Nós sorrimos, logo olhei o Vitor- Vem comigo entregar?

O Léo olhou- Entregar o que?

Eu sorri- O presente de batismo do nosso afilhado!

Ele balançou a cabeça negativamente sorrindo - Vocês e os presentes!

- É tradição, sabe disso!

Ele deu um risada eu peguei a mão do Vitor o puxando, nos aproximamos da Tati que estava conversando com a sua mãe eu as olhei sorrindo tirei a caixinha da minha bolsa a entreguei, ela ficou olhando, balançou a cabeça, ajeitou o Matheus pegando, eu sorri- Me da ele aqui!

O peguei enquanto ela abria, ela deu um sorriso- Que linda a medalhinha, é pra guardar pra sempre!

A D.Cinthia sorriu- È sim, tenho a sua até hoje!

Ela me nos olhou- Muitos obrigada a vocês dois viu, obrigada mesmo!

Eu a olhei- Nós dois que temos que agradecer ao afilhado mais lindo!

Vitor só fez carinho no Matheus, ela se aproximou colocando a medalha na sua roupa , se afastou sorrindo, ficamos ali conversando mais um pouco até a D.Cinthia se afastar dizendo que iria ver se já estava tudo pronto, quando ela saiu a Paula vinha vindo em nossa direção, parou nos olhando, se aproximou de meim- Posso?

Eu ri lhe entregando o Matheus- Já quer me tirar esse meu lindo?

Ela riu- Ah, só de pensar que só tenho mais dois dias pra beijar e apertar ele me da um aperto no coração!

A Tati deu um risada- Já que vão disputar pra quem fica com ele, vou ajudar minha mãe, posso!

- Claro que pode Tati!

Ela saiu pedindo licença eu sorri , o VItor passou a mão no meu ombro a olhando- Porque não ficam mais tempo?

A Paula o pegou, olhou o Vitor- Estou cheia de trabalhos para entregar Vih, e a mãe tem o trabalho dela né?

Ele consentiu ela continuou- Vocês bem que podiam tirar um tempinho pra ir lá em casa, garanto que quando a Fernanda e o Pedro nascerem isso vai ser quase impossivel!

Ele deu um suspiro- Vamos ver Paula, vamos ver!

Eu o olhei- Isso é verdade Vih, quando eles virem vai ser bem mais dificil, daqui uma semana tem um feriado, podiamos ir né?

Ela sorriu- Claro que podiam!

Ele me olhou surpreso- E você vai poder?

Eu levantei os ombros- Porque não! Saímos na quinta de manhã e voltamos no domingo de noite, e quem sabe acaba não indo todo mundo pra fazenda do meu pai!

A Paula olhou- Ah eu ia adorar, a mãe também Vih!

Ele ficou me olhando- Sério mesmo?

Eu ri- Ué qual a surpresa amor?

Ele deu um sorriso pequeno, um beijo no meu rosto, me abraçou encostando o rosto na minha nunca dizendo baixo- Te amo!

Eu balancei a cabeça a Paula riu olhou o Matheus- Vamos deixar os dindos namorar um pouco hein? vou te ensinar já a sair na hora certa!

Ela saiu sorriso, o Vitor me envolveu fazendo carinho na minha barriga passei a mão no seu braço, ele encostou o rosto no meu ombro me olhando- Quando eles vão mexer dinovo?

Eu ri- Nâo sei, mais acho que só quando você estiver assim bem pertinho!

- Hun, então não vou sair de perto!

Eu balancei a cabeça- Isso mesmo, fica bem grudadinho!

Ele acabou sorrindo, ficamos ali mais um pouco olhando todos conversando e rindo, era bom estar ali entre familia, queria que meus pais estivessem aqui também, acabei dando um suspiro, me afastei um pouco virei olhando o Vitor- Eu vou ver se precisam de ajuda lá na cozinha tá!

Ele consentiu lhe dei um beijo no rosto, sai indo em direção a cozinha, o Vitor ficou ali logo o pai da Cinthia e o Léo se aproximaram conversando um pouco, assim que entrei olhei a Tati- precisam de ajuda?

Ela sorriu- Só pra arrumar a mesa, você leva os pratos?

Eu consenti, já fui pegando o que faltava as ajudando, rapidinho elas terminaram de arrumar tudo a D.Cinthia me olhou- Pronto, é só se servirem, não tem espaço para todos na mesa, mais são adultos podem se espalhar por ai!

Eu ri ela já saiu avisando a todos que o almoço estava pronto o Vitor se aproximou- Hun..o que tem de bom aqui!

Eu olhei- Tudo o que você gosta, quer que eu te sirva?

Ele consentiu, peguei um dos pratos o servindo, assim que terminei o entreguei, a D.Marisa só nos observada de longe, ele o pegou- Não vai comer?

- Já vou, pode ir comendo!

Ele concordou se afastou se sentando na sala próximo ao Léo que também já estava comendo, eu fiz um prato para mim e logo me juntei a eles, me sentei ao lado do Vitor ele olhou- O que é isso?

Eu olhei- o que?

Ele apontou no meu prato- Salada de berinjela!

- Esta bom?

Eu levantei os ombros- Pra mim sim, mais você não gosta!

Ele ficou olhando desconfiado peguei um pouco lhe dando ele experimentou fazendo careta o Léo deu um risada- Ehh crianção..

Eu ri, acabamos almoçando conversando bastante sempre naquela festa, já era tarde quando comecei a ajuntar as coisas para lavar e deixar a casa da D.Cinthia um pouco em ordem, os rapazes se juntaram ali na sala conversando com a tv ligada, o Vitor acabou se distraindo se afastou um pouco dali indo para fora, se sentou em um dos bancos do jardim com o olhar longe, apesar de que hoje estar tendo tudo o que precisava sentia ainda aquele aperto no peito, assim que terminamos de arrumar tudo ficamos ali na cozinha conversando sobre o batizado, gravidez entre outras coisas, a D.Marisa se afastou um pouco saiu em direção a sala procurando o Vitor, logo o viu lá fora da janela, saiu respirando fundo, se aproximou passando a mão no seu ombro- Sozinho aqui meu anjo!

Ele olhou rápido e assustado- Oi mãe!

Ela se sentou do seu lado, fez carinho no seu joelho, ficou lhe olhando, ele respirou fundo- Só pensando..só isso!

- Pensando em que querido?

Ele só ficou a olhando ela continuou- Reparei em vocês o dia inteiro, me explica qual é o problema !

Ele parou respirando- Hoje, hoje não tem problema nenhum, esta perfeito como sempre, só que amanhã, segunda mesmo já tenho certeza que não vai ser assim!

- Como querido se a Paula já me falou que no feriado vão para Uberlândia!

Ele balançou a cabeça- Ela falou hoje isso, dúvido que até semana que vem não esteja ocupada demais!

Ela o olhou mais séria- Vitor, tem que entender também o trabalho dela..

- E eu mãe, quem entende? quem entende quando ela chega tarde da noite nem oi me fala vira e dorme? quando eu chego empolgado pra contar alguma coisa e ela já esta no décimo sono? nem conversar mais comigo ela sabe, sempre uma briga, ou se não... não fala nada, não me conforta, não fala que me ama, hoje ela é a pessoa que eu casei, mais do nada ela muda como se não me quisesse mais perto, e eu não sei mais o que fazer mãe..não sei..

Ele foi começando a falar mais rápido e um pouco mais nervoso já embargando a voz- Eu a amo, amo mais que tudo..só que eu não sei o que fazer pra ela voltar, eu quero minha princesa de volta mãe..só isso!

Ela ficou lhe olhando com aquele aperto no coração, era tão difícil ver um filho sofrer, ele já deixou algumas lágrimas cairem novamente, de uma magoa que estava la no fundo, ela o abraçou tentando o consolar- Meu filho não faz assim, as vezes é coisa da sua cabeçinha Vitor!

Ele a olhou- Não é mãe, eu juro que não é só me fala, como eu faço ela me amar dinovo, como?

Ela respirou fundo só o abraçando novamente, ele se deixou chorar por algo que já estava lá dentro a tempos, assim que ele se acalmou um pouco ela afastou seu rosto o segurando e o secando, ele notou seus olhos umidos também- Uma coisa é certa meu anjo, nós não podemos obrigar ninguém a nos amar, seja você mesmo sempre e se ela não quiser mais esse menino de ouro é porque não era pra ser e talvez tenha até por ai outro alguém que te faça feliz..

Ele já balançou a cabeça- Não mãe, você sabe que não e...eu vou ter dois filhos..

Ela fez carinho no seu rosto- Os dois são fruto de uma história linda, mais não são eles dois que vão decidir se essa história vai continuar ou não!

Ele a olhou com um certo desespero- Então você também acha que ela não me ama mais mãe hein? porque eu...eu..
Ela o interrompeu- Não disse isso! É claro que ela te ama querido, até hoje eu e a Fatima não sabemos de onde sai tanto amor, talvez ela esteja confusa sem saber como administrar o tempo dela, eu só lhe disse que ela tem que te amar pelo o que você é, e não porque fez algo ..ou mudou pra ter o amor dela novamente! Amor que na minha opinião ainda esta ali sim!

Ele passou a mão no rosto ela continuou- Eu sei que é difícil ter calma em uma hora dessas, mais quem disse que uma vida a dois é fácil? não se deixe levar por esses seu pensamentos que só vão te fazer sofrer! Você me diz que amanhã ela já vai estar outra pessoa, como você sabe? não conversaram ontem? e se ela notou o que você precisa e esta tentando concertar hein? ai fica você aqui sofrendo sem motivo...

Logo que saimos todos dali da cozinha, a tati foi pegar o Matheus que estava chorando, procurei pelo Vitor na sala não o achei, perguntei ao Léo a D.Cinthia apontou pela janela- Esta lai com a Marisa!

Eu agradeci, acabei saindo, a D.Marisa o abraçou- Se precisar de qualquer coisa meu filho, me liga, pega um avião e vai correndo pra casa, eu vou sempre estar contigo tá!

Ele consentiu lhe dando um beijo no rosto- Obrigado mãe!

Eu me aproximei olhei os dois, a D.Marisa ouviu o barulho virou o rosto acabou secando o seu eu fui a frente olhei o do Vitor vermelho e umido perguntei um pouco mais séria- Tudo bem?

Ela balançou a cabeça- Tudo querida, é que cada vez que ele fala desses bebes agora é assim!

Eu acabei sorrindo, fiz carinho no seu rosto o secando- Imagina no parto então, sou eu que vou precisar te ajudar é?

Ele deu um sorriso pequeno a D.Marisa se levantou- Bom, vou lá dentro um pouco!

Eu consenti, ela deu um beijo no rosto do Vitor entrando em seguida, eu fiquei o olhando, um pouco desconfiada mais talvez se ele quisesse me falar já havia dito algo, não ia o obrigar a falar o que não queria, acabei pegando suas mãos e me sentando no seu colo, sequei melhor seu rosto dando um beijo carinhoso- Não fica assim não!

Ele respirou fundo- Vai passar não vai?

Eu balancei a cabeça positivamente, fiz carinho no seu rosto beijando o canto dos seus lábios, o amava tanto, e era tão bom ter ele pertinho assim, acabou passando pela minha cabeça o que a D.Marisa havia me dito um pouco mais cedo, a ultima coisa que queria perder na minha vida era o Vitor, parei o olhando por alguns segundos, ele fixou seu olhar também ao meu dizendo baixo- O que foi?

Eu balancei a cabeça- Nada! Não quer ir pra casa?

Ele fez carinho na minha barriga- Porque? tem que fazer seus relatórios ainda?

Eu balancei a cabeça negativamente, encostei meu rosto ao seu dizendo baixo- Não! Mais eu quero começar a te amar, e só parar quando amanhecer..

Ele fechou os olhos- Se soubesse como é bom ouvir isso..