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...Que quando a gente se entrega por

inteiro é amor, o gosto de um beijo fica

pra sempre quando é amor..."

17 de novembro de 2009

Os dias iam passando, meus pais e a D.Marisa estavam cada dia mais animados, tensos com os preparativos, mas também felizes...
Eu deveria está afinal era o meu casamento que estava se aproximando, mas tudo que eu conseguia sentir naquele momento era medo, sim medo do que podia acontecer, o Vitor já não era mais o mesmo, assim como ele andava nervoso com os preparativos, eu também estava, mas não merecia ser tratada daquela forma, como ele vinha me tratando...
Depois de um tempo ali na sala, pensando na vida, me levantei passando pela cozinha, a D.Marisa me olhou sorrindo e disse vai me dizer que não está nem um pouquinho curiosa de saber o que estamos aprontando aqui não?
Eu a olhei dando um sorriso sem graça e disse eu quero sim, quero mas depois, eu tô com um pouco de dor de cabeça, vou tomar um remédio, deitar um pouco, e quando eu melhorar eu volto aqui para saber tudo... Ela me olhou dizendo essas dores de cabeça nesse momento são normais né Fatima?
Isso aí e só preocupações, mas pode ficar calma meu anjo vai dar tudo certo!
Eu a olhei dando um sorriso e disse é tudo que eu desejo, tudo...
Eu subir indo direto ao meu quarto me sentei em minha poltrona, fixando meu olhar a janela do Vitor, estava perdida em meus pensamentos, não havia mais como negar, ele estava estranho, mas porque tudo isso estava me acontecendo agora? Porque mais essa provação? Será que seu amor por mim havia acabado? Será que havia batido um o arrependimento de tudo?
Eu suspirei, já não sabia mais o que pensar, estava perdida dentro de mim mesma, mas aquela dor, aquele medo, aquela insegurança teimavam em bater em meu peito cada vez mais forte, me deixei ficar ali jogada com meus pensamentos...
Minha mãe e a D.Marisa conversavam empolgadas sobre as encomedas de doces, salgados, decoração, roupas e mais mil é um detalhes, depois de uma tarde animada de papo, minha mãe deu um suspiro dizendo Marisa eu tô preocupada...
Ela lhe olhou dizendo com o que? Os preparativos vão indo tão bem, porque esse medo?
Ela suspiro novamente dizendo não sei se você percebeu, mas os dois andam estranhos, tudo bem que eu entendo que eles possam está nervosos, mas eu tô sentindo uma certa distancia, principalmente em respeito ao Vitor, tenho visto ele poucas vezes aqui atrás dela, como mãe eu posso dizer que eu estou com um pressentimento nada agradavel, mas espero que seja só uma bobagem minha, mas se você puder conversar com ele, tentar saber se está acontecendo algo eu vou ficar agradecida, você faz isso por mim amiga?
A D.Marisa deu um suspiro segurando sua mão e disse claro, eu converso com ele, mas acredito que não seja nada e apenas a ansiedade, e o nervoso com a aproximação do casamento, afinal esse é um passo tão especial, e normal eles ficarem assim...
Minha mãe consentiu com a cabeça, a D.Marisa se despediu indo para a casa...
Minha mãe subiu indo em seu quarto, parou olhando a minha porta entre aberta se aproximou me olhando, se encostou na porta apenas me observando, deu um suspiro se retirando e indo para o seu quarto, ela não podia negar que estava preocupada com aquele silencio, aqueles olhares perdidos...
Mas mesmo assim ela precisa continuar dando conta de todos os preparativos...
Eu continuava ali na mesma posição, notei o Vitor se aproximando da sua janela e se sentando com seu violão dedilhando, fixei meu olhar lhe olhando e deixando algumas lágrimas cair, ele continuo assim por longo tempo, parecia que estava escrevendo algo em seu caderno, ele se mostrava pensativo, não conseguindo mais escrever nada, ele virou seu rosto olhando a minha janela, ele me notou ali, deu um suspiro longo deixando falar consigo apenas a frase me perdoa meu amor, me perdoa...
Eu continuava lhe olhar, minhas lágrimas teimaram em cair, me levantei rápido me deixando me jogar em minha cama, porque eu estava sentindo aquilo? Porque? Eu já não estava mais aguentando aquela situação, peguei o porta-retrato sobre o criado-mudo fiquei lhe olhando, passei a mão sobre a foto e perguntando entre as minhas lágrimas porque você está fazendo isso comigo meu anjo? Porque meu lindo anjo!
Ele deixou algumas lágrimas cairem também, deu um suspiro procurando criar coragem para algo, se levantou colocando seu caderno e seu violão sobre a cama, separou uma roupa indo tomar seu banho...
Eu me levantei, me sentei na cama pensando chega, eu não posso mais ficar aqui, me levantei fui até o banheiro, lavei meu rosto o secando em seguida e desci...
Minha mãe estava na sala me olhou dizendo vai a onde? Eu a olhei dizendo decidir minha vida, minha vida... Ela ficou me olhando sem entende muito...
Eu sair fechando a porta, atravessei a rua, indo em direção a sua casa, o chamei, mas a Paula foi quem abriu a porta, eu a olhei dizendo o Vih, está aí Paulinha?
Ela sorriu saindo da frente e disse entra ele está lá em cima...
Eu sorrir lhe dei um beijo entrei, me aproximei da D.Marisa que estava na cozinha e disse será que posso conversar com o Vitor?
Ela sorriu dizendo claro, ele está lá no quarto, já sabe o caminho né?
Eu sorrir balançando a cabeça positivamente, fui em direção as escadas e indo em direção ao seu quarto, a porta estava entre aberta, a abrir lentamente, mas ele não estava, fui entrando, olhando tudo ao redor, me aproximei da sua cama, olhando o porta-retrato ao lado, me sentei em sua cama, fiquei olhando seu violão, passei meus dedos lentamente sobre as cordas, naquele momento sentir um filme passar sobre a minha cabeça, olhei seu caderno, o peguei havia varias frases soltas, músicas já prontas, parei sobre a página que onde estava marcada com a sua caneta, havia algumas pequenas frases soltas falava sobre a fada, lua, luz, estrela, mas nada em sua ordem, apenas um trexo pronto escrito “Madrugada de amor que não vai acabar se estou sonhando não quero mais acordar minha história linda meu conto de amor...” Eu já havia ouvido aquilo mais onde? Onde eu havia ouvido aquilo... Suspirei procurando pensar onde havia ouvido aquilo, claro, claro, deixei minhas lágrimas cairem me lembrando, ele havia cantando, pronunciado não sei como, mas aquelas mesmas palavras a anos atrás na nossa primeira vez, sim havia sido naquilo dia...
Eu estava tão entretida lendo aquelas palavras e me lembrando dos nossos momentos que nem o vir se aproximar de mim, apenas sentir ele tirando o caderno das minhas mãos dizendo você saber que não gosto que mexa no meu caderno, eu levantei meu rosto lhe olhando, ele se virou indo guardar o caderno na comoda, eu passei a mão em meu rosto secando as minhas lágrimas...
Abaixei meu rosto olhando apenas para o chão, ele foi se arrumando como se eu não estivesse ali, depois de pronto, ele se sentou em sua poltrona, folheando um livro, eu levantei meu rosto lhe olhando, ele me olhou logo desviando seu olhar, eu suspirei criando coragem, me aproximei se abaixando em sua frente e apoiando minhas mãos em seu joelho, eu abaixei o livro que lhe cobriam seu rosto, retirei da sua mão o fechando e colocando sobre a sua escrivaninha...
Ele me olhou sério, eu fiz carinho em seu rosto dizendo Vih porque você está fazendo isso comigo?
O que eu te fiz? Pode falar meu amor, fala...
Eu não aguento mais te ver assim, eu não aguento mais sentir essa distancia, essa sua frieza, o que eu te fiz? Fala porque eu não sei...
Você está nervoso com o nosso casamento é isso? Eu também estou meu amor, eu também estou, mas não e me afastando de você que vai conseguir se acalmar agora mais que nunca temos que ficar juntos...
Não faz assim comigo Vih, não me olha desse jeito, eu me aproximei indo em direção aos seus lábios, ele virou o rosto, eu respirei fundo lhe olhando, me levantei me sentando novamente na cama, esperei ele falar algo, mas ele continuo calado, eu passei a mão sobre os meu cabelos respirando mais fundo, ele pegou seu livro novamente o abrindo, eu balancei minha cabeça negativamente, me levantei indo em direção a porta, a fechei a trancando, me virei dizendo chega, chega agora quem cansou fui eu, eu estou tentando conversar com você, mas não e dialogo que você quer né...
Só que eu não vou mais fazer papel de idiota de ficar aqui de braços cruzados sem saber o que está acontecendo, se você não me falar eu não tenho como saber, e nem tenho bola de cristal para isso, eu me aproximei retirando o livro de suas mãos só que dessa vez o jogando sobre a cama e disse vai Vitor fala, o que eu te fiz para você está me tratando dessa maneira? Porque eu não sei...
Ele se levantou me olhando sério e disse você quer mesmo saber? Você quer mesmo a verdade?
Eu lhe olhei dizendo quero, pois eu não mereço está sendo tratada como eu sou, não mereço Vitor...
Ele suspiro dizendo eu não quero mais... Eu lhe olhei dizendo como? O que você não quer mais...
Ele me olhou nervoso, passou ao meu lado se aproximando a porta e disse e isso que você ouviu eu não quero mais, eu me virei lhe olhando, ele continuo dizendo eu me arrependi de ter marcado a data do casamento, eu não me sinto preparado para assumir essa responsábilidade e quero terminar tudo é agora...
Eu balancei minha cabeça negativamente, deixe algumas lágrimas cairem, me aproximei dele, segurei seu braço dizendo Vih você não está falando sério né? Diz pra mim que você está brincando por favor Vitor!
Eu lhe olhei falando um pouco mais alterada fala Vitor, fala que você está brincando comigo pelo amor de Deus...
Ele puxou seu braço se afastando de mim e disse eu não estou brincando, você pediu a verdade e essa a verdade, eu não quero casar, acabou, acabou namoro, noivado, acabou tudo, você não precisa se preocupar que depois eu falo com seus pais, eu pretendo recompensar o que eles já gastaram...
Eu me virei lhe olhando, as minhas lágrimas caiam cada vez mais, ele estava de costa, eu dei uma risada cínica dizendo eu não tô ouvindo, eu não posso está ouvindo isso, você me espero por cinco anos, cinco anos Vitor, a gente fez planos, marcou data, você comprou nosso apartamento e agora me diz que cansou, como? Me explica isso Vitor, me explica por eu não consigo entender isso...
Passei a mão no rosto tentando secar as minhas lágrimas, me aproximei dele, dizendo fala, fala olhando nos meus olhos, como você cansou? Porque? Fala Vitor, falaaaa
A minha voz já estava falha, as minhas lágrimas eu já não tinha o controle delas, ele me olhou abaixando seu rosto, eu o segurei levantando com uma certa força e disse olhando em seus olhos não faz isso comigo, não faz isso... Você sabe o quanto eu te amo, o quanto eu tô esperando esse momento, não me faz isso Vitor...
Ele deu um suspiro tirando minhas mãos do seu rosto e disse não torna isso mais difícil para mim, você me pediu para falar a verdade, eu tô aqui te falando, agora pode me xingar, gritar, mas não me pede explicações... Simplesmente não dar, eu não quero...
Eu gargalhei nervosa dizendo você pensa que eu sou o que? Um brinquedo? Eu passei a mão em meus olhos, lhe olhando séria e um pouco mais alto e isso que você pensa o que eu sou? O brinquedo que você usou e abusou e agora tá jogando fora... É isso Vitor que eu sou para você? Fala se você for homem fala agora olhando nos meus olhos que não me quer mais, se você me dizer isso eu passo por aquela porta e nunca, nunca mais eu te procuro...
Mas fala isso me olhando, vai Vitor... Ele me interrompeu dizendo rápido eu não te amo mais é isso, acabou, acabou tudo, foi tudo um engano, agora vai embora, segue a sua vida, seja feliz, você está livre, vai...
Eu fechei meus olhos, não querendo acredita naquilo que eu havia acabado de ouvir eu sentir minhas lágrimas e minha dor virar apenas um pranto, ela permancia de costas, passou a mão rápido secando uma lágrima, eu em um ato de desespero me aproximei o puxando pela blusa, ele se virou tentando me acalma, eu segurei novamente em sua blusa dizendo cada vez mais alto como? Como acabou o amor Vitor, se dias atrás você me jurou amor eterno, disse que me daria a sua vida...
Eu soluçava lhe olhando, em seus olhos havia triste e uma vontade de chorar, mas ele se segurava ao máximo... Ele balançou a cabeça negativamente e disse hum dia você vai entender... Hum dia...
Ele tirou minhas mãos de sua blusa, se afastou saindo do quarto e me deixando ali sozinha....
Eu me encostei em seu guarda-roupa, deixando me a cair no chão, abracei minhas pernas, abaixando minha cabeça...
Ele saiu rápido encostando a porta, ele já não aguentava mais segurar suas lágrimas, ele saiu dali rápido descendo as escadas, a D.Marisa que estava na cozinha, o chamou pelo seu nome, ele passou direto batendo a porta e saindo a rua perdido com seus pensamentos e com a sua dor, tudo que ele queria naquele momento era sumir, ele saiu em direção a cachoeira transtornado...
A D.Marisa olhou para as escadas pensativa...
Eu me levantei olhando tudo em volta, me aproximei do porta-retrato o pegando, e sem pensar muito o joguei contra a parede, eu o olhei no chão estava todo quebrado, era assim como o meu coração estava eu me aproximei me ajoelhando tentando tirar a foto, mas como as minhas mãos estavam tremulas acabei por me cortar...
O Leo que estava no quarto se levantou rápido, indo até o quarto, a D.Marisa ouviu o barulho e subiu rápido, o Leo entrou no quarto me olhando, e disse o que foi isso? Ele se aproximou me pegando pelo braço e disse deixa eu te ajuda, isso, isso foi fundo...
A D.Marisa se aproximou perguntando o que estava acontecendo, eu olhei para o Leo apenas o abraçando forte, ele olhou para sua mãe sem entende, ela olhou para o chão, olhou para mim, o Leo tentava me acalma dizendo deixa eu cuidar de você, você se machucou....
Eu me afastei lhe olhando, olhei para a D.Marisa e disse desculpas, desculpas, eu passei rápido pelo dois descendo as escadas correndo, os dois foram atrás de mim, mas quando desceram eu já estava abrindo o portão, eu atravessei a rua rápido, abrir o portão da minha casa, entrei na sala, minha mãe que estava sentada, me olhou rápido, eu fechei a porta me encostando sobre ela, se antes eu estava em prantos, agora eu já nem sabia mais como eu estava, eu chorava em um desespero que nem eu tinha controle, minha mãe se levantou rápido vindo em minha direção, eu fui me abaixando até me sentar, ela se abaixou me olhando e sem saber o que dizer, ela me abraçou forte, apenas me fazendo carinho...

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