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...Que quando a gente se entrega por

inteiro é amor, o gosto de um beijo fica

pra sempre quando é amor..."

3 de setembro de 2010

Depois de toda aquela confusão só fiquei ali a olhando, logo ouvi os pequenos chorando minha mãe estava calada com os olhos fechados só fiz carinho em seu braço me levantando, o Vitor já estava no quarto pegou o Pedro no colo se aproximou do outro berço tentando aclamar a Fernanda que começou a chorar logo em seguida, eu só fui entrando no quarto já me aproximei dela a pegando, respirei fundo a encostando no meu ombro fazendo carinho o Vitor ficou me olhando eu só fui a acalmando, a levei ao trocador a deitando devagar fui olhando sua fralda precisava trocar, dei um suspiro o Vitor se aproximou com o Pedro eu só disse baixo- O que eu faço Vih?
Ele foi colocando o Pedro no trocador também para troca-lo, só respirou fundo- Nada minha linda..nada!
Eu só o olhei- Como nada?
-Eu sei que é dificil, mais só pode apoiar seus pais no que eles precisarem, eles que tem que se resolver!
-não, não é assim, preciso..preciso fazer minha mãe ouvir meu pai...e..
- Não princesa! Não deve se meter nisso!
Eu só voltei a olhar a Fernanda ele continuou- Sabe que eu passei por isso, foi difícil quando meu pai saiu de casa e me sentia assim também, que eu precisava não só ajudar minha mãe mais fazer algo! Ele no final vão fazer o que é melhor para os dois e sua obrigação vai ser entender..só isso!
Eu só consenti, assim que terminamos de trocar os dois eu fiquei olhando em direção a porta do escritório o Vitor foi saindo do quarto com o Pedro- vamos levar os pequenos lá para o quarto conosco vai, deixa sua mãe descansar..
- não é melhor!
- não amor amanhã se ela quiser vocês conversam mais..vamos!
Eu só concordei com ele, acabamos passando a noite no nosso quarto, minha mãe acabou adormecendo, meu pai se instalou em um hotel próximo ao hospital no mesmo em que a esposa do Vinicius estava, eu acabei quase não dormindo nem enquanto os bebes dormiam não consegui parar de tentar achar uma solução para tudo aquilo, fiquei preocupada com meu pai que não havia ligado mais era de se esperar que ambos queriam ficar quietos sem ninguém os cobrando ou falando o que deveriam fazer!
No dia seguinte logo pela manhã foi a mesma rotina de sempre, assim que cuidei dos pequenos os deixei no quarto o Vitor e eu tomamos café juntos minha mãe não havia nem saido do escritório, já estava próximo ao horário do almoço o Vitor que foi se arriscar na cozinha, fui pegar a Fernanda que estava reclamando no quarto só parei em frente ao escritório, respirei fundo fui tentar abrir a porta mais estava trancada só abaixei o rosto voltei a cozinha o Vitor só olhou a Fernanda no meu colo- O que tem essa mocinha!
Eu o olhei preocupada- Vih, minha mãe esta a manhã toda trancada no escritório!
- Deixa sua mãe amor!
Eu só dei um beijo na Fernanda respirei fundo além de tudo meu pai não havia ligado nem dado noticias, eu acabei ficando ali com o Vitor e a Fernanda no colo, assim que ela adormeceu novamente só a deixei no quarto junto com o Pedro o Vitor já colocou a mesa, eu só olhei ele levantou os rosto- não é a comida da sua mãe mais não deve estar tão ruim!
Eu balancei a cabeça me sentando- Ela não tomou café, não comeu a manhã toda e não vai almoçar!
Ele pegou minha mão- Princesa para e pensa como ela deve estar se sentindo..
- Eu sei..e por isso estou preocupada!
- Sim, é seu direito mais pensa, quando nós..nós brigamos você não tem vontade de se isolar..ficar sozinha?
- Tenho mais..
-Não tem mais meu amor vou te falar isso pela ultima vez, deixa sua mãe pensar, colocar a cabeça dela em ordem se acalmar, se ela se trancou lá e porque quer ficar sozinha! Certo? e você tenta pensar em outra coisa, já tentou ligar para o seu pai!
- Já, o celular esta fora de área!
Ele já foi pegando meu prato e me servindo- Logo ele liga, avisa em que hotel esta!
Eu fiquei calada ele colocou o prato a minha frente, eu só olhei ele balançou - E pode comer você! não anda comendo nada direito, nada e esta amamentando os bebes !
Eu só suspirei esperei ele terminar de se servir, já fui beliscando sentia que a qualquer momento minha cabeça ia explodir de tanto pensar, mais eu não podia continuar assim, tinhas os bebes pra cuidar, o Vitor que de alguma forma com esse contrato ia precisar de mim, enquanto almoçávamos ouvi a campanhia, já olhei o Vitor ele foi se levantando para atender, só olhei meu prato quando eu achava que iria ter paz parecia que tudo piorava, logo só o ouvi abrir a porta- Oi Sr.Antonio!
Eu já me levantei meu pai o cumprimentou entrou, já me aproximei lhe dando um abraço- O pai me deixou preocupada!
Ele passou a mão no meu rosto deu um beijo na minha testa- Desculpa meu anjo, acabei ficando naquele hotel próximo ao hospital sabe, já era tarde achei melhor não ligar, afinal você tem os bebes!
- tentei falar com o senhor quase a manhã toda!
- Eu..eu vi suas ligações só agora que sua mãe me ligou!
Eu o olhei surpresa- A mãe te ligou?
Ele balançou a cabeça positivamente, eu olhei o Vitor- Desde ontem ela não saiu do escritório!
Ele pegou minha mão, fez carinho- Nó vamos conversar querida, e depois falamos com você tudo bem? mais não quero que fique aflita desse jeito!
Eu balancei a cabeça positivamente, era estranho ele estava triste mais parecia calmo, logo só ouvi a porta do corredor abrir, olhei era minha mãe estava arrumada como se fosse sair eu me afastei do meu pai a olhando ela se aproximou deu um beijo no meu rosto , deu oi ao Vitor olhou séria meu pai- vamos?
Ele só consentiu fiquei olhando os dois sem entender nada, minha mãe estava abatida mais com a mesma calma do meu pai, quem visse o que havia ocorrido ontem mal conseguia acreditar que os dois pudessem estar assim, ela me olhou - vai ficar bem?
Eu balancei a cabeça positivamente, ela só se aproximou deu um beijo no meu rosto - Depois conversamos, meu pai fez o mesmo saindo com ela eu só olhei um tanto surpresa os dois saindo, meu pai só encostou a porta, eu olhei o Vitor- Entendeu isso?
- Entendi!
Eu levantei os ombros, ele respirou fundo foi voltando a se sentar na mesa- Eles vão sair pra conversar!
Eu o olhei- E não podem conversar aqui!
Ele balançou a cabeça- Princesa, vem almoçar vai!
Eu só voltei a mesa fiquei pensando, o Vitor começou a falar de outro assunto sobre o contrato que havia terminado de ler mais na verdade eu estava longe e perplexa. Meus pais desceram, meu pai só se aproximou de um carro logo em frente abriu para a minha mãe, ela entrou se sentou séria, ele entrou em seguida só a olhou- Quer ir..
Antes que ele falasse ela já o interrompeu em um tom ríspido- Tanto faz Antonio, só não acho apropriado conversar ou discutir isso na casa da nossa filha!
Ele só abaixou o rosto já foi ligando o carro, os dois acabaram indo a um restaurante próximo que já haviam ido anteriormente conosco, ela foi o caminho todo calado sem desviar o olhar para o meu pai, assim que chegaram só descendo já se sentando a uma mesa logo a frente, o garçom só lhes entregou o cardapio só o olhando, ele respirou fundo- Fiquei bem surpreso por ter me ligado, e ter aceito me ouvir conversar comigo e...
Ela só respirou fundo disse o interrompendo- Nós não somos mais adolescentes Antonio, somos avós já! Ontem..eu..eu perdi a cabeça..acho que nunca imaginei que passaria por uma situação dessas!
Ele só ficou a olhando, ela deu um suspiro era dificil estar ali, mais já era uma mulher formada, havia criado uma filha cuidado de uma familia, precisava agir de uma forma racional ela deu um pausa continuando a falar- Ontem depois do que me falou eu não tinha condições de ouvir mais nada, nenhuma explicação ou que continuasse a contar qualquer coisa!
Ele passou a mão na sua- Sim, eu sei, mais preciso tanto te explicar quero que você entenda o quanto foi difícil pra mim viver com isso e mais difícil ainda contar pra vocês, ver a decepção no seu olhar..
Ela consentiu só olhou sua mão continuou ali imóvel, ele se viu na oportunidade de consertar aquilo, foi lhe falando melhor com calma do jeito que havia me explicado, acabou ficando ali por um bom tempo só o ouvindo, estava sentindo seu coração em pedaços mais tinha que reagir a isso de alguma forma, entre uma frase e outra acabaram pedindo algo para comer, ela só almoçou calada o ouvindo falar tudo o que queria, talvez desabafar o que guardou por todos esses anos, eu via passando a hora assim que terminei de almoçar fui cuidar dos pequenos, o Vitor deu uma ordem na cozinha logo foi para o quarto me viu amamentando a Fernanda se aproximou do berço pegando o Pedro que estava acordado se sentou na poltrona do lado eu estava pensativa mexendo na mão da pequena, ele só encostou o pedro em seu peito fazendo carinho- O que a mamãe tanto pensa hein Pedro..me diz!
Eu só o olhei- Eles estão demorando!
- Isso é bom sinal!
-Acha?
- Sim, sinal de que sua mãe esta disposta a ouvir tudo o que seu pai tem a dizer e até se entender!
Eu respondi com um pouco mais de esperança na voz- Acha mesmo que eles vão se entender hoje Vih!
- Não sei minha linda! Mais já é um começo!
Eu só consenti, continuei olhando a pequena ficamos ali , logo que meu pai falou tudo o que tinha que falar ficaram naquele silêncio por alguns minutos, minha mãe com o rosto baixo como se estivesse penando, só levantou o olhar- Ontem nossa filha me perguntou, que se tivesse me contado antes do nosso casamento eu perdoaria, se estariamos juntos e casados, se ela teria nascido! Na hora eu me calei..acho que não soube responder, mais eu teria sim..te perdoado e eu tenho certeza, que a magoa não chegaria nem perto do que eu estou sentindo agora..
Ele já começou a fala- Fatima eu..
Ela parou só levantou a mão- Eu te ouvi! Ouvi sua história, seus motivos, e também quero que me ouça!
Ele só se calou ela continuou- É uma magoa que depois de passar a noite pensando não veio da traição, mais da mentira..uma unica mentira que levou a uma rede das mesmas, hoje eu não sei mais dizer se as vezes que saiu de casa dizendo que ia viajar pela empresa ou visitar alguma fazenda era verdade ou só uma forma de encobrir uma mentira que veio lá de longe. Você não faltou de forma alguma com a nossa familia, nem como meu esposo e muito menos como pai da nossa filha, mais sabe que ajuda financeira que deu a esse rapaz nunca ..nunca vai suprir a falta que você fez, e por mais que aqui dentro eu gostaria que ele não existisse..agora é o momento de se dedicar a ele, como se dedicou a nós.
Ele ficou olhando sem entender ela já foi ficando com os olhos marejados, respirou fundo para não começar a chorar terminou de falar com a voz embargada- Eu falo isso..pois o tempo que você vai cuidar do seu filho agora vai ser o tempo que eu preciso pra me organizar. Eu não posso te olhar agora e dizer que vou passar por cima disso tudo..mais também não vou dizer que não! Todos esses os anos que passamos fomos felizes, nós somos felizes e hoje antes de te ligar eu tive que pensar em cada momento, cada instante pra ter forças pra passar por cima de tudo e ouvir o que queria me dizer! Eu quero o meu tempo, assim como você também precisa do seu, pra botar em ordem ou talvez tentar suprir essa falta que você fez pra esse menino. Não quero nossa filha envolvida nós nossos assuntos, nas nossas brigas e nem tomando partido de nenhum dos dois, o que conversamos aqui e o que vamos decidir daqui pra frente em relação ao nosso casamento, só cabe a nós!
Ele ficou a olhando com certa tristeza, no fundo tinha aquela esperança que ela já lhe desse uma resposta,talvez um indicio de que o perdoaria, ela só respirou fundo secou a lágrima que acabou deixando escorrer, ele disse baixo- Essa mentira não vai apagar tudo o que vivemos, o quanto nos amamos..
Ela interrompeu- Não..não vai! Mais enquanto eu não sentir que eu posso confiar em você novamente, enquanto eu não conseguir te entender, nós não vamos viver em paz..eu não vou viver em paz!
Ele só pegou sua mão deu um beijo- Vai conseguir me perdoar?
Ela só passou a mão no seu rosto balançou a cabeça positivamente- Vamos fazer o que falei!
Ele consentiu ela tirou sua mão respirou fundo- Eu já almocei e acho que você também deve ter suas coisas pra fazer, será que daqui pode me deixar naquele shopping ?
Ele ficou a olhando- você quer andar mais eu..
Ela balançou a cabeça- Quero ficar sozinha Antonio, aproveitar que o Vitor esta em casa a ajudando a cuidar do Pedro e da Fernanda, andar pensar e resolver algumas coisas minhas que desde que vim pra cá sai uma vez e não fiz nada!
Ele só consentiu perguntou se ela queria lago mais ela balançou a cabeça negativamente já foi pedindo a conta, assim que chegou ele já pagou os dois sairam do restaurante foram ao carro, ele já a levou aonde ela pediu quando parou para que descesse a olhou- não quer..
Ela balançou a cabeça- Não, e acho que devia ver seu netos e sua filha antes de ira ao hospital!
Ele já balançou a cabeça positivamente rápido- Sim, eu vou sim!
Ela já foi tirando o cinto abriu a porta pra descer ele passou a mão no seu braço, ela só o olhou, se aproximou lhe deu um beijo no rosto saindo em seguida, fechou a porta já foi entrando no shopping sem olhar para trás, estava magoada mais sabia que tudo logo ia passar e que também não ia conseguir viver longe dele, ainda mais depois de 34 anos casada, a felicidade que ele lhe proporcionou queria nunca iria ser maior do que aquele erro, ela acabou passando o resto da tarde ali, parecia que no apartamento não conseguia colocar seus pensamentos em ordem, ele só a olhou entrar, respirou fundo já foi indo para a casa com o coração mais leve de ter tirado aquele peso de mentir e ao mesmo tempo saber que podia demorar pra que voltasse tudo como antes mais que ela não o deixaria.
Assim que os bebes dormiram os deixamos no quarto eu fui para a sala fiquei ali sentada impaciente mudando os canais da tv , o Vitor se sentou no outro sofá tentando ler o contrato, quando se irritou esticou a mão tirando o controle de mim desligou a tv, eu o olhei séria sorriu- Não ta vendo nada mesmo, vamos economizar energia!
Eu balancei a cabeça falei em um tom irritado- Tão engraçado Vitor sabe que eu estou preocupada!
Ele respirou fundo, acabou deixando o contrato sobre a mesinha se levantou, tirou a almofada do meu lado se deitou pousando a cabeça no meu colo- Pronto se ocupa com outra coisa!
Eu só olhei- Como você leva na brincadeira uma coisa tão séria Vih, eu não faria isso com você!
- Ele pegou minha mão deu um beijo- Não é brincadeira amor, é que poxa..pensa seus pais estão a horas juntos, conversando, quer coisa melhor...ou prefere sua mãe trancada li no escritório!
- Claro que não!
- Então pronto, quando eles chegarem vocês conversa com eles não fica nessa ansiedade!
Eu só o olhei mexi no seu cabelo, ele fechou os olhos deu um suspiro- Hun..carinho gostoso!
Eu só me inclinei dei um beijo na sua testa fiquei o olhando- Você não me esconde nada desse tipo não é Vih!
Ele abriu os olhos sério- Você tá brincando né?
Eu só balancei a cabeça negativamente devagar, ele riu- Escondo sim..tenho 5 filhos lá em Belo Horizonte na época que eu tocava e você morava em Uberlândia sabe! E mais dois daquela viajem que você ficou dois meses fazendo curso lá em Ribeirão..agora dessas viagens que eu ando fazendo ainda não sei se tem mais algum!
O olhei séria- Sem graça!
Ele levantou o rosto, riu, segurou o meu dando um beijo já se deitou novamente- Não começa com suas idéias mirabolantes não viu!
Eu só respirei fundo fiquei mexendo no seu cabelo, pensando no que meus pais deviam estar conversando, ele só levou a mão pra trás fechando os olhos fazendo carinho na minha perna, ficamos assim até os bebes nos interromperem, só o trocamos ficamos cada um com um ali na sala, eu acabei me começando a prestar atenção com o filme que o Vitor colocou, logo só ouvi a campainha e uma batida na porta, olhei já me levantando ajeitei a Fernanda no meu colo abri a porta, meu pai só me olhou já deu um beijo em mim, na pequena, ele foi entrando eu olhei assustada- Cadê a mãe?
Ele encostou a porta respirou fundo- Sua mãe, quis andar um pouco, deixei ela no shopping!
- No shopping? como assim pai..você não estavam juntos..e..
Ele passou a mão no meu ombro- Calma filha, estávamos conversamos e..
Eu o interrompi novamente - Mais...mais..o que conversaram..foi ruim?
Ele acabou sorrindo- Meu Deus! Me lembrou agora quando tinha 8 anos ansiosa pra tudo, não me deixa falar!
O Vitor só olhou ajeitando o Pedro- È..se ela ainda estivesse grávida os pequenos tinham nascido aqui..agora..



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