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...Que quando a gente se entrega por

inteiro é amor, o gosto de um beijo fica

pra sempre quando é amor..."

24 de setembro de 2011

Ele deu um suspiro me olhando, ajeitou a Mari no seu colo, me olhou de canto, acabou dando um sorriso pequeno dizendo, sabe eu vim aqui além da saudade claro, mas também para conversar com você, sabe aquela ideia da clinica que conversamos outro dia lá na faculdade lembra?
Lembro sim, o que tem?
Não mexeu contigo nem um pouquinho?
Claro que sim né Vini, esse sempre foi o meu sonho, mas...
Mas o que? Não pensa em atuar novamente como médica?
É a minha maior vontade, você sabe disso, por mim teria voltado logo depois dos pequenos, mas aí veio essa bonequinha, veio as aulas na faculdade que já foi uma briga que acabei deixando esse sonho para mais tarde, mas a clinica sempre foi o meu sonho todo mundo sabe disso, mas o Vih investiu o que tinha e o que não tinha nesse cd, dvd então...
Ele me interrompeu dizendo, sim eu sei, a D. Marisa já me falou isso, mas vamos ser sinceros, eles estão estourando e se estão estourando significa que estão lucrando, e uma parceria não sairia tão caro assim para você investir, eu como você sabe não vou pode atuar diretamente, mas vou estou pensando em investir, cuidar pelo menos da parte administrativa, mas eu queria você comigo nessa, o que acha hein?
Seria perfeito Vini, perfeito! Mas eu, eu.... Eu suspirei pensativa, lhe olhei mais séria dizendo por mais que eu não tenha gastos nenhum aqui em casa, o que eu ganho e tenho guardado num dá nem para o início, o projeto pelo que percebi é grande, para eu entrar nessa eu precisaria conversar com o Vih só que do jeito que ele anda é difícil ele me ouvir em alguma coisa....
Eu entendo, mas eu queria pelo menos ter uma garantia de que a gente pode segurar esse lugar para ti, seria perfeito pensa, por mais que o investimento seja alto, vai ser algo nosso, vai pode fazer seus horários da forma que achar melhor, atender o número de paciência que preferir, sem precisar se cansar, se desgastar como é num hospital, eu só quero que pense e me diga que posso segurar esse lugar para você, só isso...
É então o que me diz minha irmã?
Eu acabei sorrindo, tentadora essa proposta, mas vamos fazer assim, eu penso, tento conversar com o Vih e te dou uma resposta definitiva, prometo que não vou demorar....
Jura?
Juro!
Ótimo, ótimo! Ele olhou a Mari deu um sorriso, me olhou dizendo baixo acho que alguém aqui está com sono...
Quer me dá ela?
Não, deixa ela aqui está tão gostoso!
Eu consentir, me ajeitei melhor no sofá e então como anda? Está tudo bem? Você e a Paula como está?
Tudo ótimo.... Cada dia melhor para dizer a verdade, aquela menina me pegou de jeito mesmo, acho até que logo, logo vai ter casamento....
Hummm, jura?
Brincadeira... Querer eu até queria sabe, mas ela precisa terminar a faculdade dela, os cursos....
Sei, sei como é isso!
Eu e o Vini ficamos um tempo ali conversando, assim que a pequenininha adormeceu, ele acabou me entregando, eu me levantei com ela subindo, troquei sua fralda, lhe ajeitei no berço lhe cobrindo, desci em seguida, o Vini já estava de pé, eu lhe olhei já vai?
Ele olhou seu relógio, me olhou vou sim, já e tarde, já tomei muito seu tempo, deve está cansada, mas mesmo abusando é sempre bom conversar e ficar um tempinho contigo...
Pois então deveria vim mais vezes, os pequenos sentem saudades, assim como eu, podia marcar de vim com a Paula qualquer hora dessas....
Pode deixar, vamos combinar sim e prometo na próxima vim mais cedo!
Bobagem, mas vem mesmo, vou esperar vocês.
Pode deixar.... Bom vou indo! Ele se aproximou me dando um abraço apertado, eu lhe acompanhei o levando ao portão, assim que ele se foi, eu já fui trancando o portão e a porta, apaguei as luzes, subir, antes de ir ao meu quarto já fui passando ao quarto dos pequenos olhando se estava tudo bem, em seguida já passei para indo ao meu quarto, assim que abrir a porta já me deparei com o Vitor dormindo todo desajeitado na cama com a mesma roupa que havia passado o dia todo, eu suspirei me aproximei dele, passei a mão em seu rosto, me sentei no canto da cama lhe chamando, ele passou a mão nos olhos dizendo com a voz manhosa o que foi hein?
Não vai trocar de roupa, tomar banho meu lindo?
Ele abriu os olhos, me olhou com preguiça e um desanimo que chegava até a contagiar, suspirou se sentando olhou sua roupa, desabotoou a blusa, me olhou sério seu irmão já foi?
Já, acabou de ir....
Ele consentiu, se levantou passando as mãos no rosto, eu me aproximei me sentando mais perto dele, passei minha mão em seus cabelos fazendo carinho, ele tirou as mãos do rosto me olhando, eu aproximei meu rosto ao seu lhe dando um beijo carinhoso e delicado, ele retribuiu, acabei me deixando me envolver lhe dando mais um beijo apaixonado, sorrir me afastando lhe olhando, ele fixou seu olhar ao meu, eu segurei sua mão fazendo carinho, lhe olhei dizendo sabe o que eu pensei....
Ele balançou a cabeça negativamente...
Eu suspirei mexendo na sua mão com a minha, me virei mais para ele dizendo. sabe Vih eu andei pensando, pensei que a gente podia sair, só eu e você o que acha? Nem que seja só para jantar, conversar, espairecer um pouco o que acha?
A gente pode ver isso minha linda, só que mais pra frente, agora eu não posso e... Ele suspirou tirando sua mão que estava sobre a minha, se levantou apontou para o banheiro, vou tomar banho!
Eu só consentir, ele seguiu para o banheiro, eu só fiquei lhe olhando ir, sentir um aperto no coração, por mais que eu soubesse que ele agia dessa forma por não está bem, eu também não sabia agir diante daquela situação e muito menos sabia controlar aquele sentimento de rejeição, de bloqueio que ele tinha toda vez que eu tentava chegar perto dele.
Eu me levantei respirando fundo, acabei deixando algumas lágrimas escorrer pelo meu rosto, seguir ao meu closet separando meu pijama, já fui trocando de roupa, entrei no banheiro, ele ainda estava no box, estava tão longe que nem havia me notado ali e era melhor assim, talvez se me visse ali era capaz de correr de mim, mais uma uma vez, eu escovei meus dentes, prendi meu cabelo, deixei o banheiro já me aproximando da minha cama, puxei os lençóis me deitando de lado, acabei me deixando levar pelos meus pensamentos.
Ele assim que terminou seu banho, fez sua higiene acabou se vestindo ali mesmo, deixou o banheiro já me viu deitada, apagou a luz, se aproximou da cama, se deitando para o outro lado, depois de alguns segundos, se virou deitando de barriga para cima, virou seu rosto me olhando, disse baixo amor dormiu?
Eu respondi sem nem ao menos me virar, não!
Ele se aproximou me abraçando forte por trás, encostou seu rosto ao meu dando um beijo no meu ombro, respirou fundo dizendo com a voz embargada você deve achar que eu não tenho saudade de você, mas eu tenho, tenho sim e muita, mas eu estou cansado, não está sendo fácil para mim, eu só queria que me entendesse e...
Eu lhe interrompi, eu não disse nada Vih!
Mas eu sei que está pensando, o meu problema não é com você e nunca vai ser eu juro!
Eu só deixei algumas lágrimas cair, ambos ficamos em silencio, ele levantou um pouco seu rosto me olhando, passou a mão secando seu rosto e em seguida o meu, eu me virei lhe olhando, levei meus dedos em seus lábios, dizendo então deixa eu te ajuda, por favor!
Princesa eu só preciso colocar as coisas ordem e só isso...
Não Vih, não é bem assim você sabe, você precisa de ajuda, ajuda médica será que não percebe, continuar assim não é a melhor solução....
Eu não preciso de ajuda médica, eu só estou cansado das viagens, dos problemas, isso é fase vai passar, eu sei, logo, logo eu vou está bem e você vai ver...
Eu só quero te ajudar Vitor, só isso, mas se você acha que pode passar por isso sozinho eu não falo mais nada!
Não, eu não posso passar por isso sozinho, eu preciso de você, preciso que me entenda, que fique perto de mim, só isso, só isso....
Ele me puxou me abraçando, eu preferi me calar, não havia como discutir com ele, ele era teimoso e quando cismava com algo era aquilo e ponto.
Acabamos pegando no sono e assim foi se passando mais uma semana, eu entre as minhas aulas e a minha rotina com os pequenos, o Vitor até que tentou aparecer no escritório e colocar suas coisas em ordem, mas mesmo estando ali era o mesmo que não está, o Leo tentou por diversas vezes conversar, lhe explicar algo, mas era como se ele estivesse falando com as paredes, o Vitor como de costume longe, as vezes perdido, o Leo percebendo isso acabou decidindo que o melhor naquele momento era ele decidir sozinho o que havia de mais importante para se resolver ali na produtora, durante a semana recebeu alguns produtores alguns até indicado por conhecidos, havia gostado de alguns, outros não, depois de muita dúvida entre dois curriculum, acabou decidindo fazer um teste com um deles, que ele já havia conhecido, assim pelo menos se o Vitor não gostasse da sua escolha, poderia dispensar e continuar a procura, mas pela indicação e pelo curriculum ele já havia gostado.
Era uma sexta-feira, o Leo estava ali na sua sala, resolvendo algumas coisas referente a agenda, foi interrompido quando ouviu alguém bater na porta, foi deixando os papeis de lado e pedindo para entrar, olhou era a secretária que por sorte era quem mais estava lhe ajudando nos ultimos dias, deu um sorriso pequeno, algum problema Patrícia?
Não Leo e que o Yves chegou, ele tem horário marcado com você lembra? Posso mandar entrar, ele já chegou...
Claro, pode sim....
Ela já foi abrindo a porta, e pedindo que ele entrasse, olhou o Leo deseja mais alguma coisa?
Por enquanto não, se precisar eu chamo!
Ela consentiu encostando a porta, o Leo se levantou estendendo a mão, o Yves se aproximou lhe cumprimentando, e então tudo bem?
Tudo sim e você? Acredito que já sabe porque lhe chamei né? Senta....
Os dois foram se sentando, o Leo continuo lhe falando, você foi indicação de um amigo meu, apesar do meu irmão que sempre decidi tudo comigo não está presente, eu decidi que vamos fazer um teste ver como o nosso trabalho juntos funciona se eu e meu irmão gostamos e você também, a gente senta novamente e fecha esse contratação, essa parceria o que acha?
Acho ótimo, assim também posso conhecer um pouco da história de vocês....
Quando você pode começar?
O quanto antes melhor!
Bom então na segunda, segunda de manhã, assim meu irmão o Vitor vai pode está aqui presente e aí a gente conversa melhor, pode ser?
Fechado!
Os dois deram as mãos, conversaram mais um pouco e logo em seguida o Yves já foi deixando o escritório deixando combinado que na segunda de manhã estaria ali para encontra-los.
O Vitor como não havia almoçado, eu pedir para a D. Joana preparar uma bandeja com um lanche pelo menos, eu mesma levaria, assim que ela organizou tudo, se aproximou da sala me olhando e mostrando a bandeja, eu me levantei deixando os pequenos com a Renata, me aproximei pegando a bandeja, agradeci, já seguindo em direção as escadas.
A D. Joana e a Renata me olharam subir, se olharam sérias, mas preferiram não falar nada, todo mundo já havia percebido o quanto o Vitor não estava bem, mas parecia que só ele não enxergava isso.
Assim que me aproximei da porta do quarto, já abrir, olhei em volta, a janela, as cortinas estava fechadas, a luz apagada, eu acendi a luz, só lhe vir sentado na poltrona encolhido e longe, assim que acendi a luz, só vir ele passando a mão nos olhos como se lhe tivesse incomodado.
Eu me aproximei deixando aquilo sobre a cama, parei em sua frente lhe olhando séria e já dizendo impaciente até quando isso Vitor? Até quando me diz? O que você quer com isso, me fala, me diz? Que todo mundo tenha pena de você é isso? Olha esse quarto, olha você como está, olha essa roupa Vitor! Pijama, mas um dia que você passa trancado nesse quarto e com essa droga de pijama se isolando do mundo, se afastando de mim, dos nossos filhos, da sua família!
Ele disse baixo com uma voz que mal se ouvia... Eu só estou com dor de cabeça!
Não Vitor, você num está só com dor de cabeça, você está doente, você precisa de ajuda, isso é sério, depressão é coisa séria e só você ainda não percebeu isso e eu, eu errei e continuo errando, eu vou marcar uma consulta para você hoje mesmo e mesmo que você diga que não vai eu te levo a força, arrastado como for, mas deixar você se acabar assim eu não vou deixar, não vou mesmo....
Ele se levantou irritado e já dizendo alto eu estou bem, eu não preciso de médico nenhum, só porque eu estou querendo ficar no meu canto, só porque eu ando cansado você e o Leo deram para dizer que eu preciso de ajuda, que eu estou doente, mas eu não estou, eu estou bem, eu estou bem será que não ver isso! Num é porque eu num tenho vontade fazer as coisas que significa que eu estou doente, eu não estou, mas parece que você torce para que eu fique, porque você só sabe falar isso e porque? Porque eu não quis sair com você, porque não estou com vontade de fazer as refeições na mesa, porque não estou com vontade de fazer amor na hora que você quer, vai me dizer que você as vezes num acorda assim sem vontade de fazer nada....
Acordo sim Vitor, mas não todos os dias, todas as semanas!
Mas eu sou diferente....
Você está doente!
Não estou, já disse que não estou, olha, se você veio aqui só para isso, para discutir e dá seu diagnostico pode me deixar aqui no meu canto, eu estou cansado, eu estou com dor de cabeça e eu só quero ficar aqui no meu canto, só isso e pode levar essa bandeja eu estou sem fome, quando eu sentir fome eu desço, agora me deixa!
Ele voltou a se sentar na poltrona, eu balancei a cabeça negativamente lhe olhando, passei a mão nos cabelos dizendo baixo me prova então, me prova que eu então que eu e que estou louca, que estou vendo coisa onde não tem e que você está bem como tanto diz, me prova Vitor!

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