Eu fui tentando lhe dar a mamadeira, mas logo ele recusou, tentei mais uma vez, mas logo ele começou a chorar, já fui deixando de lado e o aconchegando no meu colo, fazendo carinho nas suas costas, tentando lhe acalmar...
Pode dar a mamadeira para ela e descer, eu fico com ele, aposto que é a garganta ou o ouvido, o tempo mudou do nada, ontem estava abafado e hoje já está mais friozinho, crianças num aguentam essas mudanças não...
Pode ser isso mesmo, mas como vai fazer com a Mariana ela ainda não mamou...
Não, mas vai demorar um pouco ainda, vou ficar com ele e depois eu vou dá de mamar para ele e você dar o banho por mim, pode ser?
Claro! Então vou desce, depois que ela termina eu volto.
Eu consentir, ela acabou descendo com a pequena, eu me levantei saindo com ele dali indo ao meu quarto, já o ajeitei na minha cama junto de mim, ele estava abatidinho, enjoado, só fiquei lhe olhando, fazendo carinho, ele foi fechando os olhinhos devagar, ele estava um pouquinho mais quente que o normal.
Ele estava cochilando quando ouvir o choro da Mariana, lhe olhei, fui me levantando com cuidado, ajeitei os travesseiros ao lado para ele não cair, deixei o quarto devagar, já indo pegar a pequena, me aproximei do berço lhe pegando lhe acalentando, assim que parou de chorar me sentei com ele na poltrona lhe ajeitando no meu seio para amamentar, fiquei um bom tempo ali, logo que terminou lhe levei ao trocador, estava começando a desabotoar, quando escutei o choro do Pedro, não demorou muito para a Renata subir, ela me olhou, pode deixar eu dou o banho nela, a Fernando está brincando na sala, a D.Joana está de olho, assim que eu terminar aqui, desço com ela a deixando no carrinho e fico com a Fê.
Faz isso?
Sim, me dar ela.
Obrigada Renata você é um anjo.
Imagina!
Eu já lhe entreguei a Fê, voltando para o meu quarto, o Pedro estava sentado, coçando os olhos e com um choro, como se tivesse aflito, eu lhe peguei no colo, oh meu amor, meu amor, será que agora você a mamadeira hein?
Vamos lá buscar...
Eu me levantei com ele indo ao seu quarto pegando a mamadeira, o termômetro e alguns brinquedos, eu voltei com ele o colocando na minha cama junto com seus brinquedos, deixei o termômetro de lado, lhe mostrei a mamadeira só um pouquinho hum...
Eu fui lhe pegar ele já começou a chorar virando o rosto, não faz assim Pedro!
Eu acabei deixando a mamadeira de lado, lhe pegando está bom, está bom, pronto não vai tomar mais...
Ele estava mais quentinho, peguei o termômetro já medindo sua temperatura, enquanto esperava, encostei seu rostinho ao meu lhe dando um beijinho carinhoso, vai ficar tudo bem meu amor....
Assim que tirei olhei, estava com 38, apesar de ter remédios em casa não sabia ao certo o que ele tinha era melhor levar ao hospital, olhei as horas, era bem provável que o Vitor tivesse saido de carro, olhei em volta e agora? Ligo para o papai ou vamos de táxi?
Eu fui lhe ajeitando na cama, mesmo ele chorando, precisava me arrumar, pegar sua roupa, seguia ao meu closet separando minha roupa e me trocando, peguei minha bolsa olhando se estava tudo ali documentos e a carteirinha do hospital, assim que terminei já fui no seu quarto pegando roupinha, sapatos e a fraldas, voltei me sentando e lhe arrumando, ele me olhou com aquela carinho triste estendendo os braços, eu lhe peguei dando um beijinho na sua testa a febre parecia que estava aumentando, eu peguei meu celular sobre o criado mudo discando o número do escritório, parecia está ocupado, desistir, ligando no seu celular que apenas chamava, tentei mais uma vez...
Ele havia acabado de sair da sua sala junto com o Leo e o Marcelo indo tomar um café, logo ali em frente, pois nem tão cedo iriam almoçar, a Paula acabou ficando ali pelo escritório fazendo algumas ligações, olhou a mesa do Vitor viu seu telefone tocando, quando ia pegar ele parou, logo eu liguei novamente, ela desligou o telefone pegando seu celular olhando no visor quem era, acabou dando um sorriso e sem pensar muito já foi atendendo...
Vitor?
Olá querida!
Quem está falando?
Não reconheceu a voz é a Paula, mas antes que pense bobagem a meu respeito posso explicar...
Eu respirei fundo, era o que me faltava, eu só ouvir ela soltar um riso, eu já disse sem paciência, não perca seu tempo me explicando nada, porque nada que venha de você pode prestar...
Nossa, que critica! Mas eu só queria dizer que seu marido deu uma saída com o Leo e o Marcelo para tomar um café e...
Eu acabei respirando fundo, eu com meu filho doente não ia ficar perdendo meu tempo com aquela mulher, acabei desligando antes que ela completasse a frase, ela sabia me tirar do sério, e ele pelo visto adorava isso.
Eu só joguei o telefone de lado, pedindo paciência para suportar tudo isso, peguei o celular novamente ligando para a companhia de táxi, assim que desliguei já fui pegando o Pedro e a minha bolsa já descendo com ele.
Assim que a Paula ouviu o telefone mudo riu, o fechando e colocando de volta no mesmo lugar e voltando para o que estava fazendo antes.
A D.Joana me olhou ele está bem?
Eu disse em um tom ríspido e sério não.
Ela ia pergunta mais, mas logo desistiu me vendo nervosa, eu suspirei me aproximando dela, desculpa, desculpa eu, eu estou nervosa e pior que ainda tem pessoas que ficam me tirando do sério.
Ela ficou sem entende, disse baixo me desculpa se fui inconveniente.
A senhora nunca é inconveniente D.Joana, só está me ajudando eu e quem peço desculpas, estou nervosa e ainda mais meu pequeno assim, desculpa mesmo.... Eu, eu vou para o hospital com ele, ele está com febre, não está comendo, tenho medo de dá algum remédio em casa e só piorar.
Avisou o Sr Vitor?
Ele deve está ocupado demais, deixa ele, eu me viro...
Não demorou muito para o interfone tocar, ela atendeu, desligou logo dizendo é o táxi.
Obrigada!
A Renata estava descendo as escadas eu lhe olhei, eu vou com ele no hospital, mas qualquer, qualquer coisa me liguem, eu já dei de mamar para ela, mas sabe onde tem leite se caso eu demorar e...
Ela me olhou dizendo pode ir com calma, eu e a D.Joana damos conta de tudo!
Obrigada e mais uma vez desculpa D.Joana.
Imagina querida, lhe entendo perfeitamente, agora e melhor ir...
Eu consentir, ela abriu a porta, eu já fui em direção ao jardim abrindo o portão, fechei, entrei no táxi dando o endereço, ele já deu partida seguindo para o hospital...
Eu olhei o pequeno no meu colo fiz carinho na sua mão, não vai ser nada grave não meu amor...
Assim que chegamos ao hospital, eu já peguei minha carteira na bolsa tirando o dinheiro e pagando a corrida, agradeci, descendo e já seguindo a recepção do hospital.
Assim que entrei já fui fazendo a ficha, ela pediu que eu aguardasse, que logo seria atendida, eu consentir me sentando na sala de espera, não demorou muito para que o Pedro começasse a chorar, eu me levantei tentando lhe acalmar, andando de um lado para o outro, acabei deixando meus pensamentos ir longe, eu estava ali sozinha, se não fosse a Renata e a D.Joana como seria? Eu sairia com os três correndo? Se com o Vitor por perto já era assim, longe só seria pior e ele ainda vinha com aquela idéia maluca de querer outro, outro filho...
Eu acabei passando a mão nos cabelos sentindo um aperto dentro de mim, pensando no meu pequeno daquele jeito, aquela mulher entrando na nossa vida de novo, eu estava tão longe, que acabei nem ouvindo chamarem o nome do pequeno...
Só sentir um moça me tocando, lhe olhei era a que havia me atendido na recepção, oi... oi desculpa!
A Dra está aguardando!
Ah obrigada!
Eu já fui em direção a sua sala pedindo licença e entrando.
Ela estendeu sua mão, me cumprimentando, fechou a porta, dando a volta se sentando e então mamãe o que aconteceu com esse pequenininho?
Ele acordou hoje enjoadinho, não quis comer nada, está com febre, quando eu sair de casa estava com 38, acho que agora aumentou, ele está mais quente e assim não parar de chorar.
Fora isso mais alguma coisa que você tenha notado?
Não, não.
Ok! Então vamos examinar ele, pode tirar a roupinha e colocar ele ali por favor...
Ela apontou para a maca ao lado, eu já me levantei fazendo o que ela havia pedido, ela continuo escrevendo algumas coisas no prontuário, se levantou pegando seus aparelhos, ele tem alergia a algo? Toma algum remédio?
Não, não toma nada e que eu saiba também não é alérgico.
Ótimo, então vamos ver o que esse rapazinho tem...
Ela já começou lhe examinar, olhando os ouvidos, medindo a febre, olhando a boquinha dele, verificando seu peito e tudo mais, eu fiquei ali ao lado olhando apreensiva...
Assim que ela terminou, eu lhe olhei e então? Alguma coisa grave?
Ele está com uma infecção na garganta e isso explicar o porque ele não está se alimentando e com esse febre, deu uma subidinha, você falou que estava 38, agora ele está com 38/5.
Mas ele estava ótimo, foi de repente.
É assim mesmo, as crianças são as que mais sofrem com essa mudança de tempo repentina, eu vou passar pedir para darem um medicamento para ele aqui mesmo e aguardar alguns minutinhos, só quero liberar ele quando essa febre baixar um pouquinho e vou receitar alguns medicamentos e descrever a forma que você tem que dá qualquer dúvida me pergunta, tudo bem?
Tudo!
Ela se sentou já prescrevendo os medicamento e já escrevendo mais algumas coisas no seu prontuário.
Eu já fui lhe vestindo e o pegando no colo, lhe acalmando, ela pegou a receita me mostrando, eu peguei já lendo estava tudo bem explicado, ela se levantou, vamos eu vou te acompanhar até a enfermaria.
Os meninos já havia retornado ao escritório, o Vitor olhou seu celular sobre a mesa, nossa que cabeça nem lembrava que tinha deixado aqui, ele pegou não havia nenhuma ligação, olhou as horas, estava quase na hora do almoço, se sentou, a Paula lhe olhou desconfiada.
Os demais já foram se acomodando, ele acabou se sentando a sua mesa, pegando o telefone e discando o número de casa.
A D.Joana ouviu o telefone, já foi a sala, atendendo.
D.Joana?
Oi Sr. Vitor, tudo bem?
Aqui tudo, estou ligando para avisar que não vou almoçar e...
Ela ficou calada, não sabia se dizia ou não.
Ele notando já perguntou mais preocupado está tudo bem? Os pequenos? Cadê a...
Ela lhe interrompeu, eu não queria preocupar, mas como o senhor ligou, acho melhor lhe avisar logo, ela foi para o hospital com o Pedro que não acordou bem.
Ele disse alto chamando a atenção da sala hospital? Que horas foi isso?
Faz uma meia hora.
Que droga, eu, eu vou agora mesmo, só não entendo porque ela não me ligou.
Ela saiu daqui bem nervosa.
Tá D.Joana, obrigado por avisar, eu, eu vou agora mesmo lá.
Ele desligou o telefone, o Leo se levantou o que aconteceu cara?
O Pedro foi para o hospital!
É o que ele tem?
Não, não sei, estou indo para lá agora, desculpa, mas não vai dá para ficar aqui e...
Ele se levantou rápido, a Paula e o Marcelo se entre olharam sem saber o que dizer, ele já deu a volta se afastando da mesa, o Leo segurou seu ombro, calma cara, calma, não é melhor ligar? Faz tempo que eles foram para o hospital?
Ela já pode ter ido embora, melhor ligar antes...
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