Léo balançou a cabeça- Ela vai ficar bem, em BH ela também trabalhava tinhas os plantões, aqui não vai ser diferente Vitor, e você acha mesmo que se tivesse dinheiro o suficiente para os dois ela ia aceitar ficar em casa?
Ele levantou os ombros- Porque não?
O Léo deu uma risada balançando a cabeça, o Vitor continuou- Além de tudo só você acha que isso ta realmente dando certo, testamos ganhando mais, sim, com certeza, mais o Marcelo ta mudando tudo..aos poucos..e isso já ta começando a me incomodar!
Léo deu um suspiro- Eu sei..eu sei..mais ele muda de acordo com o que acha que vai ficar bom!
O Vitor o olhou sério- Mais nosso estilo..é nosso estilo Léo..isso ninguém pode mudar!
Ele ficou calado, o Vitor se virou pensando, assim que chegaram desceram já indo montar tudo e logo em seguida já começaram o show.
Eu fui apresentada a todos que iria trabalhar, e para minha surpresa era a única mulher plantonista na área da cardiologia , todos forma muito simpáticos comigo, foram me explicando como era, que as vezes era um tanto corrido pelo numero de emergências mais que eu iria me acostumar, assim que terminou toda aquela apresentação seguimos cada um a sua sala, entrei olhando em volta era tudo bem arrumado e um tanto impessoal, ia me aproximando da minha mesa quando ouço meu bip, peguei já olhando.emergência já!
Segui a o pronto socorro o mais rápido que pude, pois me perdi um pouco indo logo atender, e por ali fiquei o resto da noite, já que não parava de chegar acidentes e entre outros.
Os meninos saíram do show indo direto para casa, o Léo o olhou- Foi esvaziando no meio né?
Vitor levantou os ombros- Claro, pra que ir num bar ouvir o que da pra se ter só ligando o radio?
Léo suspirou- A gente colocou o que o Marcelo pediu né..
Ele o olhou- È ..milhares de musicas..e duas composições nossas..ótima divulgação essa!
O Léo se calou, foram assim o resto do caminho, assim que chegaram subiram, se despediram no corredor, o Vitor entrou já deixando suas coisas na sala, foi direto ao quarto se livrando daquela roupa, entrou no banheiro só jogando uma água no corpo, voltou se secando abriu o armário só vestindo o short do pijama e se jogando na cama, ficou ali pensativo,logo se incomodou, se levantou indo até o outro quarto pegou seu caderno, voltou a sala pegando o violão voltando ao seu quarto, o tirou da capa, e ficou ali tentando se distrair com algo útil.
A noite foi se passando eu numa correria sem fim, o Vitor acabou ficando com sono, colocou as coisas de lado pensando, queria me esperar acordado mais não ia conseguir, colocou o relógio para despertar perto da hora que eu chegasse dando um cochilo em seguida.
Assim que amanheceu eu estava me preparando para sair do meu plantão quando chegou uma emergência, como não havia mais ninguém fui atender, foi um caso demorado, uma parada cardíaca que resultou em um acidente de carro, e naquele momento me senti mais consumida por aquilo do que por toda a noite que passei.
O Vitor já havia acordado a um tempo com o despertador, preparou um café para eu comer algo quando chegasse, estava na sala sentando me esperando a todo tempo olhava a porta, a horas se passavam e nada, já estava mais do que aflito.
Assim que o médico da manhã chegou e estava tudo estabilizado, passei meu turno, sai indo para casa acabada, em todos os dias que havia feito meus plantões em BH nenhum foi dessa maneira, pensei em passar em algum lugar, comprar pão ou coisa assim mais meu pensamento estava tão lento que acabei desistindo. Assim que cheguei só tranquei o carro subindo, me encostei na parede do elevador fechando os olhos, me senti leve como se tivesse saído de mim por alguns segundos, quando a porta se abriu , passei a mão no rosto rindo, sai pegando minha chave do bolso e entrando em casa, o Vitor assim que ouviu o barulho se levantou do sofá indo em direção a porta, eu abri só levantando o rosto já o vi me olhando sério- Poxa, onde você tava?..como..como..
Eu dei um sorriso encostando a porta- Calma...no hospital amor aonde mais!
Ele balançou a cabeça passou a mão pelo cabelo- Passou horas do horário que deveria chegar, eu já pensando..
Eu o interrompi me aproximando- pensando besteira com certeza!
Ele deu um suspiro, lhe dei um beijo no canto dos lábios, ele encostou seu rosto ao meu- E tinha como não pensar..fiquei preocupado, queria te esperar e você não chegava!
Eu afastei meu rosto o olhando, segurei o seu lhe dando um beijo rápido- Chegou uma emergência agora de manhã, e só tinha eu lá..tinha que atender amor, foi complicado por isso demorei tanto..mais eu to bem..não ta vendo?
Ele balançou a cabeça positivamente, eu olhei de lado vendo a mesa - nossa..esse café é pra mim é?
- È achei que ia chegar com fome né!
Eu sorri- Acertou em cheio então!
Fui deixando minha bolsa na cadeira, me aproximando da mesa, pegando um pedaço de bolo, ele ficou me olhando- E como foi?
Eu respirei fundo fazendo uma expressão de cansada – ótimo e corrido
Ele consentiu, puxei uma cadeira, o olhei- Não vai me acompanhar?
Ele se aproximou mais puxou a cadeira ao meu lado , se sentando, eu me encostei contando tudo, ou melhor..quase tudo , ele saber sobre meu grupo não era algo importante, não no momento, ele foi me servindo e conversando até ele esquecer aquela preocupação, quando estávamos terminando o olhei- Sabe o que pensei hoje amor?
Ele me olhou – O que?
- Que já que comecei, no hospital e parece que tudo vai indo bem, nós podíamos pensar na tal Festa da Paula!
Ele riu- Ihhh...vai me lembrar disso dinovo!
Eu sorri- È até o aniversario dela eu vou ter recebido já, e vamos estar bem tranqüilos, o que acha?
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