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...Que quando a gente se entrega por

inteiro é amor, o gosto de um beijo fica

pra sempre quando é amor..."

24 de agosto de 2010

Ele balançou a cabeça positivamente, ela continuou- Sabe se ela já esta com o seio machucado?
- Sim!
Ela consentiu só pegou o receituário, vou passar essa pomada que vai aliviar um pouco, então até amanhã ela já estara melhor é só lavar o seio com água morna depois das mamadas e passar tá!
- Tudo bem, vou comprar assim que for pra casa!
Ela consentiu foi lhe dando mais algumas dicas só pra aliviar meu desconforto, eu assim que ele saiu fiquei ali deitada, ainda tinha um tempinho pra descansar, eu me sentia horrível só de pensar em amamentar os pequenos eu já sentia dor, e ve-los perto de mim então nem se fala, nunca pensei que ia me sentir dessa forma!
Minha mãe já havia levantado quando o Vitor saiu só estava arrumando a cama improvisada no escritório, meu pai olhou- Vai querer ir no mercado então!
- Vou sim, quero comprar algumas coisas que ela e o Vitor gostam pra poder fazer!
- E ela vai ficar sozinha!
- Não, com o Vitor claro!
Meu pai ficou a olhando- Se eu não me engano ouvi alguém sair!
- Deve ser rápido Antonio!
Ele só levantou os ombros, logo continuou- Não achou os dois distantes pelo menos o dia de ontem não!
- É, eles estão nervosos com essa história da amamentação! Mais o que podemos fazer é só ajudar!
- E tem isso também vai deixar ela sozinha? não precisa de ajuda!
Ela sorriu- Ela tem que tentar sozinha!
Eles só sairam do quarto acabaram o usando o banheiro do quarto dos bebes, minha mãe já preparou o café , tomaram rápido deixou as coisas na mesa só lavando o que haviam usado, meu pai se sentou na sala a esperando, ouvi a campainha, ela saiu da cozinha já foi ver a Paula, abriu a porta a olhou com cara de sono- Bom dia D. Fátima!
Ela sorriu- Bom dia Paula, tão cedo já aqui!
Ela riu- Minha mãe mandou, disse que a senhora ia sair, mais ela não pode vir agora e me mandou!
- Ah..só vou no mercado, comentei com ela ontem! Mais menos mau assim eles não ficam sozinhos!
Eu cansada de ficar ali acabei me levantando, pelo menos em uma coisa eu tive sorte, minha recuperação do parto foi ótima, fui ao banheiro fazendo minha higiene, só prendi o cabelo saindo do quarto na sala todos me deram bom dia olhei a Paula- Que carinha de sono é essa?
Ela riu- Preguiça!
Olhei meus pais arrumados- Vão sair?
- Vamos no mercado, é rapidinho!
Eu já a olhei mais séria- Não mãe..quando..quando o Vitor chegar ele vai!
Ela balançou a cabeça- Prefiro eu ir, o Vitor saiu?
- Saiu, foi resolver umas coisas dele! Mais...mais..
Eu parei de falar ela ficou olhando como se já tivesse entendido, foi pegando sua bolsa- Querida, eu vou rápido, daqui a pouco seus pequenos acordam deita mais um pouquinho e não fica nervosa viu! A Paula te ajuda não é Paula!
A Paula só fez aquela cara de que não sabia nada mais consentiu, minha mãe foi saindo meu pai passou deu um beijo no meu rosto eu só senti um desespero enorme, eles sairam meu pai olhou- Oh Fátima não é melhor esperar ela dar de mama não!
- E quando eu for embora eu faço o que, levo ela e o bebes para a fazenda? Não adianta eu já expliquei, a Marisa também, ela sozinha não vai deixar os pequenos chorarem e vai aprender, vamos vai!
Assim que o elevador abriu os dois entraram indo em seguida ao mercado, o Vitor quando saiu da Thais entrou no carro, ficou pensando que além de tudo ele tinha que ficar mais calmo também, ficar brigando comigo não ia ajudar em nada, só atrapalhar, parou no farol ficou olhando a floricultura logo a frente respirou fundo, assim que o farol abriu foi até lá estacionou o carro, desceu o trancando deu um sorriso- Um agrado não mata né princesa!
Entrou já escolhendo um buque enorme com rosas brancas, pediu pra colocar alguns bichinhos, acabou se divertindo um pouco montando o arranjo, foi minha mãe sair eu ouvi já o choro de um dos bebes olhei a Paula ela me olhou, passei a mão no rosto indo até eles, a Paula me acompanhou, cheguei perto era a Fernanda, mexi um pouco dela parecia que sentindo minha presença começou a chorar mais, olhei o Pedro tranqüilo, só a peguei no colo indo para sala, ela se acalmou mais encostou o rosto no meu como se procurasse algo, eu só fiquei a olhando a Paula ficou em pé- É fome?
Eu balancei a cabeça positivamente, ela continuou- Quer a fralda dela alguma coisa assim?
Eu fiz que sim com a cabeça já senti meus olhos marejados e o desespero tomando conta de mim a paula voltou se sentou ao meu lado- Ah..não fica assim!
Eu a olhei- È horrivel não conseguir fazer algo tão simples!
- Não é tão simples assim, não fica nervosa...!
Eu só fiquei olhando a Fernanda enrolando mais um pouco, quando ela começou a chorar tentei a acalmar mais um pouco até que minha mãe voltasse mais ela não parava, a Paula já ficou olhando preocupada, eu só me ajeitei a ajeitei em seguida não tinha escolha, assim que comecei a amamentar só levei um mão ao rosto, era uma sessão de tortura a Paula ficou olhando, eu tentei ajeitar ela mais era impossível parecia que só piorava aquele nervoso foi subindo porque além de tudo não tinha ninguém em casa, eu comecei a chorar mais ela só ficou do meu lado sem saber o que fazer no desespero eu respirei fundo, quando não aguentava mais aquela dor tirei a Fernanda do peito me cobri- Paula, me da..me da..um papel!
Ela pegou correndo eu continuei escrevi rápido tentando acalmar a Fernanda- Compre..compra esse leite na farmácia pra mim..rápido! Minha carteira esta ali em cima..rápido por favor..
Eu fui tentando em aclamar secando meu rosto a encostei no meu colo tentando fazer ela parar de chorar, a Paula se levantou- Tem certeza!
- Tenho Paula, é logo ali em baixo a farmácia...vai por favor!
Ela saiu descendo rápido indo fazer o que pedi, eu só fui ao quarto dos pequenos a deixei no berço mesmo chorando peguei as mamadeiras levando a cozinha já as fervendo pra usar, logo só ouvi os dois chorando, eu me encostei na pia começando a chorar mais- Meu Deus..meu Deus..me ajuda...!
Eu fiquei ali o que eu podia fazer não conseguia dar de mama aos meus filhos, era uma inútil!
Só os ouvia chorar cada vez mais alto fechei os olhos, estava desesperada e a Paula que não chegava, virei o rosto olhando a Paula, depois de um tempo ela entrou ofegante- Aqui..aqui..é esse!
Eu balancei a cabeça positivamente, já fui pegando para fazer ela me olhou- Eles estão chorando!
Eu respondi nervosa- Eu sei Paula, eu sei, estou ouvindo!
Ela me olhou assustada saiu indo até o quarto viu a Fernanda vermelha de tanto chorar o Pedro também, não sabia quem pegava só começou a mexer em um depois em outro mais não a adiantava, eu terminei de preparar o leite fiquei fechei as mamadeira fiquei olhando- Desculpa meus lindos..desculpa!
Eu só voltei ao quarto rápido ela havia pego o Pedro que eu lhe entreguei uma mamadeira- Me ajuda!
Fui pegando a Fernanda que parecia já sem , naquele momento eu me senti a pior mãe e a pior pessoa do mundo, quando a peguei no colo ela parou um pouquinho tentando suspirar, olhei a Paula- Vem na sala Paula!
Ela foi atrás de mim o Pedro ainda chorava, fui passando o bico da mamadeira na boquinha dela mais ela não queria pegar!
Me sentei ajeitando no meu colo a Paula só olhou tentando fazer o mesmo, ele parou de chorar mais não queria mamar naquilo de jeito nenhum , eu os olhei- Por favor meus amor..por favor!
Depois de insistir ele acabaram pegando, eu respirei fundo só os olhando a Paula me olhou- Ai..graças a Deus!
Eu passei a mão no meu rosto não conseguia parar de chorar era horrível fazer isso mais o que eu ia fazer, não aguentava amamentar eles.
O Vitor assim que comprou tudo o que queria colocou tudo no carro, já olhou- Quando chegar melhor já colocar as cadeirinhas pra ir amanhã!
Já foi voltando para casa só parou para comprar a pomada que a Thais havia prescrito, o Pedro não havia mamado quase nada mais ao menos tinha parado de chorar, a Fernanda recusava a mamadeira mais eu insistia ela voltava a pegar!
A Paula deixou a mamadeira de lado o ajeitou no colo só fazendo carinho, eu ainda com as lágrimas que não paravam de cair me sentindo horrivel, quando a Fernanda não quis mais só coloquei a mamadeira na mesa de centro a peguei fazendo carinho- Desculpa minha pequena..desculpa!
Só ouvi a porta abrir, o Vitor entrou cheio de flores, na hora senti um aperto tão grande no coração olhei a mamadeira comecei a chorar mais, ele não havia percebido só me olhou chorando olhou a Paula colocando as flores sobre a mesa- Olha o que eu trouxe pra você amor!
Eu tentei engolir aquele choro mais era impossível a Paula ficou me olhando, ele se aproximou já preocupado- Que foi minha linda?
Acabou reparando as mamadeiras na mesa de centro, me olhou com aquele olhar de decepção, desaprovação, as pegou olhando e dizendo baixo- Por favor..só..só fala pra mim que pelo menos esse leite é seu?


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