Só pode ter sido um mal entendido! Cadê o número do telefone dela D. Joana?
Está na agenda, deixa eu pegar para você...
Eu lhe olhei rápido, não, não precisa eu pego! Ah meu Deus, meu Deus e só o que me faltava para completar!
Eu já fui ajeitando o pequeno no sofá que logo começou a chorar, eu lhe olhei suspirando, me afastei indo pegar a agenda já fui procurando pelo seu nome, peguei o telefone discando e me afastando em direção a sala de jantar se não, não iria ouvir nada com o choro do Pedro, mas o telefone da Renata apenas chamou, tentei o celular e aconteceu o mesmo, insistir mais algumas vezes e nada, voltei a sala deixando o telefone de lado, peguei o Pedro no colo tentando lhe fazer parar de chorar e já dando sua mamadeira, respirei fundo tentando me acalmar, mas parecia que isso era cada vez mais difícil, como eu iria fazer? Como meu Deus? Como se tudo que tivesse me acontecendo fosse pouca, agora mais essa, sem a Renata em casa eu não poderia ir para a faculdade, não poderia deixar os pequenos com a D. Joana assim, eu respirei fundo tentando conter minha irritação, preocupação e tudo mais que estava sentindo.
A D. Joana virou seu rosto me observando, suspirou dizendo baixo querida eu sei que precisa ir e sei que não vai deixar essa situação como está, mas como não conseguiu contato você pode ir eu fico com eles, eu só acho que o serviço de casa vai atrasar um pouco, mas só por hoje não tem problema não é mesmo.
Eu lhe olhei já com os olhos úmidos, eu não posso fazer isso D. Joana, não é seu trabalho ficar com eles e já é cansativo para mim imagina para a senhora, eu, eu ter que dá um jeito!
Como querida? Levar eles com você não tem como!
Eu me levantei com o Pedro mesmo, pelo menos assim ele não chorava, já peguei o telefone ligando novamente para a Renata, dessa vez por sorte atenderam...
Eu já soltei um suspiro de alívio dizendo rápido graças a Deus, eu poderia falar com a Renata? É o esposo dela?
É ele mesmo, quem deseja?
Eu já fui falando quem eu era e pedindo novamente para falar com ela.
Ele soltou um suspiro ficou em silencio um tempo, como se tivesse pensando no que iria responder.
Oi Senhor Ricardo está me ouvindo.
Estou, estou sim, então a Renata, a Renata ela deu uma saída e não sei que horas ela volta, bom eu espero que não seja mais nenhum problema com a criança, mas também se precisar de alguma assistência ou algo do tipo, mesmo a gente tendo pouco estamos aqui para isso.
Eu já lhe interrompi rápido dizendo, não, não é nada disso, pelo contrário, eu acho que houve algum mal entendido, no calor do nervoso, acho que não ouvir, ou ouvir demais, ou falei até demais não sei, mas eu jamais iria demitir a Renata e por isso que eu estou procurando por ela.
Bom senhora, eu peço para ela retornar a ligação assim que ela chegar pode ser...
Pode, pode sim, por favor! É obrigada!
Imagina! Até mais...
Até...
Eu já fui colocando o telefone de lado, olhei meu relógio, já havia passado da hora de eu está na faculdade, olhei o Pedro ainda com aquela mamadeira enrolando, já ouvir o choro da Mari.
Assim que eu desliguei o telefone, o Ricardo olhou a Renata que estava ao seu lado dizendo você deveria ter atendido ela disse que ocorreu um mal entendido, que jamais iria te demitir.
Ela já lhe olhou surpresa dizendo como não homem? Eu falei com ela e ela aceitou, também diante do que aconteceu não importa se fui eu que pedir as contas ou se ela me deu, eu não tenho mais coragem de voltar para lá, eu errei eu sei, eu sei disso tudo e estou chateada por ter falhado e não tiro a razão dela de mãe ter ficado nervosa por isso que é melhor deixar como está e se ela continuar ligando diz que não estou entendeu?
Ele só consentiu, se levantou completando você sabe o que está fazendo num é mesmo...
Ela ficou ali sentada pensativa, por mais que adorasse seu trabalho e já tivesse apegado aos pequenos, não tinha mais coragem de voltar ao seu trabalho e o que lhe restava agora era esperar a poeira baixar e só depois resolver sua demissão.
Eu olhei a D. Joana com a Fê, olhei as escadas dizendo baixo eu vou subir e já volto!
Ela consentiu, eu acabei subindo deixando o Pedro no meu quarto fui até o quarto da Mari, me aproximei do seu berço lhe pegando e tentando acalentar, fui lhe levando ao meu quarto,
lhe pegando e levando ao meu, me sentei com ela na cama, olhei o Pedro lhe fazendo carinho e dizendo vocês precisam ajudar a mamãe, precisam me ajudar meus lindos!
Eu peguei o telefone ao lado já ligando para a faculdade, não teria outra solução, apesar de ser dia que eu daria prova, eu não podia largar meus filhos simplesmente com a D. Joana e ir trabalhar, não era justo nem com eles e nem com ela isso.
Assim que atendeu eu pedir para falar com o diretor Sílvio para tentar ao menos explicar o porque da minha falta, fiquei um bom tempo ali conversando com ele, assim que desliguei deixei o telefone de lado, peguei a Mari me levantando com ela indo ao seu quarto, o Pedro ficou no quarto sozinho resmungando, eu peguei alguns brinquedos para entreter e logo voltei deixando os dois na cama...
A D. Joana subiu com a pequena, como a porta estava entre aberta, assim que ela abriu foi se abrindo eu levantei meu rosto lhe olhando, ela me olhou dizendo baixo posso?
A pequena já foi estendendo os bracinhos me pedindo, eu consentir com a cabeça lhe dando os braços, ela já se jogou ao meu colo.
Eu suspirei, pode cuidar das suas coisas D. Joana eu vou ficar em casa hoje, vou, vou cuidar deles...
É as aulas querida? Não tinha prova para dá hoje?
Eu já comecei a chorar, parece que todo o choro que eu estava guardando esses dias veio a tona de uma vez agora, ela me olhou se sentou no canto da cama, passou a mão em meu ombro não fica assim, eu já disse que posso ficar com eles se o problema for esse e...
Não D. Joana, não é isso sabe! Tudo, tudo está acontecendo de uma vez só, eu estou aqui sozinha com as crianças, o Vitor nessa viagem e pior de tudo me evitando, com raiva de mim, isso tudo por causa desse maldito carro que está aí na garagem, eu não estou aguentando isso sabe, não estou, porque eu não posso ser feliz? Porque eu não posso ter paz? Porque eu não posso ter uma família normal como todo mundo tem hein?
Oh minha querida, a sua família e tão normal quanto as outras, você acha que essas brigas só acontece com você hein? Pois te garanto que não, a vida de casal não é fácil, com o passar dos tempos e que a gente vai aprender a lidar com as dificuldades, com os problemas, garanto que quando ele voltar tudo isso vai se resolver! É quando a Renata tenho certeza que se você tiver um tempinho de conversar com ela, ela vai voltar sim, ela adora essa casa, essas crianças principalmente hum, tudo vai se acertar e você não está sozinha nunca, olha só essas benção de Deus, olha eu aqui, eu posso ser uma velha, mas eu estou aqui viu, ela soltou um sorriso pequeno, fazendo carinho nos meus cabelos.
Eu peguei sua mão fazendo carinho, se não fosse a senhora aqui comigo eu nem sei sabia, a senhora é como uma mãe pra mim...
Ela se levantou dando um beijo na minha cabeça, passou sua mão nas minhas costas, dizendo pode ter certeza que eu tenho o mesmo carinho por você e por essa sua família, por isso que estou aqui e não quero te ver assim, fica bem hum... Eu vou descer, mas se precisar de qualquer, qualquer coisa só me chamar.
Eu consentir, ela se afastou, eu olhei os pequenos, olhei a Fê no meu colo, fiz carinho lhe dando um beijo ajeitei ela na cama junto com os outros, fiquei olhando os três, eu só queria o Vitor comigo, será que isso era tão difícil assim para ele entender, eu não queria nada, nada, apenas ele, só ele...
Eu suspirei olhando os três novamente, aquela briga não podia continuar, alguém tinha que ceder, eu precisa dele, precisava pelo menos ouvir a voz dele, ouvir que ele estava ao meu lado, eu peguei o telefone discando o seu número...
Ele estava deitado na cama, havia chego tarde de mais um show, assim que viu no visor o número se sentou assustado, era cedo e sabia que eu estava na faculdade já foi atendendo...
Oi... Oi...
Eu fechei meus olhos me deixando chorar, suspirei dizendo amor, amor eu preciso tanto, tanto de você, poxa eu não aguento mais isso, não aguento mais ficar brigando, não aguento mais ficar longe, eu, eu preciso tanto de você, será que você não percebe? Eu preciso, preciso de você... Que droga!
Ele estava assustado, percebeu pela minha voz que eu estava chorando, apesar das suas chateações, aquele não era o momento, ele fechou os olhou se sentando melhor, dizendo o que aconteceu princesa? Aconteceu alguma coisa com os pequenos foi isso? Eles, eles estão bem?
Eu suspirei, aconteceu, aconteceu, mas já está tudo bem...
Ele se levantou rápido, passando as mãos nos cabelos dizendo nervoso, como assim? O que aconteceu? Me fala, o que aconteceu?
O Pedro ontem, ontem a Renata estava com os pequenos no jardim e quando eu cheguei da faculdade o Pedro veio correndo na minha direção e caiu na piscina.
Ele disse alto como? É como ele está?
Ele está bem, agora está bem, eu, eu peguei ele, ele só ficou assustado, mas está bem, só que a Renata, a Renata foi embora, eu fiquei nervosa repreendi ela, ela ficou chateada e hoje, justo hoje que eu tinha prova para aplicar para a minha turma eu não pude ir para a faculdade, porque ela não veio e...
Ele soltou um riso irônico, pressionando os dedos nos olhos, se sentou na poltrona dizendo, calma, calma, deixa eu entende...
Isso tudo aconteceu ontem foi isso? É só hoje, só hoje eu venho saber disso é isso mesmo?
Eu ia responder, mas ele me interrompeu antes dizendo, mas é claro o problema não foi o que aconteceu ontem, o problema foi você não ter ido a faculdade dá suas belas aulas hoje num é isso?
Num é?
Vitor!
Vitor nada, você nem tinha que ter repreendido a Renata sabe porque? Quer mesmo saber porque? Porque se isso tudo aconteceu a culpa e sua, se você estivesse em casa, cuidando dos nossos filhos nada disso teria acontecido, nada! Mas claro você está preocupada em ser uma ótima profissional num é mesmo? Está preocupada com os gastos, com o que eu não posso pagar e com o que você tem que cobrir com o seu dinheiro, olha, olha você deu sorte, muita sorte não ter acontecido nada com o Pedro, porque se tivesse acontecido algo com meu filho eu não ia te perdoá nunca, nunca me entendeu...
Eu lhe interrompi dizendo irritada, eu não acredito, não acredito Vitor que agora você vai me culpa! Sabe o que eu sou, uma idiota, uma idiota que eu podia contar com você, que eu podia conversar ao invés de continuar nesse clima horrível que estamos a dias, mas parece que tudo que eu faço e errado num é mesmo? Quem sempre acerta aqui é você, você é o senhor perfeito não é mesmo? Mas sabe o que você é pra mim, uma criança!
Ele riu dizendo o que?
É isso mesmo Vitor, sabe cansei, cansei de sempre ouvir você me julgar, me criticar e ter que passar a mão na sua cabeça, você só pensa em você, só em você e quando o assunto e eu ou nós você age como uma criança mimada, eu cansei...
Eu não tive culpa do Pedro ter caído naquela piscina, não tive, eu comecei a chorar nervosa...
Os pequenos estavam me olhando assustados, eu me calei respirando fundo, voltei a falar só que dessa vez mais baixo é fácil você me criticar quando está fora, quando sai para o seu trabalho e deixa sobre as minhas costas todas as responsabilidades, eu ando cansada disso, cansada! Eu estou sozinha nessa casa, eu estou sozinha com os nossos filhos e por causa de um carro você simplesmente me deu as costas pouca se importa se eu estou bem ou não, é isso que você chama de amor? É isso Vitor? Se eu te decepciono como mulher, se eu não tenho sido a esposa dos sonhos e a mãe ideal eu não posso fazer nada, nada! Eu amo meus pequenos e sou capaz de dá a minha vida por qualquer um deles, como também seria capaz de dá para o homem que eu amo e com o qual eu escolhi para viver minha vida, mas esse, esse que está falando comigo não é o meu Vitor, não é mesmo! Eu preferia que você não tivesse nada, não tivesse a droga desse seu dinheiro, não tivesse esses dois carros na garagem, essa casa, eu queria apenas ter ao meu lado um marido que estivesse perto de mim, que me desse um palavra qualquer para me colocar pra cima e que visse o meu trabalho como algo importante pra mim, não como uma brincadeira...
Eu passei a mão nos meus olhos o secando, suspirei dizendo eu nunca achei que você não seria capaz de pagar as contas que fez ou que vai fazer, eu nunca disse isso! Eu só queria ter um marido que conversasse comigo, que pedisse a minha opinião em algo que é importante, mas isso não vem ao caso agora, porque na sua cabeça eu que sou a errada, a mal agradecida num é mesmo?
Eu fechei meus olhos me deixando chorar...
Ele permaneceu calado, eu suspirei aquele silencio dele era pior do que ter ele me xingando ou brigando comigo, eu suspirei quer saber Vitor, você sempre me prometeu o mundo, sempre me jurou dá o mundo e eu sempre ouvir isso e ficava me pergunta o que você queria dizer com isso, se você acha que seu dinheiro vai comprar tudo está enganado, o que adiantou ter um carro lindo e zero na garagem se a gente não para de brigar? Se a gente num está bem e esse o mundo que você me prometeu? Eu dispenso esse seu mundo, dispenso...
Ele já disse irritado dispensa agora né? Porque na hora de mudar para essa casa que você está hoje você não dispensou num é mesmo? Eu sei, eu sei bem qual é o seu problema, o problema e que você se acostumou a sempre ganhar mais do que eu e agora não aceita o contrário...
Eu soltei um riso nervoso, disse alto chega! Chega eu não vou ficar ouvindo isso, não vou...
Ele já foi dizendo mais irritado não desliga na minha cara, eu não terminei de falar...
Eu desliguei o telefone irritada, quem ele pensava que era para falar comigo, justo comigo assim, eu nunca havia pedido nada para ele, nem aquela casa, nem carro, nada, nada!
Ele assim que ouviu o telefone mudo, já foi discando irritado o número de casa, eu ainda estava com o telefone na mão, atendi falando mais alto eu já disse que não quero te ouvir, não quero, será que é difícil entende?
Não, não é difícil entender, como também não deve ser para você, eu não terminei de falar é você vai me ouvir...
Não vou mesmo, não vou ficar ouvindo esse monte de besteira que você está me falando, eu nunca me importei com quem ganhava mais ou menos e também nunca te pedir nada, nada para agora você ficar jogando na minha cara, eu sou uma idiota Vitor isso que eu sou, de tentar, de ficar correndo atrás de você, de esperar uma palavra de apóio que seja se o que você me dá e desprezo porque é isso que você está fazendo, por tanto eu não sou obrigada a ouvir nada, nada!
Se o que quer ouvir da minha boca e sobre o Pedro ele está ótimo, agora vou desligar Vitor! Porque se eu soubesse que ia me chatear mais do que já estou devia ter resolvido tudo sozinha!
Eu desliguei o telefone rápido o jogando de lado, ele já olhou o telefone irritado passando a mão nos cabelos droga! Droga!
Ele já pegou o telefone discando o número de casa novamente irritado, eu só ouvir deixei tocar, eu me aproximei pegando os pequenos e ajeitando no meu colo e perto de mim, fui abraçando e os beijando e deixando a minha raiva, decepção, medo, stresse virar apenas um choro que eu segurei por tantos dias...
A D. Joana estava na cozinha ouviu o telefone tocar, pegou o pano secando suas mãos e indo a sala atender.
O Vitor ia falar, mas assim que ouviu a voz dela deu um suspiro dizendo D. Joana sou eu...
Oi querido, quer falar com...
Ele lhe interrompeu, não, não pode ser com a senhora mesmo, eu quero saber da Renata, ela não foi hoje? A senhora acha que ela pode não querer voltar?
Bom querido para ser sincera, ela estava bem chateada pela situação, eu acredito que ela não volte, mas quem sabe né? Nada que uma boa conversa não resolva!
Sim, a senhora tem o telefone dela aí? Poderia me passar?
Claro, claro só um momento, deixa eu olhar aqui na agenda. Ela já foi procurando o nome e o telefone dela para lhe passar, assim que encontrou foi lhe passando, ele anotou agradeceu e desligou em seguida, deixou seu celular de lado, se levantou seguindo ao banheiro estava com a cabeça quente e nada como um banho para lhe ajudar, depois ligaria para a Renata para tentar conversar com ela e até mesmo saber o que houve de fato.
A manhã se passou assim, eu fiquei com os pequenos ali, não queria ouvir e nem falar nada.
Assim que o almoço ficou pronto desci com eles dando o almoço para eles, eu não conseguia comer nada, não iria descer e eu também não iria forçar...
A D. Joana queria me ajudar de alguma forma mas não sabia como, eu suspirei lhe olhando, não queria lhe dá mais trabalho, mas precisava fazer isso.
Ela como sempre disposta não recusou o pedido que lhe fiz, eu só subir pegando a minha bolsa, precisa ir atrás da Renata conversar com ela, tentar esclarecer aquele mal entendido.
Assim que sair de casa, peguei o carro seguindo pela cidade, logo nas próximas ruas já vir um movimento estranho alguns carros parados a frente, tentei olhar o que era, mas além dos carros tinha algumas pessoas em volta.
Parecia ser uma confusão, uma batida ou algo assim, olhei atrás já não tinha como eu sair dali e seguir por outra rua, acabei tirando meu cinto e descendo do carro para ver o que era, assim que fui me aproximando já notei que era o carro da D. Marisa que estava na confusão e mais a frente a Paula em volta de algumas pessoas, eu me aproximei rápido, lhe olhei assustada dizendo o que aconteceu Paula?
Uma mulher que estava ao seu lado falando alterada me olhou dizendo você conhece essa irresponsável? Olha, olha o estrago que ela fez no meu carro, olha isso, não vai sair nada, nada barato pode ter certeza!
Eu olhei o carro, a Paula já me olhou e olhou a mulher dizendo nervosa, eu não tive culpa, eu, eu achei que o sinal estava aberto e aconteceu...
Eu suspirei olhando aquela mulher e a familia completa dando em cima da Paula, ela me olhou como se implorasse por ajuda, eu respirei fundo olhando a Paula já acionou o seguro?
Não!
Então me dá seu celular!
Ela foi ao carro pegando sua bolsa, me entregou o celular eu já fui ligando e dando as devidas informações.
A mulher só me olhou fuzilando dizendo, eu vou chamar a policia se estão pensando que vão sair e me deixar com esse prejuízo essa maluco que quis passar com o sinal fechado!
Eu entreguei o celular da Paula, olhei a mulher dizendo qual é seu nome senhora?
Lucia!
Pois então senhora Lucia, não fique preocupada que a senhora não vai sair no prejuízo os dois carros irão seguir para a oficina, e a Paula vai lhe passar seu telefone e tudo mais que a senhora precisar, ninguém aqui pretende fugir da responsabilidade.
Eu acho bom mesmo....
Como se meus problemas ainda fossem poucos eu ainda me enfiava em cada situação, eu acabei ficando ali aguardando o guincho do seguro chegar, assim que chegou já foram levando os dois carros, resolvemos mais algumas coisas, a Paula e a tal mulher trocaram telefone tudo mais que fosse necessário para manter contato, ela acabou lhe pagando um táxi também.
Eu lhe olhei suspirando, bom acho que conseguiu resolver essa parte né?
Ela me olhou desconfiada pior vai ser contar pra minha mãe...
Essa parte e com você, mas estava indo para casa?
Estava...
Então vem, eu te deixo lá, já me atrasei mesmo, cinco minutos a mais ou a menos não vai mudar muito!
Não, não precisa eu vou andando e...
Paula por favor vai! Vamos logo e meu carro não pode ficar parado no meio da rua mais tempo não hum, vamos...
Eu sair na frente, ela acabou me acompanhando, entramos no carro, ela colocou seu cinto calada, eu o meu seguir até sua casa, fomos o caminho todo assim, assim que chegamos a porta da sua casa eu parei estacionando, lhe olhei pronto não doeu num é mesmo?
Desculpa e obrigada por hoje, talvez se você não tivesse chego eu nem sei...
Eu não fiz nada demais!
Ela já ia se virar pra abrir a porta, mas desistiu se virou me olhando e dizendo já com a voz embargada me diz só uma, uma coisa, ele, ele está bem? Ele, ele já arrumou outra pessoa?
Por acaso e do Vinícius que está falando?
Ela balançou a cabeça positivamente, já deixando as lágrimas cair, passou a mão secando.
Eu arquei minhas sobrancelhas dizendo sério, você ainda lembra dele? Pois achei que era passado na sua vida, já que não teve interesse nenhum esse tempo todo em saber dele! Sabe Paula seu erro e sempre querer que as pessoas procurem por você, você diz que ama as pessoas, mas não demostra, não faz nada por elas, acha que sempre tem que fazer por você, olha o que você fez da sua vida, olha o tanto de pessoa que você afastou e finge que num está nem aí...
Bom o que eu penso pouco importa num é mesmo, mas se quer saber o Vini está levando a vida dele e ainda está sem ninguém!
Ela me olhou fixadamente dizendo o que você queria que eu fizesse, ele, ele foi embora e nem se despediu, nem me ligou nada, eu nem sei onde ele está, nada!
Você esperou mesmo ele ligar? Eu rir lhe olhando, balancei minha cabeça negativamente, completando você é ingênua demais Paula, demais! Ele foi embora porque estava cansado, cansado dessa situação, cansado de ver a pessoa que ele gostava dando a minima para os sentimentos dele e você achou mesmo que ele ia te ligar? É sabe no fundo ele estava certo, afinal mesmo depois de um mês essa e a primeira vez que pergunta por ele, que aposto que para ti foi mais fácil abandonar a faculdade, ficar trancada dentro de casa, do que ir a luta, dá a cara a tapa e resolver seus problemas, dá o braço a torcer num é mesmo?
Eu respirei fundo, lhe olhei bom Paula, eu preciso ir de verdade, eu já me atrasei demais...
Ela segurou meu braço dizendo, só, só me fala o que eu preciso fazer para ter ele de volta me diz...
Não! Não sou eu que tenho que te dizer isso, quem tem que dizer isso é você para você mesma, para o seu coração, não eu te falar o que fazer, pensa Paula, pensa no que você queria que alguém fizesse por você diante dessa situação...
Ela ficou calada me olhando, eu lhe olhei apontando a porta, ela suspirou agradeceu, descendo do carro, eu dei partida no carro saindo dali, ela só me olhou me distanciar, suspirou pensativa, não aguentava mais ficar longe do seu amor, precisava fazer algo, precisava lhe ter de volta, mas como? Como?
Ela entrou em casa pensativa, eu seguir o meu caminho pensando apesar de as vezes querer ajudar eu não podia e nem queria me meter mais naquela confusão, ela tinha que aprender a crescer sozinha...
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