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...Que quando a gente se entrega por

inteiro é amor, o gosto de um beijo fica

pra sempre quando é amor..."

17 de novembro de 2009

Eu chorava tanto que já estava me sentindo sem ar, já não conseguia respirar, o Vitor assim que chegou a cachoeira passou as mãos nos cabelos levantando o rosto só pensando- Porque meu deus..porque!

Ele se sentou em umas das pedras deixando todas suas lagrimas implorando para que aquela dor que ele estavas sentindo saísse. A D.Marisa e Léo assim que entraram ela o olhou preocupada dizendo- Leonardo o que ta acontecendo?

Ele deu um suspiro virando o rosto e tentando desviar o olhar, ela continuou- E não adianta me dizer que não sabe! Pode falar agora..

Ele levantou o olhar dizendo- Mãe, a senhora tem que conversar isso com o Vitor, não comigo!

Ela deu um suspiro se virando com certo nervosismo, se sentou no sofá calada sem dizer nada, o Léo passou por ela indo até a cozinha pegando uma pá para recolher tudo, ele subiu, ela continuou ali sentada pensativa e preocupada.

Minha mãe totalmente sem reação e quase entrando em desespero segurou meu rosto forte me olhando e dizendo- Fila, o que aconteceu, fala pra mim fala!

Eu abri meus olhos e não via mais nada na minha frente, era como se meu mundo houvesse desabado, eu tentei pronunciar algo mais aquela dor era tão forte eu só conseguia chorar cada vez mais, ela deu um suspiro tentando me levantar e me levar até o sofá, eu estava tremula e sem forças pra nada, ela me sentou ali se sentando ao meu lado, eu apenas deitei em seu colo dizendo repetidas vezes- Dois demais mãe..demais..demais..

Ela passou as mãos em meus cabelos já com sua preocupação ao ápice, deixou uma lagrima cair por me ver naquele estado se saber o que fazer. O Vitor apenas sentia que a partir daquele momento sua vida, seus sonhos tudo havia acabado era como se ele tivesse jogado sua felicidade no lixo.

Passamos a tarde toda entre os nossos choros, aos poucos minha mãe foi me acalmando eu fui me sentindo anestesiada com tudo aquilo, sem reação sem nada, minha mãe tentava me perguntar o que havia acontecido mais eu apenas estava com o olhar longe repassando cada palavra que eu havia acabado de ouvir no meu pensamento.

Já anoitecendo o Vitor sentindo seus olhos inchados e ardendo, passou sua mão pelo rosto o secando mais uma vez, se levantou saindo daquele lugar, eram todas lembranças, cada parte daquela cidade lhe lembrava algo, algo que havíamos vivido juntos, ele saiu andando pela cidade, olhando tudo e a todos com os pensamentos confusos, acabou parando no mesmo restaurante que havíamos passado o ano novo, entrou se sentando na mesma mesa, lembrando dos carinhos e a ultima risada que teve a felicidade de ter, logo o garçom chegou lhe entregando o cardápio, ele apenas o olhou- Um vinho, por favor!

O garçom olhou seu rosto vermelho com algumas lagrimas ainda caindo e disse- Tem certeza senhor?

Ele deu um sorriso sinico- Olha pra mim cara, traz isso logo!

Ele saiu indo pegar o que havia pedido, assim que ele trouxe o serviu, na primeira taça o o Vitor virou de uma vez só como se isso fosse aliviar algo.

Eu continuava ali, logo meu pai abriu a porta já chamando por minha mãe, ela virou o rosto, ela a viu no sofá com mais algumas lagrimas caindo, se aproximou já preocupado, me viu deitada em seu colo, se aproximou se abaixando e fazendo carinho no meu braço, notou que na realidade eu não estava em mim, olhou para minha mãe preocupado- O que aconteceu Fátima!

Ela com uma voz embargada disse- Não..não sei, ela chegou chorando, chorou a tarde inteira e agora ta assim!

Ele ficou me olhando fazendo carinho nos meus cabelos, olhou para minha mãe dizendo- Espero que não seja o que estou pensando, espero!

A noite foi se estendendo, meus pais ali junto comigo, o Vitor já havia tomado a garrafa de vinho sozinho, se sentia um pouco tonto mais era como se parte da dor naquele momento havia ido, ficou ali com o olhar longe, logo olhou em volta, os garçons levantando as cadeiras, o que estava lhe servindo perguntou se ele queria algo, ele apenas se levantou colocando o dinheiro sobre a mesa e saindo, foi em direção a sua casa falando sozinho- Seu burro, vai ser infeliz o resto da vida agora..burro!

Os poucos que passavam o olhavam sem entender, durante aquele tempo que fiquei com meus pais acabei fechando meus olhos e adormecendo, meu pai me pegou me levando a cama, minha mãe me cobriu, assim que saíram do quarto minha mãe o olhou- Eu nunca vi ela assim Antonio!

Ele deu um suspiro a abraçando- Calma, amanhã ela vai contar o que aconteceu, calma!

Vitor foi se aproximando da sua casa, parou em frente ao portão, se virou olahndo para a minha...

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