dos pequenos, a Mari havia conseguido dormir o que era um bom sinal, eu desci antes que um deles pudesse sentir minha presença, desci deixando minhas coisas na sala, seguir até a cozinha me sentando calada e apoiando minha cabeça nas mãos.
A D. Joana me olhou, ela melhorou querida?
Eu levantei meu rosto, acho que sim pelo menos conseguiu dormir, mas fico preocupada em deixar ela aqui assim, mas eu preciso ir estou em uma semana de provas, que droga!
Ela se aproximou passando a mão no meu ombro, calma querida, calma, ficar assim só vai ser pior para você hum e já lhe falei eu e a Renata estamos aqui para lhe ajudar pode confiar se acontecer qualquer coisa aqui te ligamos imediatamente.
Eu sei disso D. Joana, desculpa viu, eu sei que nós últimos tempos meu humor não anda dos melhores e...
Ela balançou a cabeça negativamente, completando, não tem nada que se desculpa, você é humana, assim como qualquer outro.
Mesmo assim D. Joana nem eu ando me suportando, imagina os outros, a senhora que só tenta me ajudar... Desculpa mesmo e obrigada por tudo que tem feito!
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