Ele deu um suspiro se aproximou dando um beijo no meu rosto- Tem que mais duas partezinhas dele vai estar em casa..te dando muito carinho!
Ele colocou minha franja para atras da orelha- Sem contar eu hun?
- Eu sei Vih..mais..
Ele me interrompeu- E além de tudo vamos vir ver ela todos os dias...não é?
Eu fiz que sim já secando os olhos, ele deu um beijo no canto dos meus lábios- Esta me doendo também minha linda, mais eu sei que ela vai ser muito bem cuidada e que é questão de tempo para levarmos ela pra casa!
Eu fiz carinho no seu rosto lhe dei mais um beijo, ele se afastou- Vou ligar para o Leo tá?
Eu consenti, logo trouxeram meu almoço, eu me sentei beliscando comendo um pouco, o Vitor terminou de falar com o Leo já se aproximou me repreendendo para come mais- Vih...por favor..não quero mais!
Ele só deu um suspiro, já se afastando arrumando minha mala- Tudo bem, mais em casa a comida da D.Joana não vai ter desculpa!
Eu fiquei calada, ele foi arrumando tudo, eu já estava vestida, vesti minhas sapatilhas, a enfermeira já entrou- Fiquei sabendo que já teve alta?
Eu consenti ela deu um sorriso- Isso é ótimo mais antes vamos lá ver sua menininha?
Eu fiz que sim, o Vitor olhou- Eu posso ir também!
- Pode, vamos!
Ele deixou a mala de lado, eu o esperei ele pegou minha mão, fomos em direção a UTI, assim que chegamos já fomos nos aparamentando, nos deixaram entrar juntos, eu já me aproximei fiz carinho dando um sorriso- Oi minha bonequinha...
O Vitor pegou sua mãozinha, a enfermeira se aproximou de mim, ela estava sem aparelho nenhum- Pode pega-la!
Eu fui a pegando a ajeitando em mim encostei meu rosto ao seu, o Vitor deu um beijo na sua cabeçinha, se afastou arrumando uma almofada que havia na poltrona eu me sentei, fiquei a olhando fazendo carinho por um tempo, logo fui a ajeitando para dar de mama, ela pegou rápido sem dificuldade nenhuma, eu dei um sorriso largo- Isso é muita fome meu amor? hun?
Ele só ficou nos olhando fazendo carinho na sua perninha, ela acabou demorando um pouco mais para mamar e quando ficou cansadinha parou, eu a ajeitei no meu ombro já respirando fundo, se pudesse ficaria ali do lado dela dia e noite, ela acabou adormecendo novamente, eu a segurei o Vitor deu um beijo na minha testa-- Vai ser logo minha linda..
Eu consenti vi a enfermeira já esperando, lhe dei um beijinho com o olho cheio de lágrima- Te amo meu amor, a mamãe volta tá..e logo logo vai te levar pra casa!
O Vitor deu um beijinho nela, eu me levantei a colocando no berçinho, a enfermeira olhou- Eu sei que dói mamãe, mais amanhã de manhã vai estar aqui com ela certo!
Ela foi a ajeitando no aparelho novamente, o Vitor segurou minha mão, eu acenei- Tchau minha lindinha!
O Vitor foi passando a mão pelo meu ombro, fomos saindo, lá fora fui tirando o avental, toca e tudo mais, abaixei meu rosto, eu me sentia em pedaços, o Vitor terminou antes foi me esperando, assim que levantei o rosto ele olhou, não tinha mais o que falar, ele só deu um beijo na minha testa, me abraçou, foi me levando dali, eu fui a olhando até sair, fomos chegando ao quarto ele me olhou- Eu vou pegar a mala, o Leo já deve estar ai!
Eu consenti secando o rosto, ele entrou pegando a mala e logo já saiu segurando minha mão- Tinha mais alguma coisa?
Eu fiz que não, fomos saindo do hospital, eu com a cabeça baixa, o Vitor ia pegando o celular mais nem precisou pois o Leo já estava na recepção, se aproximou me dando um abraço, viu meu rosto achou melhor não falar nada, fomos saindo dali em direção ao carro, o Vitor abriu a porta eu entrei me sentei, ele colocou a mala do outro lado entrando em seguida, o Leo o olhou, olhou pelo retrovisor ele deu um suspiro, abaixou o rosto respirando fundo, acabou o olhando- Foi para o escritório hoje? conseguiu resolver os negócios do som!
Ele consentiu já começando a falar e seguindo o caminho, assim que chegamos em casa ele parou eu desci, o Vitor também pegando a mala ele desceu do carro eu o olhei dizendo baixo- Não vai entrar Leo...
- Não..não..tenho..tenho que ir!
Eu consenti ele me deu um abraço apertado- Depois venho com calma, fica bem tá!
Eu consenti, o Vitor abriu o portão- Vai entrando amor!
Eu fiz que sim, dei tchau entrando, o Vitor olhou- Não quer entrar mesmo?
- Não cara..acho que ela precisa descansar, de silêncio e você também, outra hora eu venho com a Tati...
- Tudo bem, quando ao es..
Ele o interrompeu- Não se preocupa VItor, cuida da sua mulher..dá força para ela porque isso não é facil e no escritório eu vou me virando, se precisar de algo te ligo..conversamos e vamos fazendo assim!
- Obrigado!
- Que isso..vou indo..qualquer coisa liga!
- Ligo..até mais..!
- Até!
Ele foi para o caro novamente, o Vitor acenou, o Leo foi saindo, logo ele já foi entrando, assim que entrei em casa estava aquele silêncio, fui entrando pela sala minha mãe estava descendo a escada disse baixo- Oi minha menina, achei que iam chegar mais tarde!
Eu balancei a cabeça, ela se aproximou me deu um beijo no rosto- Que bom, assim pode descansar!
Eu só consenti já desabando, ela me abraçou forte mexendo no meu cabelo- Eu não acredito que eu deixei ela lá..não acredito..
- Oh minha filha!
O Vitor foi entrando a D.Joana ouvindo a movimentação já foi saindo da cozinha indo a sala, o Vitor deixou a mala de lado, ela se aproximou dele- Oi querido!
Ela passou a mão em seu ombro ele olhou na minha direção dando um suspiro, era terrível me ver daquele jeito, eu me afastei da minha mãe, olhei a D.Joana dando oi, o olhei falando tentando conter aquele choro- Eu vou subir tá!
Ela só passou a mão no meu cabelo consentindo, eu fui subindo indo direto ao quarto, fechei a porta, respirei fundo indo em direção a cama, só ajeitei os travesseiros me encolhendo, me sentia terrivel, e nada melhor do que ficar ali sozinha, entendi a preocupação de todos comigo mais ninguém entendia como eu me sentia, todos falavam que imaginavam mais não tinham idéia do que era deixar parte de mim lá, e do que adiantava falar que tudo ia dar certo se eu não tinha minha bebezinha ali, acabei ficando ali com meus pensamentos, me deixando chorar pois era a forma que eu encontrava de me aliviar. O Vitor só passou a mão no rosto minha mãe o olhou, ele levantou os ombros- Eu já não sei mais o que falar!
- Acho melhor não falar nada querido, ela precisa colocar a cabeça e os sentimentos no lugar!
Ele deu um suspiro- Os pequenos?
- Dormiram no caminho e achei melhor deixa eles cochilarem um pouco mais, pensei em ficar com eles hoje na fazenda, mais talvez seja melhor ter eles perto agora né...
- Imagina lhe dar mais trabalho D.Fatima!
- Já disse que não é trabalho nenhum! Falei com o Antonio, queria passar esses dias aqui com vocês..é claro se quiserem!
Ele olhou- Não queria lhe importunar mais vou agradecer muito, acho que com a senhora perto ela vai se sentir melhor..
- Então ótimo, não queria ficar longe em um momento desse, ainda mais para poder lhe deixar e viajar mais tranquilo!
- Não D.Fatima, amanhã já resolvo isso, nem tenho cabeça para ir no escritório ainda mais viajar sabendo que ela vai ter que ir no hospital amamentar..ficar longe..nem pensar!
Ela consentiu, ele suspirou- Vou deixar essa mala lá em cima!
- Vai sim!
Ele a pegou subindo, minha mãe olhou a D.Joana, a duas foram indo a cozinha, ela a olhou- Que dó dela Fatima!
- Sim, mais vai passar!
- Deus sabe que sim!
As duas foram conversando o Vitor, foi abrindo a porta devagar, me viu deitada, pensou em ir até lá mais decidiu me deixar sozinha um pouco, deixou a mala no cantinho voltando a fechar a porta, foi direto ao quarto dos pequenos, já viu o Pedro sentando, a Fê com aquele olhão arregalado, se inclinou se apoiando na grade do berço, o pequeno foi se segurando para ficar em pé ele riu- Saudades de vocês...é..muita saudade!
Ele já foi levando a mãozinha ao seu rosto puxando o nariz o cabelo e fazendo aquela festa, a Fê não demorou muito para resmungar e começar a pedir atenção, pediu colo ele foi pegando os dois descendo, passando o restante da tarde com os dois. Eu acabei ficando no quarto com o olhar longe, sem animo nenhum para sair dali. Quando anoiteceu minha mãe e o Vitor deram banho nos pequenos, a D.Joana havia feito o jantar e esquentado a sopinha dos dois, eles desceram os colocando no cadeirão ele olhou- D.Fatima,  eu vou subir e fazer ela vir comer alguma coisa, já venho ajudar a senhora!
Ela consentiu, ele foi subindo, eu havia acabado de tomar banho, tinha colocado meu pijama, ele foi entrando, me viu sentando na cama, eu o olhei ele parou- Vamos comer minha linda!
Eu fui ajeitando o edredon me cobrindo- Come você Vih...eu não quero!
Ele s´fez aquela cara de sério, foi se aproximando, dobrou o lençol- Vamos comer sim, sua..mãe...os pequenos..estão todos na mesa!
Eu passei a mão no rosto- Não estou com vontade Vitor, ainda mais..minha cabeça esta explodindo!
- Pois você desce, janta e toma um remédio, desde que chegou esta aqui no quarto, nem foi ver os pequenos..hun? me ajuda a dar o jantar deles..vem?
Ele esticou a mão, eu respirei fundo, me levantei, ele me abraçou, deu um beijo no meu pescoço, nós descemos , minha mãe sorriu olhando os pequenos- Olha só ..fala para a mamãe que demora é essa n´so estamos com fome né!
Eu forcei um sorriso me aproximei dando um beijo na cabeçinha de cada, a D.Joana olhou- Fiz a lasanha que gosta hoje!
Eu a olhei- Obrigada!
Eu me sentei ao lado o Pedro já quis vir para meu colo, eu o olhei- Não vai comer lindinho!
O Vitor se aproximou- Pode ir jantar que eu dou D.Fatima!
- Certeza?
Ele sorriu ela se levantou lhe dando o lugar, eu ia pegando o outro prato ele olhou- Pode deixar eu dou para os dois!
Eu fiz que não, começando a dar para o Pedro, minha mãe e o Vitor começaram a conversar mais nem estava prestando atenção, voltei ao mundo real quando o Pedro levou a mão ao seu prato fazendo aquela bagunça, eu levei um susto e Vitor olhou- Ahh rapazinho não pode descuidar de você!
Eu peguei os guardanapos já limpando sua mão em silêncio, quando a limpei fui tentar lhe dar ele não queria mais, deixei de lado limpando sua boca, ele não parava de pedir colo, acabei o pegando, minha mãe já estava comendo foi me servindo- Esta uma delicia querida!
Eu consenti, fui comendo um pouco, mais com a falta de fome e o Pedro querendo pegar tudo da mesa desisti, o Vitor já tinha dado a da Fê deixou ela brincando no cadeirão me olhou- Porque não coloca ele aqui?
- Sabe..ja comi, minha cabeça tá doendo, eu vou subir!
Ele só arqueou a sobrancelha eu me levantei o colocando de volta no cadeirão, ele segurou minha blusa começando a chorar, minha mãe já se aproximou- Me da ele aqui querida!
Eu me virei lhe entregando mais ele continuou chorando querendo vir de volta para o meu colo, eu o olhei- Pedro!
Eu respirei fundo- Deixa..obrigada mãe!
Eu o peguei de volta o acalmando e saindo dali, parei na sala ele não parava de chorar o Vitor só ficou ouvindo, terminou seu jantar, pegou a Fernanda, me viu com o Pedro, foi a deixando perto dos brinquedos ela, se aproximou de mim- Me da ele!
Eu fui o entregando- Ele não para!
- Deixa que eu fico com eles, pode ir para o quarto vai!
Eu o olhei séria, porque tinha falado daquele jeito- E eu tenho culpa que eles esta chorando Vitor!
O Vitor se virou respirou fundo- Não amor...sobe vai descansar eu fico com eles!
Eu fiquei os olhando, ele foi tentando brincar e o distrair, eu acabei subindo, me tranquei no quarto sentindo raiva de mim, me sentei na cama apoiando as mão nos rosto- Droga..que droga!
O Pedro foi ficando quietinho deitando no ombro do Vitor, a D.Joana havia ido se recolher, minha mãe foi a sala olhando, a Fê foi pedindo colo pois já estava com sono também, minha mãe a pegou viu o Vitor pensativo- È so hoje querido, ela esta longe...sem paciencia..
Ele consentiu os dois foram fazendo os pequenos dormirem, não demorou muito os deixaram no quarto, o Vitor agradeceu minha mãe e ambos foram se recolher, quando ele entrou no quarto estava sentada na cama quieta, ele já havia tomado banho no quarto dos pequenos, so foi trocando aquela roupa por um pijama, foi ao banheiro fazendo sua higiene quando saiu me olhou- Posso apagar a luz?
Eu fiz que sim ele apagou vindo se deitar, se ajeitou na cama eu olhei- Eles dormiram?
- Sim!
Eu levantei os ombros- Desculpa!
Ele deu um suspiro se encostando na cabeceira- Porque desculpa?
Eu levantei os ombros, ele passou a mão sobre a minha- Ele sente como você esta é só isso!
Eu balancei a cabeça me virei o abraçando- Eu não consigo parar de pensar nela lá sozinha!
Ele me afastou segurando meu rosto- Amor...
Ele ia falar o que estava pensando mais acabou parando de falar, só me abraçou- Vem..vamos deitar..amanhã cedo vamos ver ela certo!
Eu fiz que sim, me aconcheguei nele, ele me abraçou, estava tão cansada que com ele mexendo no meu cabelo acabei adormecendo, ele ficou pensativo, sabia que eu ia tentar me isolar com tudo isso mais não podia deixar ainda mais que não envolvia só ele mais os pequenos também, depois de muito acabou pegando no sono.
No dia seguinte o Vitor acabou despertando sozinho, esticou o braço pegando o celular e olhando as horas, ainda era cedo mais era melhor levantar, me olhou, deu um beijo na minha testa me arrumando direito na cama para eu dormir mais um pouco, se levantou devagar indo ao banheiro, tomou um banho, fez sua higiene, saiu já se arrumando para ficar pronto, saiu do quarto devagar, a D.Joana, minha mãe e a Renata estavam na cozinha conversando ele deu bom dia elas responderam, minha mãe já foi a sala de jantar com ele colocando o suco- Vai tomar seu café!
- Vou sim!
- Então vou lhe acompanhar!
Ele consentiu ela continuou- Vão tão cedo para o hospital!
- Não, mais tarde só, deixei ela dormindo mais um pouco, aproveitei e me arrumei porque vou ver os negócios do shows, as viagens!
- Entendi..!
Ele foram tomando café, eu acabei acordando em um susto, olhei para os lados não vi o Vitor , olhei o relógio já fui me levantando rapido- Porque ele não me acordou..vou chegar lá tarde...
Fui direto ao banheiro jogando uma água no corpo, fazendo minha higiene e colocando a primeira roupa que vi, o Vitor depois do café subiu para o escritório para tentar resolver suas coisas, eu sai disparada no quarto ia descer mais o vi no telefone, parei na porta- Puxa Vitor porque não me acordou!
Ele foi desligando o telefone- Bom dia amor!
Eu apontei o relógio- Olha a hora Vitor...eu tenho que amamentar a Mariana sabia?
- Calma, ainda não esta na hora..vamos só mais tarde, toma seu café..
- Não..que mais tarde Vitor..eu quero ir cedo..quero ver ela..puxa!
Ele só ficou olhando, eu respirei fundo- Te espero lá embaixo, não demora!
Ele passou a mão no rosto eu desci minha mãe estava saindo da sala de jantar- Oi meu anjo..vai tomar café!
Eu respirei fundo- Não da tempo mãe..tenho que ir para o hospital!
- Mais o Vitor falou que só iam mais tarde!
- Mais tarde..imagina..eu tenho que ver ela logo..amamentar....ah que droga já queria estar lá!
Eu olhei para a escada chamando pelo Vitor ela me olhou - Melhor trocar essa blusa antes de ir filha!
Eu me olhei- Ai acabei de vestir...por isso também tenho que ir logo..
Fui subindo o Vitor ia saindo do escritório, entrei no quarto procurando outro sutiã, outra blusa ele foi atrás- Nós vamos cedo assim não vão nos deixar entrar...
Eu fui me trocando o olhei indignada- Como pode?
Ele olhou falando baixo- O que amor?
- Você não se preocupa? ela esta lá..sozinha precisando de nós dois..e esta preocupado em ficar esperando? não importa se vão nos deixar entrar ou não..já tinhamos que estar lá!
Ele balançou a cabeça- Eu não vou brigar e discutir com você...não agora..nessa situação!
Eu fui terminando de abotoar minha blusa- Então finge que é importante pra você e me leva para o hospital agora..por favor!
Eu sai do quarto, ele já foi respirando fundo, passou a mão no cabelo desceu atrás eu voltei a pegar minha bolsa olhei minha mãe- Tchau mãe!
Ela olhou o Vitor descer, eu esperei na porta com olhar impaciente , vi a Renata que ia descer com os pequenos, ele ouviu os dois se virou, parou ela se aproximou ele deu um beijo em cada- Acordaram já?
A Fê foi querendo ele, ele me olhou- Já viu eles hoje!
Eu acabei me aproximando, queria ter todo o tempo do mundo para eles, mais naquele minuto não tinha, eu dei um beijo nos dois, olhei o Vitor- por favor!
- Ainda da tempo de dar a mamadeira deles antes de ir hun?
- A Renata pode dar!
Ele fingiu que não ouviu, o Pedro quis meu colo eu o olhei- A mamãe já vai sair meu amor!
Eu segurou minha blusa eu o olhei- Vitor, eles vão começar a chorar vamos!
Eu dei um beijo no Pedro tirando a mãozinha dele da minha blusa, ele entregou a Fê falando sério- Vamos!
Eu fui indo em direção a porta minha mãe só ficou olhando, acabei saindo antes já o esperando lá fora, ele deu tchau a todos indo em seguida, já entrei no nosso carro que meu pai havia trazido no dia anterior, ele veio em seguida colocou seu cinto, abriu o portão seguindo o caminho calado, percebendo que eu não ia falar ele disse baixo- Eu acredito que agora é o momento que mais precisamos um do outro e esse tipo de atitude , agressividade não vai ajudar em nada!
Eu fiz que sim com a cabeça - Eu só quero que entenda como eu estou me sentindo Vih...
Ele virou o rosto- Olha pra mim..acha mesmo que não entendo? que não me sinto angustiado, queria tanto quanto você estar com ela em casa, mais ela não esta...a gente esta fazendo o que pode por ela..
- Eu não estou fazendo o que eu posso!
- Esta sim!
Eu balancei a cabeça negativamente ficando calada ele respirou fundo- Tudo bem., eu só não quero mais ouvir da sua boca que eu não me importo, ela é minha filha..minha bebe também, e dói..me angustia tanto quanto você..se eu pudesse estaria lá no lugar dela, daria minha vida por ela! Mais não me repete o que falou de manhã!
- Desculpa..eu estava irritada!
- Eu sei, então esse tipo de briga para por aqui certo!
Eu fiz que sim, ele fez carinho no meu joelho, só queria evitar conflitos, eu passei a mão sobre a sua acabamos indo calados os restante do caminho, quando chegamos fomos direto a área da maternidade, como estava tudo tranquilo nos deixaram já ver ela, não tinha preço ficar pertinho assim dela, logo comecei a  amamentar, ela mamou um pouco mais do que andava mamando, para os outros não podia parecer nada mais para nos duas era muito, o Vitor acabou ficando até eu terminar de amamentar pois a enfermeira disse que teriamos que tirar o leite e seria em outra sala que ele não poderia acompanhar, eu tive que deixar a pequena e a acompanhar, ele ficou do lado de fora a olhando logo a Dra. Livia se aproximou- Ela é linda mesmo..não tem como não babar!
Ele deu um sorriso, ela continuou- Ela esta indo muito bem sabia, se continuar assim vai ter lata antes do previsto!
- Não imagina o quanto é bom ouvir isso!
- Sim, sei o quanto é difícil o que estão passando agora, mais quando tiverem ela perto vão esquecer tudo!
- È o que mais espero!
Ela consentiu-  É a primeira filha?
Ele deu um sorriso bobo- A terceira..
Ela olhou surpresa- Mais são tão novos!
- È...primeiro tivemos um casal de gêmeos, estão com 10 meses, e a Mari..veio logo em seguida de surpresa..a melhor surpresa!
Ela sorriu- Que familia bonita! Mais isso é ótimo para vocês, para ela..ter que dividir a atenção cuidando dos outros filhos essa angustia de ter a Mariana longe diminui um pouco!
Ele arqueou as sobrancelhas- Pode ser..mais esta sendo dificil...
- Disso não tenho duvida...mais certas dificuldades nos fazem ficar mais fortes, já cuidei de tantos bebes, alguns até que não vi a mínima chance de sobreviver, e hoje estão ai fortes, bonitos, crescendo, então podem acreditar fielmente quando digo que o risco que ela corre é praticamente zero, manter ela aqui é muito mais uma precaução do que necessidade!
Ele consentiu ela continuou- Então três crianças..vão ter trabalho hein?
Ele riu- Já temos com dois..e se essa for tão pimentinha o quanto era na barriga..
- Geralmente são viu!
Ele acabou sorrindo, ela também, eu estava saindo da sala olhei os dois ela me olhou- Então mamãe matou um pouco da saudade!
Eu fiz que sim séria, ela sorriu- Que bom! Vou lá examinar ela então para poderem ficar mais com ela!
Eu consenti, ela se afastou pedindo licença e entrando, eu olhei o Vitor- O que estavam conversando?
Ele me abraçou me virando para o Vidro apoiando seu rosto no meu ombro- Ela só estava me falando como a nossa princesa esta bem, perguntou se era nossa primeira filha..essas coisas..
Eu fiquei a olhando examinar ela- E tantos sorrisos para isso..
Ele acabou dando um sorriso beijou de leve meu pescoço- Para de ser boba hun?
Eu fiquei calada ele disse baixo- Fez o que precisava fazer!
- Sim, ela mama pouquinho e a noite toda acumulou meu seio acaba ficando tão cheio, chegou até doer!
- E o que ela disse?
- Que eu posso tirar em casa!
- Bom, pelo menos os aparelhos você já tem né!
Eu fiz que sim, ele deu mais um beijo no meu rosto- Temos um tempinho... até ela mamar novamente, vamos na lanchonete, quero tomar um café e a senhora tem que comer algo!
Eu fiquei a olhando- Prefiro ficar aqui!
Ele foi me puxando- Foi uma ordem não um pedido amor!
Eu o olhei fomos saindo- Não adianta me olhar assim, precisa comer..sabe disso..não é criança!
Eu só deixei aquele avental de lado, ele deixou o dele também, saimos daquela área indo a lanchonete, nos sentamos o Vitor pediu um suco e um sanduiche para mim, e um café para ele, acabei sentindo fome e comendo, ele só olhou- Logo que começou a amamentar os pequenos tinha tanta fome, achei estranho não ter agora!
- São situações diferentes né Vih!
- Sim, mais as duas exigem que se cuide!
Eu fiquei o olhando- Posso te fazer uma pergunta?
- Hunnnn...todas!
- Você vai viajar na quinta Vih?
- Acha que eu vou te deixar aqui assim? hun?
Eu o olhe dizendo baixo- Eu preciso tanto de você aqui!
Ele pegou minhas mãos, se inclinou dando varios beijos- E daqui eu não vou sair!
Eu fiz que sim ele deu mais um beijo me olhando, logo se levantou pagando tudo, voltamos para a área da UTI como não podiamos ficar ali com ela fomos a uma sala de espera ao lado, abaixei o rosto pensativa, ele tirou a franja do meu olho- O que se passa nessa cabeçinha?
Eu balancei a cabeça- Nada!
Acabamos ficando em silencio, eu olhei outros casais conversando, outras mães na mesma situação, nunca havia passado pela minha cabeça que um dia isso aconteceria, quando deu o horário fui amamentar a Mari pude ficar um bom tempo com ela, quando tivemos que sair eu tirei mais um tanto de leite e logo partimos para casa, parecia que a cada dia era mais difícil ir e ficava mais arrasada me sentia menos mãe por ter que deixar ela lá, já havia passado a hora do almoço o Vitor quis parar mais eu preferi ir logo para casa, quando chegamos fui descendo do carro...