Depois de todos de banho tomado, jantamos e logo saímos para a rua, o Vitor já estava lá sentando sozinho com o seu inseparável violão, nos aproximamos dele, a Luisa mais do que depressa sentou ao seu lado quase impedindo que ele se movimentasse, percebi que ele ficou um tanto se graça, ele me olhou e disse - Vem, senta aqui também!

Eu sorri me sentei ao seu lado, o Daniel se sentou a nossa frente, me virei para o Vitor e perguntei - E o Léo, não quis vir hoje, ele esta bem?

Ele me olhou com um rosto, de quem não havia gostado muito da pergunta, achei até estranho, mais logo me respondeu - Não sei, quando sai ele estava trancado no quarto, por quê?

Senti certa irritação em sua resposta e disse - Por nada Vitor, por nada, só para saber.

O Daniel me olhou rindo, como se tivesse entendido tudo, nesse momento o Vitor lhe deu um olhar como se quisesse tirá-lo dali, a Luiza nos olhava tentando compreender aquela cena, mais logo disparou - Então Vitor, toca que muito ouvir sua voz?

Ele sorriu sem graça e começou a tocar, eu fiquei ali olhando para o céu e perdida nos meus pensamentos, o Vitor estava nervoso comigo por algum motivo, e pelo jeito o Léo também, afinal todas as noites ele ficava ali conosco!

Ficamos ali por mais um tempo, não estava me sentindo muito confortável ali, o Vitor a qualquer comentário meu sempre me dava uma resposta atravessada e ainda tinha que agüentar a Luisa se jogando para cima dele a cada segundo.

Quando cansei, me levantei e disse a todos - Bom vou entrar, tchau!

O Daniel se levantou rapidamente dizendo que iria junto, a Luisa apenas levantou o rosto dizendo que queria ficar mais um tempo ouvindo o Vitor tocar, somente a olhei e respondi - Tudo bem, eu vou dormir!
Daniel e eu entramos, subimos, eu estava no meu quarto arrumando minha cama, ele parou em frente à porta o olhai e disse - Precisa de alguma coisa, no armário ali do quarto de hospedes tem mais alguns cobertores e travesseiros se quiser.

Ele sorriu balançando a cabeça e dizendo - Não, não precisa.

Ele continuou ali parado me olhando, eu virei seu rosto novamente em sua direção rindo e disse - Ah... já ta me incomodando já, qual é o problema!

Ele gargalhou e disse - Seus dois amigos estão apaixonados por você, como você conseguiu isso?

Eu o olhei e disse - Ai que besteira Daniel, de onde você tirou isso agora.

Ele se aproximou se sentando na poltrona próxima a cama e respondeu - É obvio, o Léo não quer nem te ver perto de mim, e você não viu como o Vitor ficou quando perguntou do irmão dele.

Eu o olhei meio sem resposta e ele continuou - E não adianta disfarçar que sei que você tem uma queda pelo Vitor.

Eu respondi irritada - Para de besteira, você e suas teorias!

Ele sorriu me respondendo - Você acha que não percebi sua irritação com a Luisa dando em cima do Vitor!

Eu me virei ajeitando meu travesseiro e disse - Para com essa besteira Daniel, não gosto dessas brincadeiras bobas.

Ele ficou se dizer nada, me aproximei da janela abrindo um pouco a cortina, dava para ver os dois sentados ali na rua, a Luisa cheia de sorrisos, e o Vitor tocando com a cabeça baixa. Virei-me o Daniel estava parado atrás de mim olhando e só comentou - Devia falar para a Luisa que gosta dele, antes que veja algo que não queira.

Eu fechei a janela, me sentei na cama séria. Ele foi em direção a porta me deu boa noite e saiu.

Me deitei e meus pensamentos começavam a me incomodar, eu realmente sentia ciúmes da Luisa com o Vitor, mais será que não era só um ciúmes de amigo? E se o Léo gostasse de mim como o Daniel diz, eu não queria magoar nenhum dos dois. Acabei adormecendo com isso na cabeça, ainda estava em um sono leve quando acordei com a Luisa entrando no quarto, levei um susto e me sentei rapidamente na cama, ela riu e disse - Desculpa amiga, é que esqueci meu pijama aqui, já vou para o meu quarto.

Olhei para o relógio já eram duas da manhã, enquanto ela pegava o pijama eu disse - Nossa você estava até agora na rua com o Vitor...

Ela se virou com um enorme sorriso no rosto e disse - Sim estava até o final do feriado ele será meu.

Eu dei um sorriso sem graça, ela saiu gargalhando do quarto.