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...Que quando a gente se entrega por

inteiro é amor, o gosto de um beijo fica

pra sempre quando é amor..."

2 de março de 2010

Foram quatro horas de viagens imersas em pensamentos que pareciam não ter fim, o Vitor depois de aliviar aquele choro se levantou balançando a cabeça indo ao quarto, entrou em um banho demorado se jogando na cama em seguida ficando ali por longas horas.
Eu assim que cheguei na cidade achei o hotel que iria ficar, era próximo ao hospital, nem ia precisar do carro pra ir, estacionei desci do carro respirando fundo, entrei indo a recepção dando entrada na minha estadia era um hotel grande e um tanto conhecido, fui acompanhada por um dos funcionários até o carro que levaria minhas malas ao quarto, ele subiu com elas, peguei minha bolsa no carro o fechando subindo em seguida, ele me esperava já na porta, estendeu a mão para que eu entrasse entrei olhando em volta, era bem amplo e organizado, ele levou as malas sobre uma poltrona próximo a cama, e saiu dizendo que se precisa-se de algo era só ligar a recepção! Dei uma olhada no quarto era ótimo, um dos melhores dos quais já havia ficado, mais ali não era minha casa, e só me fazia me lembrar que estava sozinha, somente isso. Me sentei na cama suspirando, olhei em volta, como não havia parado no caminho estava sentindo um pouco de fome, fiquei alguns segundos pensando se comeria fora ou pediria algo ali mesmo, acabei pegando o cardápio que havia em uma das mesas e liguei pedindo algo ao restaurante do hotel, assim que coloquei o telefone de volta ao gancho, me veio o pensamento de ligar para casa, balancei a cabeça, perante toda aquela situação eu tinha que aprender que me afastar e acabar com tudo isso de uma vez seria o melhor pra mim, continuar vivendo com alguém que eu amava mais do que tudo..mais que a cada situação se mostrava uma pessoa que eu mal conhecia e com idéias que eu não entendei de onde surgiam, acabei desistindo mais eu sabia que ele iria ficar preocupado, peguei novamente o telefone ligando para a Tati, ela que estava passando pela sala logo atendeu - Oi, estava aqui já calculando o tempo pra ver se ia me ligar!
Dei um sorriso sem graça- Só liguei mesmo pra avisar que cheguei bem, e passar o telefone do hotel, por enquanto vou ficar por aqui, não sei se mais pra frente vou alugar um apartamento ou algo assim, mais qualquer mudança lhe aviso!
Ela consentiu me perguntando como havia sido a viagem, minha primeira impressão da cidade, ficamos alguns minutos conversando logo dei um suspiro- Você avisa o Vitor que cheguei bem?
Ela fez uma expressão de curiosidade- Como assim, não vai avisar?
Eu respirei fundo- Não, prefiro..que por enquanto..seja assim..e..e
Ela me interrompeu dizendo baixo- Mais amiga...você..já foi embora sem se despedir não é..tenho certeza disso..e agora não vai mais falar com ele?
Eu dei um suspiro- Quero..quero que seja assim!
Ela ficou calada eu continuei- E o telefone...também..quero fique entre nós!
- Tudo bem..eu te entendo..entendo mesmo!
Eu agradeci, acabei passando o numero a ela e logo desliguei, o Léo estava saindo do quarto, a viu sentada na sala próximo a mesa colocando o bloco de anotações de lado, a viu o olhando pensativa - Quem era?
Ela virou o rosto, levantou os ombros- Você avisa o Vitor que ela chegou bem?
Ele a olhou- Ah, ela chegou em Ribeirão já..que bom!
Ela consentiu, ele continuou- Mais porque ela não avisou!
Ela o olhou- Léo, chega de perguntas, só avisa ele pra mim?
Ele consentiu, ela passou indo pro quarto, ele balançou a cabeça saindo, eu aproveitei e já liguei para os meus pais só para avisar que estava tudo bem, não havia contado aos dois toda aquela situação, não achei necessário, o Léo saiu indo até o apartamento ao lado, o Vitor já havia saido da cama e se jogando no sofá, assim que ouviu a campainha só virou o rosto, deu um suspiro voltando a mesma posição que estava anteriormente, o Léo continuou tocando por seguidas vezes logo tentou abrir a porta, como estava destrancada a abriu , viu o Vitor jogado no sofá- Não tá ouvindo não!
Ele o olhou, fixou seu olhar novamente na tv, o Léo foi entrando, se aproximou da sala- Me explica uma coisa, você faz as burradas pra ficar assim depois?
Ele o olhou sério- Devia se por no meu lugar!
O Léo balançou a cabeça- Se estivesse nele não teria feito isso!
O Vitor o olhou- Mais eu fiz o que tinha que fazer!
Ele o olhou- Não vo ficar discutindo isso com você, só vim avisa que ela ligou pra Tati e disse que chegou bem..só isso!
Ele se sentou mais ereto- Ligou pra Tati?
Ele olhou o telefone- Porque? ela não conseguiu falar aqui e..
O Léo levantou os ombros- Só sei que ela pediu pra gente te avisar..só sei disso!
Ele consentiu- Ela vai ligar mais tarde? não deixou..algum..algum telefone nada!
- Pelo jeito não!
Ele se inclinou passando a mão no rosto- Ela foi embora sem nem se despedir de mim...agora vai fazer isso também..
O Léo o olhou sério- Ela ta fazendo o que você escolheu!
Ele se levantou rápido- Eu não escolhi nada..só quero que ela seja livre pra fazer o que precisa sem se preocupar comigo..
O Léo o interrompeu- E que você fique livre pra fazer o que quiser também não é..
Ele o olhou- não..não..eu quero dar condições ..pra gente..pra gente viver bem..só isso!
O Léo soltou um suspiro- Cara..a vida é sua...mais sabe que não é assim que funciona! Eu vou voltar pra casa e se precisar de alguma coisa já sabe...
O Vitor se sentou novamente desolado, o Léo foi em direção a porta assim que abriu o olhou- Amanhã a gente podia correr atrás de algo não?
Vitor só balançou a cabeça positivamente, ele saiu encostando a porta, entrou em casa procurando a Tati, a viu no quarto arrumando algumas roupas nas gavetas, se aproximou- Ela deixou algum telefone Tati!
Ela o olhou- Sim, mais pra mim somente!
Ele a olhou- o Vitor..
Ela o interrompeu- Na hora que ela quiser falar com ele ..ela vai ligar !
Ele se calou se sentando na cama, ela parou o olhando- Ela ta certa Léo..e você sabe disso! Eu gosto muito do seu irmão..mais acho que ele tem que sofrer as consequências das atitudes que ele toma, e por mais que eu saiba o quanto os dois se amam, o quanto ele a ama, eu realmente to começando achar que ele não é o homem certo pra ela, e se ela quiser mesmo esquecer isso..eu vou dar todo o apoio..
Ele o arregalou os olhos- como você fala isso Tati..você..você..fala porque não viu como ele tá e..
Ela balançou a cabeça- E como ela tá? Ele escolheu isso...e já fez uma vez..agora dinovo! Eu não concordo Léo..não mesmo!
Ele abaixou o rosto- Eu também não..mais é meu irmão!
Ela suspirou - Eu sei ..e ela minha amiga..antes de tudo..minha amiga! Se ela quiser..ela liga..caso contrario não vais ser por mim que ele vai conseguir esse telefone!
Ele ficou calado, ela se virou continuando a arrumar as coisas, minha comida já havia chego, eu me sentei a mesa comendo não com muita vontade, logo deixei tudo ali, tirei aquela roupa me jogando em uma banho demorado, vesti meu roupão me deixando adormecer na cama em seguida, o Vitor continuou ali sem saber o que fazer, logo se levantou indo até o quarto pegar seu violão, ele tinha que pagar as consequencias dos seus atos, se sentou tocando um pouco, aquilo o aliviava.
Assim o dia e a noite se passaram, ele dormiu um sono picado acordando a todo tempo, e eu o mesmo.
No dia seguinte acordei cedo, pois a nova vida começava, tomei um belo banho, pedi meu café no quarto mesmo, assim que sai ele já estava posto comi rápido me vesti indo ao hospital, na recepção encontrei a o pessoal do hospital e fomos todos juntos conversando, eu sentia um frio imenso na barriga, ia me jogar com tudo nisso, e se eu não podia ser feliz com que eu amava, ao menos ia me satisfazer na minha vida profissional, o Vitor acordou cedo, tomou um café rápido e logo se encontrou com o Léo na porta do elevador, O Léo já havia pesquisado alguns bares dos quais os dois poderiam tentar algo e estava com os endereços em mãos, os dois sairam um tanto calados.
Assim que chegamos ao hospital já fomos recepcionados pelo coordenador do curso que nos mostrou tudo, em seguida fomos direcionados a uma sala de reuniões aonde saberíamos mais como seriam as diretrizes das próximas semanas...

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