Com aquela bateção de porta não demorou para que eu ouvisse o choro dos pequenos, sai do quarto secando meu rosto já vi os dois assustados chorando, fui tentando pegar os dois, me sentei na poltrona os acalmando- Calma meus amores...calma!
Fiquei um bom tempo ali até os dois pararem de chorar, quando se acalmaram deitaram o rostinho no meu ombro ficando assim, pelo jeito não iriam adormecer novamente, me levantei devagar indo ao meu quarto ficando com os dois na cama, eles ficaram quietinhos por um bom tempo mais logo já foram levantando o rosto procurando algo para fazer, só deixei os dois ali comigo ficando pensativa o restante do dia, quando ficou mais tarde dei um banho nos dois, a janta e logo eles adormeceram, o Vitor não deu sinal de vida o restante da tarde, a D.Joana já havia se recolhido, eu tomei um banho me sentei na cama olhei as horas, porque ele fazia isso? acabei encostando meu rosto na cabeceira, cochilei e acordei rápido ouvindo  a porta do quarto abrir, já o vi entrando olhei o relógio me levantando- Aonde você estava Vitor?
Ele olhou sério, passou tirando desabotoando sua camisa deixando sobre a poltrona- No escritório, aonde mais?
- Até essa hora? podia ter ligado e..
Ele respirou fundo- Qual a diferença, o que te importa agora não é se sentir uma mulher realizada, então pode se preocupar só com você..não precisa gastar seu tempo que vai ser mais do que precioso agora certo!
Ele passou para ir em direção ao banheiro eu segurei seu braço- Não faz assim!
- Você que escolheu! Mais é uma questão de dias, quando estiver dando suas aulas nem vai se lembrar se estou bravo..irritado..
Ele parou de falar indo ao banheiro, eu balancei a cabeça me sentei no canto da cama, de imediato me veio na cabeça as brigas de quando eu ainda estava no hospital, era tão insuportável, mais ele fazia isso pra poder me controlar e no final desistir de tudo, mais eu não ia ceder, ia começar a dar as aulas e se desse certo ótimo, se não sairia mais por vontade própria e não pela pressão que ia sofrer com ele , só me levantei ajeitando os lençois, apagando as luzes e me deitando, fechei os olhos com força pra deixar minha chateação de lado, ele tomou um banho demorado, pensou praticamente o dia todo em como iria me fazer desistir, porque agora? ainda mais com a Mariana vindo, era para os dois curtir essa gravidez, os pequenos crescendo, não precisava de pressa. Assim que terminou o banho já saiu dali se secando, abriu a porta do banheiro viu tudo apagado, só foi ao closet tentando pegar no escuro mesmo seu pijama, se vestiu voltou ao banheiro estendendo sua toalha, apagou a luz se aproximou, me viu deitada, ficou olhando um tempo, logo deu um suspiro se deitando, se virou para o outro lado demorando para adormecer. No dia seguinte logo cedo ele se levantou indo ao escritório sem fazer barulho nenhum, que nem a D.Joana o viu sair, eu despertei no horario de sempre, olhei para o lado já não o vi, passei a mão no seu lado da cama dando um suspiro- Porque é tudo uma briga Vih..porque?
Eu passei a mão no rosto ficando mais um tempo deitada, logo achei melhor me levantar antes que os pequenos acordassem, fui ao banheiro fazendo minha higiene, arrumei o cabelo, sai dobrando o pijama e pegando outra roupa, me troquei já ao menos arrumando e cama, passei pelo quarto dos pequenos só olhando pela porta já descendo indo direto a a sala de jantar, vi a D.Joana colocando a garrafa de café lhe dei bom dia, ela respondeu, fui me sentando dei um suspiro- A senhora viu o Vitor sair?
Ela balançou a cabeça negativamente, eu dei um suspiro olhando a xícara- È tão errado tentar ser mais do que mãe e esposa D.Joana?
Ela ficou olhando- Claro que não querida, e garanto que consegue conciliar tudo muito bem!
Eu dei um sorriso pequeno- A senhora acha? Eu sei que a senhora nos ouviu e sabe sempre muito bem o que se acontece aqui em casa, acha que ele esta certo!
Ele ficou pensativa, eu a olhei como se implorasse uma resposta ela continuou- O certo é fazer o que seu coração pede, se isso vai lhe fazer feliz é o certo!
Eu dei um suspiro balançando a cabeça positivamente, ela ficou olhando- Estive pensando mais não tive a oportunidade de lhe falar, e nem queria interferir em nada entre você e o senhor Vitor mais se precisar eu posso ficar com os bebes enquanto não consegue alguém de confiança!
Eu dei um suspiro- Eu agradeço D.Joana, mais eu falei com a Luisa e minha mãe e elas me indicaram uma moça que cuidou um bom tempo da minha sobrinha a Rafa, e ela vem hoje pra vermos se vai dar certo!
- Que bom então!
Eu fiz que sim- Tomare que dê tudo certo!
- Vai dar, se ela foi bem indicada não tem porque eles não gostarem dela!
Eu consenti fui me servindo de suco- Já tomou café?
- Já, pode tomar a vontade, vou dar uma ajeitada na casa porque daqui a pouco essa moça deve chegar certo?
Eu fiz que sim, ela só sorriu já pedindo licença em seguida, fui tomando meu café, apesar de toda aquela briga estava me sentindo bem, já imaginando como seria, se eu iria gostar mesmo de dar aulas, fui interrompida pela campainha, me levantei já indo atender o interfone a D.Joana se aproximou já a olhei- È a moça, deixa que eu abro!
Ela consentiu, eu fui saindo dali indo até o portão, abri ela já foi dando um sorriso estiquei minha mão- Prazer Renata!
Ela foi entrando e olhando em volta- O prazer é meu, nossa que casa linda!
Eu fui trancando o portão- Obrigada! Vamos entrando!
Nós entramo ela foi olhando a casa, eu logo dei um suspiro- Estava tomando meu café os pequenos ainda não acordaram me acompanha?
- Se não for incomodo acompanho sim!
- Claro que não!
Fomos em direção a sala de jantar apontei a cadeira ela foi se sentando, como a D.Joana havia montado para o Vitor e eu não precisei pegar nada, me sentei no meu lugar a olhei- Pode se servir a vontade!
Ela consentiu - Desculpa repetir isso mais sua casa é realmente linda, faz tempo que se mudaram ?
- Não..uma semana e alguns dias para ser mais exata!
Ela riu- E já esta tudo arrumadinho assim!
- Hun, quase tudo, e também com a D.Joana que logo vai conhecer nada fica fora de ordem!
Ela consentiu, eu dei um suspiro ficamos alguns minutos em silêncio enquanto ela se servia, minha primeira impressão havia sido boa, ela era mais velha parecia ser paciente o que era ótimo!
Logo ela quebrou em silêncio- Tão calminha sua casa nem parece que tem dois pequeninhos!
Eu sorri- Quanto a isso não tem muito o que se preocupar, fora alguns minutos de crise eles são bem tranquilos!
- Que bom! E querem ter mais..
Eu ri passando a mão na barriga- Não da pra disfarçar, já esta encomendado minha outra pequena..Mariana!
- Nome bonito, esta de quantos meses?
- 5!
- Que ótimo espero ter a oportunidade de conhecer a Mariana!
Eu ri- Espero o mesmo! Você cuidou muito tempo da Rafa não é? não sente falta?
- E como, cada criança é como se fosse minha, as vezes ainda passo na casa da D.Luisa só para ver ela!
- Certo, é casada Renata?
- Sim, a 26 anos, moramos não muito longe daqui!
- E tem filhos?
- Tenho, só que a minha já é criada , esta com seus 20 anos, entrou na faculdade agora não quer saber muito da mãe!
Eu ri ela continuou- Não se preocupe com isso, pois como já lhe disse ao telefone se eu precisar dormir aqui não vai ser problema algum!
Eu consenti- Bom, como eu lhe disse só vou ter certeza dos meus horários amanhã, mais acredito que não fujam muito dos quais eu lhe falei, depois que eu tiver a certeza você pode me passar o quanto cobre tudo certinho pode ser?
- Claro!
- E esses dias de experiência serão mais para isso, eles tem os horários deles que eu queria que continuassem sabe, de comer, tomar mamadeira, dormir de tarde, eu prefiro que mesmo quando eu tiver fora eles continuem com isso!
- Sim, sou adepta desses horários também!
Eu dei um sorriso pequenos- Desculpa é que as vezes temos jeitos diferentes e..
Ela balançou a cabeça- Não precisa se preocupar, esses dias pode me passar tudo como deseja, sei bem que é dificil confiar os filhos a outra pessoa, mais pode ter certeza que tenho anos de experiência e dara tudo certo!
Eu balancei a cabeça positivamente como se ficasse mais aliviada, estava um pouco nervosa com aquilo, ficamos conversando mais um pouco falando da minha rotina com os pequenos, logo ouvi um resmungo já apontei- Acordaram!
Ela foi se levantando- Então vamos lá, quero conhecer esses anjinhos!
Eu me levantei também, pedi que ela viesse comigo, fui entrando no quarto vi o Pedro sentadinho coçando o olho dei um sorriso- Bom dia meu amor!
Ela se aproximou olhando, deu um sorriso- Que graça!
Eu fui o pegando- Olha meu amor, essa é a Renata, ela vai cuidar de você e da Fê hun?
Lhe dei um beijinho ele foi encostando a cabeçinha no meu ombro olhando, ela se aproximou- Mais que menininho mais lindo é esse! E essa boquinha de coração..quero pegar pra mim hun..
Ele deu um sorrisinho escondendo o rosto no meu colo, ela sorriu olhou a Fê despertando- Que princesa também!
Ela me olhou, a olhou- Muito parecida com você!
- È sim, e esse aqui com o pai!
Ela foi se virando abrindo os olhinhos a Renata se aproximou me pedindo ele- Posso?
Eu fiz que sim, ela foi tentando o pegar ele ficou sério se encolhendo o olhei- Tudo bem meu anjinho...hun!
Ela o pegou ele fez menção de começar a chorar, ela foi pegando um dos brinquedos o distraindo, ele ficou me olhando fez aquele biquinho, fiz carinho no seu rosto e ela logo conseguiu o distrair, enquanto isso eu peguei a Fê deixando ela curtir um pouco a preguiça como o Pedro, a Renata me olhou- Agora você dá a mamadeira deles!
Eu fiz que sim, ela esticou o braço- Pode me dar ela, vou descer e dar aos dois, fazer a rotina deles!
Eu fiz carinho na Fê- Mais..mais sozinha?
Ela fiz que sim eu continuei- Mais eu sempre fiz isso não me importo!
Ela me olhou- Eles tem que se acostumar comigo, e a senhora vai ter que se afastar aos poucos se não , não vai dar muito certo!
Eu só fiquei olhando ela continuou- Sei que dói mais em você do que neles, mais isso evita de que quando for sair para trabalhar os dois não fiquem chorando naquele desespero!
- Tá, eu vou esquentar a mamadeira então!
Ela fez que sim pegando a Fê também, fiquei a olhando tinha uma pratica para ficar com os dois no colo, foi saindo do quarto conversando com eles, eu desci logo atras ela olhou a sala- Ali é o cantinho deles!
- È sim!
Ela consentiu foi se afastando com eles, eu fiquei olhando, respirei fundo indo a cozinha só espiando de vez em quando enquanto preparava as mamadeiras a D.Joana saiu da lavanderia rindo- Não se preocupa que eles vão sim sentir sua falta!
Eu a olhei- Nem parece D.Joana, olha só a Fernanda toda faceira, só o Pedro que esta mais desconfiado!
Ela riu- Isso e bom..não é?
Eu fiquei parada olhando os três ali levantei os ombros, ela passou a mão pelo meu braço sorrindo, foi saindo da cozinha, eu voltei a preparar as mamadeiras, assim que terminei levei até a sala me abaixei devagar ela foi pegando- Pode deixar que eu dou!
Eu olhei- Mais é que..eles gostam...
Antes que eu terminasse de falar ela foi pegando e já ajeitando os dois no seu colo, eles já foram ficando aflitos começando a mamar, eu os olhei mexi na mãozinha dos dois, me veio aquele aperto na garganta ela olhou- Você pode ir fazer o que precisa, eu dou conta dos anjinhos!
Eu fiz que sim, naquele exato momento me senti vazia, como se eu não tivesse nada pra fazer, até um tanto perdida, eu acabei me levantando antes que chorasse ali, me afastei subindo para o escritório, sequei meu rosto- Vou ter que me acostumar..vou ter que me acostumar.
Peguei o lap top sobre a mesa, desci para a sala de jantar de onde eu pudesse ver ela e os pequenos, e fiquei ali fingindo que fazia algo, a manhã foi se passando , a vi brincar com eles, dar algumas frutas, trocar as fraldas , passeou pelo jardim e eles se deram bem com ela, do que eu podia reclamar! Estava sentada na sala com os meus pensamentos quando ouvi a campainha, a D.Joana já estava fazendo o almoço, eu me levantei ela já havia atendido o telefone- É um senhor chamado Ronald, disse que é..
Eu dei um suspiro- ....Pai do Vitor!
- Isso!
- Quer que eu abra?
- Por favor!
Ela foi secando a mão saindo, eu fui fechando o lap top colocando sobre a mesa de centro, arrumei minha blusa me aproximando da porta, já o vi ir direto aos pequenos, lhes entregando alguns presentes e brincando com os dois, eu fui me aproximando deles, ele se levantou- Oi, desculpa vir sem avisar..mais eu tinha o endereço e não o telefone!
Eu estiquei minha mão ele me cumprimentou- Tudo bem..como o senhor esta?
- Estou bem, graças a minha nora bem!
Eu balancei a cabeça- Imagina! E muito obrigado pelas flores!
- Foi um modo de gratidão!
Eu fiz que sim, ele abaixou novamente olhando os pequenos- Passando mal nem pude ver direito, esse dois, como são lindos!
- E esse rapaz me lembra muito o Vitor!
- È..cada dia mais!
Ele se sentou junto com a Renata e os pequenos, eu me senti um pouco sem jeito, pois não o conhecia direito, não sabia muito bem o que falar, mais não foi necessário, já vi o portão abrindo, só puxei meu ar, como se já não bastasse a confusão que estavamos o Vitor ia ter um treco vendo o pai dele ali!
Eu já vi ele entrar olhando sério, saiu do carro com aquela expressão de poucos amigos, foi acionando a alarme e terminando de fechar o portão vindo até nós - Pai...o que faz aqui!
O Sr.Ronald foi se levantando o abraçando- Vim ver meus netos, já passei na casa do seu irmão hoje, para ver o Matheus, mais foi rapido, estão ocupados com a mudança!
Ele olhou a Renata já me olhou eu me aproximei dele- Vih..essa é a Renata, a baba que lhe falei!
Ele ficou me olhando sério com aquela cara de quem não acreditava que eu ia continuar com isso, a cumprimentou pelo menos desmontando educação, deu um suspiro irritado, eu olhei - Não quer entrar Sr.Ronald, tomar alguma coisa!
- Eu aceito um suco!
- Então vamos entrar!
Eu me inclinei pegando a Fernanda- Trás ele Renata, vou te ajudar a dar o almoço!
Ela consentiu se levantando, o Sr.Ronald foi entrando e se sentando na sala, o Vitor parou olhando deixando as coisas sobre a mesa, a Renata me olhou- Aonde..
Antes que ela terminasse eu já respondi- Na cozinha!
Ela pediu licença indo até lá com o pequeno, eu olhei os dois- Bom, já trago seu suco, e vou dar ao almoço aos bebes, mais o senhor fica para almoçar conosco não fica?
- Bom, se não for incomodo!
- Claro que não, eu..eu vou avisar a D.Joana..licença!
Eu ia sair o Vitor só fez sinal pedindo licença ao seu pai também, veio atrás de mim me parando na sala de jantar pegando meu braço, eu virei o rosto- Ai Vitor!
Ele respirou fundo, me soltou dizendo baixo- Eu te pedi!
Eu balancei a cabeça- Não fui eu..ele..ele chegou a pouco, não avisou..o que eu ia fazer!
Ele passou a mão nos olhos- E essa moça?
- Te falei sobre isso ontem!
Ele deu uma risada nervosa- Vai fazer isso mesmo?
Eu fiquei o olhando disse baixo- Ela é ótima, e os pequenos gostaram dela...vai ver..
Ele me interrompeu suspirando- Não é meu dia hoje mesmo!
Ele olhou a Fê no meu colo, me olhou se afastou balançando a cabeça, eu dei um beijo na pequena, fui a cozinha a Renata estava conversando com a D.Joana já esquecendo a sopa dos dois, coloquei a pequena no cadeirão junto com o Pedro, me aproximei da geladeira pegando o suco olhei a D.Joana- O pai do Vitor vai almoçar conosco tá D.Joana!
Ela me olhou- Tudo bem, coloco um prato a mais na mesa!
A Renata me olhou- Eu posso dar a sopa deles?
- Pode..pode sim..eu..eu já volto!
Eu fui a sala levando o copo de suco olhei em volta vi o pai dele sozinho- Cadê o Vitor senhor Ronald!
- Subiu..disse que ia trocar de roupa!
Eu fiz que sim lhe entregando o suco, ele agradeceu- E você..como esta?..como esta a gravidez?
- Esta ótima, tudo correndo bem?
- A Paula me disse que foi convidada para ser madrinha!
- É..nós chamamos..
Ele sorriu- E o padrinho..alguma amigo de vocês..
Eu ia responder o Vitor já foi interrompendo entrando a sala- porque se prontifica Sr.Ronald!
Ele acabou dando um sorriso sem graça- Não..já sou avô não é..só curiosidade!
O Vitor me olhou- O padrinho é o Vinicius..irmão dela!
Ele foi se sentando em uma das poltronas, o pai dele me olhou- Irmão, não sabia que tinha um irmão, ele não morava com vocês em Abre Campo morava?
Eu ia responder o Vitor deu um risada cinica- Tem muita coisa que o senhor não sabe Sr.Ronald..muita coisa!
Eu olhei o Vitor balançando a cabeça, dei um suspiro, ouvi um dos pequenos resmungando pedi licença para sair daquele campo minado que ia se tornar a sala, seu pai ficou um tanto sem graça, abaixou o rosto logo deu um suspiro- Olha Vitor...eu não acho que vá me perdoar de uma hora para a outra, mais eu gostaria muito de poder me aproximar mais de você, seu irmão ..dos meus netos...
Ele o olhou- Olha pai, toda essa ladainha pode fazer a cabeça da Paula, mais eu..já sou adulto o suficiente para saber que esse tipo de arrependimento repentino não acontece, sem falar que meus filhos não precisam desse exemplo da avô!
Seu pai ficou só o olhando ficou em silêncio por algum tempo, o Vitor passou a mão no cabelo, nunca tinha falado com seu pai assim mais estava tão irritado que não conseguia guardar mais, o seu pai só se levantou, colocou o copo de suco no canto, foi se levantando- Acho que ainda não é hora de conversarmos Vitor!
O Vitor se levantou- Também acho, na verdade essa hora já se passou a muito!
Ele consentiu- Bom, me desculpa! Só queria poder ver...
O Vitor o interrompeu- Quando nos tivermos tempo, talvez o senhor possa ver eles!
Ele consentiu- De um abraço na sua esposa!
O Vitor consentiu já indo em direção a porta, seu pai olhou em volta sem jeito e o acompanhou, eu acabei a ajudando a Renata com a papinha dos dois, quando eles terminaram, a D.Joana já havia colocado a mesa, ela foi dando uma fruta eu me afastei indo a sala, vi o Vitor entrando- Cadê seu pai?
- Foi embora!
- Ele não ia almoçar aqui?
- Não acha que já tem coisa demais acontecendo para ter que aguentar um almoço com meu pai?
- Você mandou ele embora?
- Não, só disse a verdade, que ninguém precisa que ele se aproxime agora! não fez isso em anos...agora não faz mais diferença!
Ele foi passando por mim indo a cozinha, eu fiquei calada balancei a cabeça negativamente, agora ele já tinha feito, só me virei indo na mesma direção, entrei ele estava tirando o Pedro do cadeirão limpando sua boca a Renata olhou sorrindo- Relmente é sua copia!
Ele só olhou, fez que sim, ela ficou um pouco sem graça a D.Joana já olhou- Esta tudo na mesa, não vão almoçar!
Eu dei um suspiro- Vamos sim!
Me aproximei do cadeirão- Eles comeram!
- Tudo, a sopa ..a fruta tudo!
Eu fiz que sim, a Fê já foi querendo colo a peguei, a olhei- Vamos almoçar?
Ela olhou sem graça- Eu almoço aqui mesmo com a D.Joana!
Com a cara que o Vitor estava ia ser melhor mesmo, eu acabei não insistindo ela se aproximou dele para pegar o Pedro ele já desviou- Não, eu almoço com ele!
Ela só fez que sim, eu respirei fundo pedindo paciência- Então vamos almoçar!
A D.Joana consentiu- Esta tudo na mesa!
Eu fui em direção a sala de jantar o Vitor estava se sentando com o Pedro, eu o olhei também- Não precisa tratar ela assim Vitor, eu a contratei..nossos problemas são só nossos!
Ele s[o mexeu com o Pedro como se não tivesse me ouvindo, eu fui me servindo- Tá, me ignora Vitor, você vai fazer até..eu desistir..não é?...é seu plano?
Ele só me olhou, eu olhei séria- Mais não vai funcionar, você não vai me manipular assim!
Ele respirou fundo se servindo também, acabamos almoçando calados, a Renata se sentou na cozinha com a D.Joana, ela o olhou- Você deu sorte viu, esses são dois anjinhos mesmo!
Ela sorriu- Sim, acho que nem os ouvi chorar da hora que estou aqui!
- É raro eles chorarem sem motivo!
Ela consentiu- Espero que de certo, que ela goste do meu jeito, estou precisando desse emprego sabe, a familia da menininha que eu cuidava se mudou e não pude ir, agora esta difícil porque se tem as escolinhas, berçarios que acaba sendo mais em conta!
A D.Joana consentiu- Vai conseguir sim, e além disso vai adorar trabalhar aqui, imagina eu me mudei com eles de São PAulo para cá, me sinto em casa, são praticamente uma familia!
- Não sei..o marido dela é sempre bravo assim!
Ela deu uma risada- O senhor Vitor, imagina..bravo! È só uma confusão que esta acontecendo por isso ele esta assim, mais ele é muito bem humorado, educado, logo vai conhecer ele bem!
Elas ficaram mais um bom tempo conversando ali, quando o Vitor e eu terminamos ele se levantou para pegar a Fê- Vou subir com eles!
- Vih..deixa ela colocar os dois...
-Eu quero ficar agora tarde com meus filhos, eu faço isso!
Eu fiquei o olhando- Vai dificultar o máximo pra mim né?
- Se você acha que passar o tempo que eu tenho com os dois é dificultar vou sim!
Eu não respondi ele se abaixou pegando a pequena com o outro braço, saiu falando com os dois- Vamos fazer bagunça na cama do papai..vamos!
Eu o olhei ir, respirei fundo levando as mãos ao rosto- Droga!
Acabei me levantando irritada levando as coisas a cozinha, a D.Joana já estava recolhendo a mesa que elas estavam- Eu recolho querida!
A Renata me olhou- Os..
Eu a olhei- Acho que por hoje, já esta bom, pode ir pra sua casa!
- Mais já?
- Sim, o Vitor vai querer ficar com eles!
Ela fez que sim- Só vou pegar minhas coisas!
Ela foi a lavanderia pegando, suas coisas a D.Joana olhou sem falar nada, eu a acompanhei até o portão ela me olhou- Fiz algo que a senhora não gostou!
- Não, claro que não, é só que ele vai ficar com os pequenos então não tem o porque lhe prender aqui!
Ela consentiu- Amanhã eu posso voltar!
- Claro, e amanhã, vai ficar com eles e a D.Joana pois preciso sair tudo bem!
- Tudo, tudo sim! Então até amanhã!
- Até!
Ela acenou já saindo, eu fechei o portão voltando para dentro, acabei pegando o lap top de cima da mesa e subindo, entrei no quarto, vi  Fê deitadinha sobre o Vitor, o Pedro sentando já resmungando para começar a chorar, o Vitor o abraçou- Vem aqui rapaz vem!
Ele foi passando a mão nos olhinhos, eu deixei o computador sobre a poltrona me aproximei o pegando, fiz carinho- Que foi, sono..hun?
O Vitor abriu os olhos ficou olhando, eu me sentei com ele, ele foi se aconchegando em mim eu sorri- Gosta de dormir assim né meu pequenininho hun?
Encostei seu rostinho ao meu dando vários beijos e carinho, fiquei ali um bom tempo até ele adormecer, deitei fechando meus olhos também com ele do meu lado, a Fê também havia adormecido, o Vitor virou o rosto olhando, pegou a Fê a ajeitando do lado, deu um beijo nela, se aproximou dando um beijo no Pedro, ficou me olhando, tirou o cabelo que estava no meu rosto dando um suspiro, parou pensando- O Vinicius..preciso falar com o Vinicius!
Ele já foi se levantando, ajeitou o travesseiro ao lado da Fê para ela não cair, foi saindo do quarto indo ao escritório, já foi pegando a agenda que estava sobre a mesa procurando o telefone dele, deu um suspiro pois não achou, voltou ao nosso quarto pegando meu celular sobre a comoda, saiu sem fazer barulho, foi olhando a agenda, assim que achou o numero voltou ao escritório se sentando, pegou o telefone já discando, o Vinicius atendeu logo, o Vitor já foi falando- Vinicius, aqui é o Vitor..tudo bem?
Ele achou estranho o Vitor lhe ligando, respondeu surpreso- Oi Vitor, tudo bem sim e com vocês?
- Esta tudo certo! Mais, preciso ter uma conversa com você esta ocupado!
- Não, estou em casa, pode falar !
- Bom, eu...eu não vou fazer nenhum rodeio Vinicius, etão vou direto ao assunto, eu preciso que você retire essa proposta de aulas que você fez pra sua irmã...
Ele parou- O que..acho que não entendi bem Vitor!
- È simples, ela não pode aceitar, e ficou sem jeito de falar isso com você, por isso estou ligando!
- Acho que esta enganado Vitor, se ela não quisesse teria me falado!
- Não..você..você não conhece ela tanto quanto imagina, com certeza ela esta sem graça de recusar porque..você já falou com o diretor da sua faculdade..se empenhou entre outras coisas!
O Vinicius ficou em silencio por alguns segundos, logo respondeu já entendendo- Olha Vitor, quando eu a chamei não queria causar nem um tipo de discordância entre vocês dois, mais se é isso que esta ocorrendo acho que deveria..
Ele o interrompeu- Olha Vinicius não estou te pedindo o impossivel..nós dois já tinhamos combinado, que depois que as crianças estivessem maiores ela voltaria, só que essa pressão que esta fazendo esta atrapalhando não percebe?
- Pelo o que eu sei já faz um tempo que ela quer voltar e..
O Vitor o interrompeu já falando alto e irritado- O que você sabe hein? o que sabe da nossa vida, faz meses que nos conhece não sabe de nada...
Ele respondeu baixo- Eu sei que é casado com uma mulher incrivel, e que não deveria deixar que seu ego deixasse ela ser menos do que merece!
- Eu sou burro de achar que ia ajudar!
- Deveria apoiar ela Vitor!
- Eu vou apoiar quando for a hora certa!
- Já parou para pensar que a sua hora pode não ser a dela! Olha Vitor eu não quero me meter em nenhuma briga, eu indiquei uma profissional competente e cabe a ela decidir se quer ou não, não sei o que combinaram o que deixaram de combinar nem sei o que se passa na sua cabeça, mais ela é sua esposa, e mesmo que fosse a maior loucura se sabe que isso vai fazer ela ser mais feliz deveria apoiar. Eu não vou falar nada sobre essa ligação porque imagino que ela não saiba e vá causar uma briga desnecessária. E longe de mim lhe dar algum conselho mais você tem do seu lado uma companheira, não uma mulher que vai se submeter as suas vontades e desejos, se quer isso..o pouco que conheço da minha irmã..posso lhe dizer que não é a mulher certa pra você então!
O Vitor sentiu a irritação lhe subir ia responder foi interrompido pelo Vinicius- Acha que essa conversa acaba por aqui Vitor, quero ouvir da boca dela ok!
Vitor se conteve- Certo!
- Então até logo!
- Até!
Ele já bateu o telefone na base, jogando as coisas sobre a mesa longe...