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...Que quando a gente se entrega por

inteiro é amor, o gosto de um beijo fica

pra sempre quando é amor..."

7 de março de 2011

Ele desceu em seguida, eu fiquei lhe esperando, assim que ele fechou o carro, se aproximou passando seu braço sobre os meus ombros, fomos entrando, logo já vimos os pequenos sentados ali no cantinho deles brincando, minha mãe estava sentada no sofá só olhando os dois, assim que nós viu entrar deu um sorriso olha quem chegou pequenos!
O Pedro já foi lhe olhando e indo até ela engatilhando, eu olhei os dois queria pode está com os três, os três ali juntinhos de mim, me aproximei deles os olhando, peguei o Pedro no colo me sentando com ele no sofá, lhe deu um beijo, minha mãe passou a mão no meu joelho e então como foi no hospital?
Eu soltei um suspiro, ela está lá sozinha, corta meu coração isso sabia! Não vejo a hora de pode trazer-la para casa era só o que eu queria só isso.
O Vitor me olhou, mas o que importa e que ela está bem, a médica mesmo disse que se ela continuar reagindo como está vai sair de lá antes mesmo da data prevista!
Ah que noticia boa querido!
Ele consentiu, eu acabei me levantando e colocando o Pedro no tapete novamente, já me afastei eu vou para o quarto.
Não vai me ajudar a dar almoço para os pequenos e nem vai almoçar?
Vih a Renata te ajuda, eu, eu estou sem fome, almoça vocês licença.
Eu já fui subindo as escadas indo em direção ao meu quarto, o Vitor olhou os pequenos, olhou a minha mãe respirando fundo o que eu faço D.Fátima? O que eu faço? Ela não pode continuar assim, não pode e só isso que eu sei.
Oh meu filho, está difícil para ela, mas como a gente vai fazer para tirar essa idéia da cabeça dela?
Vou tentar conversar com ela.
Vai, mais tarde eu, eu vou tentar também.
Ele já foi se afastando subindo ao quarto.
Eu fui direto ao quarto, tirei minhas sapatilhas, me deitando, puxei os travesseiros os ajeitando me virando de lado, não demorou muito para que o Vitor entrasse no quarto, encostou a porta soltando um suspiro, se aproximou devagar, se sentou no canto passou sua mão no meu braço fazendo carinho, eu segurei sua mão, ele disse baixo porque está fazendo isso?
Eu permaneci calada, ele continuo dizendo os pequenos estão sentindo a sua falta, eles, eles não tem culpa de tudo isso que está acontecendo!
Eu não fiz nada Vitor, eu, eu só quero ficar aqui um pouco sozinha, eu, eu estou com dor de cabeça.
Tem certeza? Hoje você mal olhou para eles, ontem foi a mesma coisa, deixou eles na mão da Renata, da sua mãe, mas se aproximar deles que é bom eu não vir, eles são os nossos pequenos, assim como a Mari é, eles não tem culpa por nada disso que está acontecendo e não merecem serem deixados de lado.
Eu me virei me sentando, lhe olhei já com meus olhos úmidos, eles não tem mesmo culpa de nada, mas eu, eu tenho!
Você não percebe Vitor, não percebe isso tudo que está acontecendo e culpa minha, só minha, se eu tivesse amado a minha pequena, se eu tivesse me cuidado mais quando descobrir que estava grávida nada disso estava acontecendo, isso tudo só pode está sendo um castigo e isso, Deus está me castigando por todo o mal que eu fiz para a minha pequena, a minha pequena que era, que é tão indefesa, tão pequena, eu não soube amar, eu não soube proteger como eu deveria, eu me sinto um lixo de mãe, um lixo de mulher, agora, agora ela está lá naquela UTI e eu, eu estou aqui de mãos atadas, sem poder fazer nada, nada!
Como eu vou me sentir bem assim me diz? Como eu posso me sentir bem? Com essa culpa, essa dor dentro de mim, eu não posso, eu não consigo, não consigo!
Ele segurou meu rosto, hei, hei você não tem culpa de nada disso, ela está lá porque nasceu...
Tenho Vitor! Eu tenho e ninguém vai tirar essa culpa de dentro de mim, ninguém, nada que você ou qualquer outra pessoa me fale agora não vai tirar isso de mim, não adianta!
Eu me sinto mal comigo eu só queria pode voltar no tempo, eu só queria ter me cuidado, ter amado mais a minha bonequinha, eu só queria te pedir mais paciencia comigo, eu preciso desse tempo, eu preciso disso, eu preciso...
Eu sei que você acha que não sou culpada, mas eu me acho, eu sei que você acha que estou fazendo tudo errado agora, mas eu não consigo agir diferente, não agora, não nesse momento, eu amo os pequenos, eu amo a nossa bonequinha, sem diferença nenhum dos três, só que agora ela precisa de mim e eu preciso dela bem para voltar a ser eu, para que essa angustia que está dentro de mim algum dia passe.
Ele ficou calado me olhando, soltou um suspiro dizendo baixo vem cá minha vida, vem, ele me abraçou forte, eu encostei meu rosto em seu ombro me deixando chorar, estava me sentindo de mãos atadas, me sentidno fraca diante de tudo aquilo, eu disse baixo eu sou culpada Vih, eu sou...
Ele afastou seu rosto do meu o segurando, claro que não minha linda, não é, aconteceu tudo isso porque tinha que acontecer, e não vai ser assim como está fazendo que vai resolver tudo, a Fernanda e o Pedro também precisa de você, sente falta do seu carinho, do seu amor...
Você e uma mãe maravilhosa, uma mulher linda, forte, guerreira, uma esposa perfeita, carinhosa, amorosa, você e perfeita, tem sim seus defeitos como qualquer outro ser humano, mas tem suas qualidades sim e todas elas eu admiro em você, acredita em mim, você não é nada de lixo, você é especial demais, demais e pode ter certeza que assim como eu e seus pais que morrem de orgulho de você os nossos pequenos também vão ter.
Será Vih?
Não acredita em mim?
Acredito!
Então para de chorar hum, desce comigo vamos almoçar depois, depois se quiser você volta.
Eu fique lhe olhando, eu não estou com fome, estou com dor de cabeça, eu, eu vou deitar um pouco e depois eu desço como o que for, fico com os pequenos, mas eu vou depois!
Promete?
Prometo!
Então vou pegar um remédio para você, quer?
Quero!
Ele foi se levantando, já volto...
Ele deixou o quarto já descendo e indo a cozinha, pegou um copo com água, meu remédio já foi voltando, minha mãe lhe olhou passar novamente com um copo na mão, ele subiu, entrando e já me mostrando, eu estava ajeitando os lençóis me sentei pegando o copo e tomando o remédio, lhe entreguei agradecendo e já me deitando novamente me cobrindo, passei a mão no meu rosto o secado e já me fechando meus olhos, ele ficou me olhando, achou melhor fechar as cortinas, deixou o quarto encostando a porta, desceu olhou a minha mãe, ela disse que estava com dor de cabeça tomou um remédio e deitou.
Melhor, quem sabe ela num acorda mais calma num é querido! Vamos almoçar então já está na mesa.
Vamos, mas antes vou dar os dos pequenos!
Eu te ajudo.
Ele consentiu, eles já foram pegando os dois dando o almoço deles, e logo seguida almoçando também naquele silencio.
Assim que eles terminaram a Renata já se aproximou pegando os dois, os levando para o jardim como costumava fazer todos os dias.
Minha mãe olhou ela me parece ser uma ótima pessoa, e os dois parece gostar muito da companhia dela né?
Eles gostam sim e ela e assim como a D.Joana tivemos muita sorte!
É essas coisas não é fácil, eu também dei sorte com a Sônia, aquela eu não largo por nada, como o Antônio não larga o João, e tão bom isso, os funcionários acaba fazendo parte da familia.
Isso é verdade!
Os dois ficaram ali mais um tempo conversando, assim que terminaram a mesa, foram se levantando recolhendo tudo e já organizando a cozinha, enquanto a D.Joana estava fazendo outras coisas.
O Vitor assim que terminou acabou indo até o jardim ficar com os pequenos, já estava quase na hora do sono dos dois, ficou com eles por ali até conseguirem dormir, ajudou a Renata a leva-los para dentro e ajeitar cada um seu berço, acabou dispensando ela ficando mais um tempo ali babando nos dois, estava com saudade e se sentindo em falta com eles, ouviu o barulho da porta se abrindo, virou o rosto olhando, minha mãe lhe olhou dizendo baixo o Leo está lá em baixo.
Ele consentiu dando um beijo nós dois encostou a porta descendo.
Minha mãe acabou indo para a cozinha ajudar a D.Joana com as suas coisas.
O Vitor assim que desceu já foi cumprimentando o Leo, ele deu um suspiro, tudo bem?
Eu que te pergunto como está as coisas por aqui?
Fomos hoje no hospital, ela está reagindo bem, mas não está sendo fácil aqui em casa.
Eu imagino e cadê ela?
Deitou assim que chegou, estava com dor de cabeça.
Porque a Tati e o Matheus não veio com você?
Porque eles nem sabe que estou aqui, almocei pelo escritório mesmo e decidir vim aqui cara, estamos com um problema!
Eu não queria te preocupar com isso, mas...
O que foi? Está me assustando assim.
Teve dois shows que não conseguir desmarcar o de sexta e sábado.
Como não cara? Eu não tenho condições nenhuma de ir você sabe disso!
Eu sei, eu sei, mas os donos da casa que vai ter os shows não sabem disso.
O que vamos fazer?
Eu não sei Leo.
Eu acabei despertando, sentir uma fome bater, me levantei deixando o lençol de lado, fui ajeitando meus cabelos, fui ao banheiro jogando uma água no rosto, peguei a toalha secando meu rosto e já deixando o quarto, parei na porta dos pequenos abrindo um pouco eles estavam dormindo era melhor não mexe, me aproximei da escada, já vir o Leo ali na sala sentando com o Vitor acabei ouvindo o que eles estava, falando, fiquei só observando, acabei respirando fundo voltando ao meu quarto, me sentei no canto era tudo o que faltava ele viajar e eu ficar sozinha, como iria ser? Será que eu ia conseguir? Ele era meu tudo, minha base, meu porto seguro se ele ao meu lado já estava sendo difícil sem ele ali ia ser pior ainda. eu respirei fundo voltando a me deitar pensando em tudo o que estava me acontecendo e não tinha como não pergunta o porque, o porque minha vida sempre assim.
O Vitor ali na sala se levantou, trouxe os número dos contratantes?
Trouxe.
Então vamos até o escritório, vou eu mesmo tentar conversa com eles, explica, espero, espero mesmo que entendam, porque se não, nem sei como vai ser.
Os dois já foram indo ao escritório tentando resolver aquele assunto, passaram o resto da tarde ali resolvendo isso e mais algumas coisas suas.
Minha mãe acabou preparando uma bandeja com algumas coisas que eu gostava como não havia almoçado, já foi subindo levando ao meu quarto, eu estava ali sentada com as minhas costas apoiada na cabeceira com meu olhar e meus pensamentos longe, nem ouvir ela abrir a porta, quando lhe notei ela já estava ao meu lado...
Lhe olhei, nossa nem vir a senhora entrar.
Ela dei um sorriso pequeno, trouxe um lanche para você, fiz aquele bolo de chocolate que você adora!
Eu acabei dando um sorriso pequeno, deve está bom.
Espero! Está com fome querida?
Hum acho que bateu.
Ela sorriu se sentando e ajeitando sobre o meu colo então come, come tudo.
Eu já fui olhando, pensando por onde começar, realmente estava com fome, acabei comendo bastante, porém calada, ela só ficou me olhando, assim que terminei ela já foi pegando que bom que comeu bem, bom eu vou...
Não mãe espera!
O que foi?
Deixa isso um pouquinho de lado.
Ela ficou me olhando sem entende, colocou sobre a cômoda se sentou novamente o que foi?
Eu me aproximei dela, eu queria colo, colo de mãe.
Oh querida, minha querida, que coisa mais gostosa de uma mãe como ouvir, vem cá...
Eu me deitei minha cabeça sobre as suas pernas, ela abaixou seu rosto me dando um beijo carinho e tão bom sabe que mesmo os filhos grandes, eles ainda querem o nosso colo.
Colo de mãe sara qualquer coisa D.Fátima num era assim que a vó falava.
Verdade!
Ela foi fazendo carinho no meu cabelo me olhando.
Eu disse baixo a senhora sabe o quando dói num sabe?
Sei sim meu anjo, sei porque está doendo em mim te ver assim, mas eu também sei que você e forte, sei que essa pequenininha e mais forte ainda, tudo vai ficar bem, tem que pensar positivo, tem que ter fé, desespero agora não vai ajudar em nada, ficar se condenando menos ainda.
Nós ficamos em silencio, eu abrir meus olhos lhe olhando, mãe.
Oi?
Eu me sentei lhe olhando, se por acaso o Vitor tiver que viajar a senhora fica aqui comigo?
Porque ele vai?
Eu já sentir meus olhos úmidos, eu não sei, mas se ele for a senhora fica aqui comigo? Porque se eu tiver que ficar sozinha aqui, eu, eu não vou aguenta, não vou mãe....
Os meu amor, meu amor, claro que fico, quando eu te deixei sozinha hein?
Se ele tiver que ir o que eu duvido eu fico aqui, com vocês sem problema nenhum, nenhum.
Eu lhe dei um beijo obrigada, obrigada por tudo!
Imagina, eu só quero você e meus netos felizes e bem, só isso e quero babar nesses meus quarto presentes lindos que Deus me deu, minha filha e meus netos que eu amo tanto, tanto.
Eu fiquei ali com ela, até ouvir um dos choro dos pequenos, fomos nós levantando para ver os dois, era a Fernanda, eu fui lhe pegando, o Pedro já estava sentado, eu acabei o pegando também, fui me sentando com eles ali no tapete do quarto pegando alguns brinquedos, eu não podia excluir os dois assim, eles também precisava de mim, por mais que aquele momento estivesse sendo difícil, eu precisava, precisava ocupar minha mente, precisa cuidar da minha familia e se o Vitor fosse era eles, eles que seriam minha força para continuar.
Como minha mãe me viu com dois e bem se afastou já nós deixando, voltou ao meu quarto pegando a bandeja e descendo.
Eu estava tão longe com meus pensamentos, que nem havia percebido.
Olhei a Fernanda dando um sorriso, estava tão linda a minha pequena já com os dentinhos querendo morde tudo que via.
Eu olhei o Pedro ele estava tentando se levantar na hora eu tomei um susto tentando lhe pegar antes que ele caísse, mas ele se levantou rápido já foi dando alguns passinhos e logo caindo de bumbum no chão rindo, eu acabei dando um sorriso bobo, sentindo meus olhos umidos de novo lhe peguei lhe enchendo de beijos oh meu amor, meu amor já está dando passinhos hum?
Que lindo, que lindo!
Será que fui a primeira a ver hum?
A mamãe anda tão distante de vocês, mas eu amo, amo vocês meus lindos!
O Vitor e o Leo estavam saindo do escritório, ele olhou a bandeja ela acordou?
Acordou faz um tempinho, começou quase tudo conversamos e agora ela está lá brincando com os dois.
Ele deu um sorriso que bom!
Ela olhou o Leo já vai?
Nem tomou café.
Ele sorriu pousando a mão no seu ombro não só tomei o café como comi o bolo maravilhoso da senhora, estava com saudades, muito bom...
O Vitor lhe olhou a D.Joana nós levou, estava muito bom mesmo.
Não querem mais?
Eu não D.Fátima, já passou do meu horário, amanhã eu apareço com mais calma com a Tati e o Matheus, deixa um beijo para a minha cunhada e para os pequenos.
Minha mãe já foi indo a cozinha levando a bandeja para separar a louça para lavar.
O Vitor foi levando o Leo até a porta pelo menos um a gente conseguiu né, amanhã a gente tenta falar com o outra senhor, tenho certeza que assim que ele explicar ele vai entende como esse de hoje.
Vai sim, sem chances de fazer esses shows, eu imagino como você esteja e deixar ela aqui também nesse estado sozinha não é certo.
Imagina, além de não ser certo eu não teria coragem.
Os dois conversaram mais um pouco, logo se despediram, o Vitor entrou já foi subindo direto ao quarto dos pequenos, se encostou na porta nós olhando, eu estava sentada no chão e os dois no meu colo toda hora um pegando o brinquedo da mão do outro.
Eu só fiquei os olhando, acabei ouvindo um suspiro e logo seguida a voz do Vitor...
Que cena linda.
Eu lhe olhei respirei fundo, ele se aproximou se sentando conosco, a Fê já foi deixando tudo de lado e se jogando para os seus braços, eu continuei calada.
Ele ficou me olhando, sua mãe disse que já faz tempo que acordou e até comeu.
Foi.
Eu respirei fundo de novo, não conseguia esconder minhas chateações, meus medos, nada dele, ele virou meu rosto posso saber o porque de tanto suspiro assim?
Nada ou melhor estou pensando na Mari.
Tem certeza?
Eu vir o Leo aqui em casa e já sei que você vai viajar e eu, eu eu já comecei a sentir minha voz embargada e já deixando algumas lágrimas escorrer pelo meu rosto Vih porque? Porque amor? Eu não vou conseguir sozinha, não vou, você me prometeu que, que....
Eu parei de falar sentando o pequeno no tapete, levei minha mão ao rosto o baixando, balançandoa cabeça negativamente, está sendo tão difícil para mim, porque Deus, porque isso tudo?
Sem você eu não vou conseguir, não vou....

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