Eu com o passar da noite envolta em meus milhões de pensamentos acabei adormecendo, o Vitor assim que terminou o show agradeceu a todos, passou a mão no rosto se levantando, o Léo o olhou bateu no seu ombro ele só consentiu, os dois arrumaram tudo logo o Vitor só colocou o violão nas costas saindo, a Paula já se levantou assim que ele passou ela o chamou ele só respirou fundo, virou seu rosto- Olha Paula, me desculpa não queria ser grosso nem mal educado com você, mais me deixa em paz tá!

Ele se virou saindo, ela só abaixou o rosto, que culpa ela tinha de ter gostado dele, que culpa?

O Léo foi logo em seguida só deu tchau a ela, ela saiu o segurou - Espera!

Ele a olhou- Eu não tenho culpa dessa separação Léo..não é como você pensa, eu não tenho o direito de amar ele também?

Ele só levantou os ombros- Tem, mais pra que investir em quem não pode te dar o mesmo Paula!

Ela só virou o rosto dando um suspiro longo, ele só levantou a mão - Tchau Paula!

Ele saiu logo em seguida o Vitor já estava encostado no carro pensativo, assim que o Léo o abriu já foi colocando violão e tudo mais, entrou só apoiando o rosto no encosto, quando aquilo ia acabar?

Os dois foram pra casa calados assim que chegaram o Vitor desceu, deu tchau, já subiu, a Paula sua irmã estava na cozinha, ele encostou a porta ela já o olhou- Oi Vih, preparei um lanche pra mim, o seu eu deixei em cima da mesa!

Ele suspirou- Obrigado mais não to com fome não!

Ela se aproximou- Tem que estar, nem comeu nada hoje!

Ela pegou seu violão, segurou sua mão o puxando em direção a mesa- E esta muito bom, vi um receita hoje e achei que ia gostar!

Ele a olhou, acabou dando um sorriso sem graça- Obrigado!

Ela deu um beijo no seu rosto, ele acabou se sentando o olhou- Como foi seu show ?

- Bom!

Ela suspirou- A mãe ligou dizendo que vem essa semana pra cá!

- A é!

- É, procurar uma casa pra gente aqui!

Ele a olhou- Que bom!

Ela suspirou- Não fica assim não Vih, vocês vão se acertar, eu tenho certeza disso você não tem?

Ele balançou a cabeça, ela passou a mão em seu ombro- Não vi procurar ela não?

Ele a olhou rápido- Acha que eu devia? agora? mais ela não que me ouvir!

Ela levantou o ombro- Não importa se ela vai te ouvir ou não, importa que ela vai te ver..
Ele ficou a olhando como se não tivesse entendido, ela se sentou na cadeira ao lado sorriu- Vai te ver..sentir saudade e ver que vai doer muito mais ficar longe de você..

Ele acabou soltando um riso, abaixou o rosto- Acha mesmo?

- Tenho certeza!

Ele respirou fundo, acabou pegando seu lanche comendo um pouco, os dois ficaram ali conversando um pouco, logo cada um se recolheu ao seu quarto.

No dia seguinte acordei com todos os papeis e as coisa que estava fazendo ao meu redor, peguei meu celular do lado olhei a hora, já fui me levantando, respirei fundo, hoje tinha que ser tudo diferente , tinha que ser forte e viver minha vida...

Eu fui ao banheiro tomando meu banho e me arrumando para ir ao hospital, esses dias que havia passado mal deixei milhares de coisas que tinha que fazer de lado..

O Vitor levantou cedo já pulou da cama, foi para o banho de uma coisa ele sabia, ficar ali deitado esperando algo não ia ajudar em nada, assim que se arrumou saiu do quarto a Paula ainda estava dormindo preparou um café rápido já o tomando, queria chegar antes do meu horário, eu assim que me vesti descei ao restaurante do hotel tomando meu café da manhã, tentei começar mais já senti aquele embrulho, eu andava passando tão mal, não me lembrava de ficar enjoada dessa forma, acabei me forçando a comer um fruta, o Vitor nem tirou a mesa, só pegou sua carteira e já saiu indo ao hospital, eu fiquei ali no restaurante enrolando mais um tempo pra ver se aquele enjoo chato passava, fiquei olhando em volta não ia poder ficar pra sempre no hotel, precisava ajeitar minha vida, alugar uma casa ou apartamento, já que daqui pra frente iria ser só eu, respirei fundo passei a mão no rosto, criar um bebe sozinha, nunca havia imaginado que passaria por isso, mesmo contando pra ele não ia ser a mesma coisa, e nem como havia planejado aquele momento.

O Vitor acabou pegando um taxi pra chegar mais rápido, assim que chegou já se aproximou cumprimentando a Diva e perguntando por mim, ela logo o cumprimentou dizendo que não havia chego mais que podia esperar na minha sala se ele quisesse, ele consentiu já indo, entrou encostou a porta, já viu tudo da mesma forma se aproximou da mesa, passando a mão nos porta retratos, sorriu- Oh..minha linda!

Eu assim que me senti melhor, me levantei indo pegar o carro, já entrei seguindo ao hospital, cheguei estacionei, fui entrando não tinha ninguém na recepção, vi a Thais passar com presa ela voltou me olhando- O que faz aqui hein, não te dei um a licença pra hoje?

Eu a olhei- Não sei, eu to totalmente perdida nos dias ainda, ´só sei que eu preciso colocar minhas coisas em ordem!

Ela ficou me olhando- mais esta melhor não é?
Eu balancei a cabeça positivamente, ela suspirou- Se se sentir mal me procura tá? e não vai forçar nada viu! Agora deixa eu ir que ta corrido pra mim essa semana!

Eu consenti agradecendo, ela ia passar logo se virou levou a mão ao rosto- Seu ultrassom..seu ultrassom a gente tem que marcar ...

Eu fiquei a olhando, respirei fundo, engraçado que a primeira coisa que veio a minha cabeça foi o Vitor, ela sorriu- Na sexta de manhã..ok..não esquece!

Eu só levantei os ombros, ela riu saindo apressada, eu soltei minha respiração, fui a minha sala, tinha uma parte de mim que estava mais do que feliz, e essa parte só queria dividir essa felicidade com que esperava esse bebe tanto quando eu, levei a mão a porta, fiquei pensando, ele não havia ligado esses dias, e eu nem sabia noticias também, foi me batendo aquela angustia novamente, só balancei a cabeça não ia me abater dinovo, abri a porta, só parei voltando um pouco pra trás em um susto, ele me olhou colocou o porta retrato na mesa- oi..oi desculpa!

Eu fiquei parada, ele se aproximou, sério e tentando sorrir tudo ao mesmo tempo- Eu precisava te ver! Me deixaram te esperar aqui..e...

Eu respirei fundo, entrei me desviando dele, coloquei a bolsa na mesa- Pois me desculpa Vitor, hoje eu to ocupada demais pra parar pra ouvir qualquer história sua!

Ele me acompanhou com o olhar- Não, eu não vim falar história nenhuma, eu vim te ver, saber como você tá...só isso!

Eu só abaixei o rosto ajeitando as coisas na mesa, meus olhos já umedeceram - Ótimo, eu estou ótima! Soube, então acho melhor você ir, tá um acorreria no hospital hoje!

Ele se aproximou, eu senti um pouco de vertigem, respirei fundo disfarçando me sentando na cadeira, continuei a organizar minhas coisas pra sair logo dali, ele parou me olhando ficou calado, eu respirei fundo não queria chorar nada disso- E sua irmã como tá?

Ele balançou a cabeça- Bem, fez outra prova esse dias! Pelo jeito minha mãe vai se mudar mesmo já quer vim ver umas casa!

Eu só consenti- Que bom!

- E você? quando vai voltar pra nossa?

Eu balancei a cabeça- Que casa? achei que já tinha levado as coisas da Cantora, a Paula né pra lá!

Ele se abaixou apoiando na mesa aproximando seu rosto- Não faz assim!

Desviei o olhar séria- Tudo bem Vitor, um dia eu vou esquecer isso, mais não hoje e nem agora, chega dessa conversinha, eu to ocupada seja feliz tá!

Ele olhou minha mão a segurou fazendo carinho- Olha pra mim!

Eu continuei com o rosto baixo mexendo na mesa, ele segurou minha outra mão- Olha!

Eu balancei a cabeça dizendo baixo com a voz embargada me segurando ao máximo- vai..por favor! vai embora!

Ele continuou a me olhar- Quando ..você olha pra mim, não consegue ver o quanto eu te amo?

Eu só fechei os lhos já lacrimejando, ele continuou- E quando ve esse meu amor acha mesmo que eu ia ser capaz de fazer tudo o que você tá pensando? Eu não consigo nem se quer pensar em outra pessoa quanto mais te trair minha vida!

Eu puxei meu ar soltando um pouco daquelas lágrimas abri meus olhos tirando minhas mãos das suas, passei no meu rosto- Então já que me ama tanto quanto diz, faz o que eu to te pedindo, vai embora!

Ele fechou os olhos, se afastou um pouco- porque é tão difícil assim confiar em mim? A gente tava tão feliz meu amor!

Eu o olhei rapido- pois é pra você ver, como felicidade baseada em uma mentira não dura! Agora vai, já me viu, sabe como eu to..pode ir!

Eu fui me levantando, peguei o precisava, ele só ficou olhando, eu sequei o rosto novamente, ele balançou a cabeça positivamente, eu apontei pra porta, ele foi em direção a ela, eu só fechei o olho sentindo um aperto tão grande no peito, apesar de sentir magoa, raiva, eu não queria que ele fosse, eu sentia raiva de mim sabendo que era só eu vê-lo que na hora eu me sentia fraca, e disposta a perdoar qualquer coisa pra não ficar longe assim!

Ele abriu a porta, saiu me olhou- Tchau, te amo, sempre!

Eu só virei o rosto em outra direção, ele fechou a porta, respirou fundo passando a mão no seu rosto, fechou os olhos por alguns segundos eu abri os meus, deixei aquele bolo de papel na mesa levando minha mão ao rosto, abri meus olhos me olhei- Porque isso..porque!

Eu respirei fundo sentindo dinovo aquele mal estar que ia e voltava a todo tempo, olhei pra porta...só balancei a cabeça..juntei minhas coisas novamente, para sair, ele foi pelo correndo passando a mão no rosto, logo saiu do hospital olhando tudo querendo que aquilo fosse só uma magoa que ia passar, eu sai da sala indo resolver minhas coisas tentando me distrair de tudo aquilo, mais no fundo sabia que por mais que eu tentasse me afastar do Vitor ia ser impossível, tinha um pedaçinho nosso crescendo dentro de mim e isso ia ser por toda a vida.
Acabei passando meu dia de um lado para o outro no hospital, ele foi para casa com os pensamentos a mil, chegou entrando direto no escritório, tirou o violão da capa, jogando um pouco da sua dor ali..