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...Que quando a gente se entrega por

inteiro é amor, o gosto de um beijo fica

pra sempre quando é amor..."

20 de janeiro de 2010

Ambos ficamos calados, cada um com as suas lágrimas, cada um com os seus pensamentos do momento, eu acabei adormecendo em seus braços, ele ficou ali um longo tempo me olhando é repetindo diversas vezes o quanto me amava e não queria me perder....
No dia seguinte eu havia despertado primeiro que ele, abrir meus olhos devagar eu até podia sentir meus olhos pesados, como eu queria que tudo aquilo fosse um grande pesadelo, como eu queria!
Eu tentei me mexer, mas ele havia dormido abraço junto com a mim, tirei seus braços com cuidado e com uma certa dificuldade, depois de um tempo finalmente havia conseguido, eu me levantei fui até o outro quarto separei uma roupa para mim, tomei um banho demorado tentando deixar todos os meus pensamentos, medos e decepções fossem embora juntos com aquela água, assim que terminei me vestir rápido me ajeitando, sair do banheiro olhando tudo em volta, fui em direção a sala, desde do dia que havia perdido o bebê eu só havia saido uma unica vez para retirar os pontos, mas naquele momento eu sentia a necessidade de sair, de andar, ver gente eu precisa respirar, sem pensar muito peguei as chaves do carro e da porta sair fechando tudo, desci indo até o estacionamento entrei no meu carro sair andando sem rumo, passei algumas horas apenas me deixando ir...
O Vitor quando despertou praticamente a manhã já havia ido embora, ele olhou para o lado da cama vazio, se levantou rápido me procurando no outro quarto, me chamou algumas vezes, como não obteve resposta foi até a sala, olhou para a mesinha de centro não notou as chaves, ele passou a mão nos cabelos preocupado é perguntando onde ela foi meu Deus? Ela não devia ter saido, não devia...
Ele ficou ali andando de um lado para o outro sem saber o que fazer, eu já havia andando, caminhado por longas, passando próximo a faculdade, ao hospital, ao bar quando já estava tomando o caminho de volta para casa, observei a praça mesmo sendo uma segunda-feira, sempre havia algumas crianças brincando, acompanhadas por mães, babas, eu parei o carro, fiquei ali observando as brincar, correr, levei minhas mãos a minha barriga, ontem eu havia feito a bobagem de agradecer por ter pedido a minha princezinha, mas se agora eu a tivesse eu não iria está me sentindo como eu estava sozinha!
Eu respirei fundo tentando conter as minhas lágrimas que teimavam em cair, as sequei rápido, não iria me adiantar nada agora chorar, me lamentar tudo havia acontecido, não havia mais como volta ao passado, eu agora teria que cuidar da minha vida, retomar o meu trabalho, mas nunca pensei que seria tão difícil recomeçar, ainda mais agora sem o Vitor ao meu lado...
Eu passei as minhas mãos no cabelo, liguei o carro novamente indo para casa assim que entrei o Vitor deu um pulo do sofá me olhando e dizendo rápido onde você estava? Você, você não deveria ter saido....
Eu lhe olhei dizendo em um tom áspero estou aqui num estou... Licença que vou para o meu quarto!
Eu sair rápido fechei a porta do quarto, ele ficou parado olhando um tanto sem reação...
Os dias foi se passando, o dia da viagem era cada dia mais próximo, eu havia decidido me afastar do Vitor, mesmo ele insistindo em está ao meu lado, em dormir na mesma cama, em compartilhar seus pensamentos e suas dúvidas...
Eu havia passado a semana praticamente calada, perdida com as minhas mágoas, já era um final de tarde depois de dar uma ajeitada na cozinha, eu fiquei pela sala, liguei a tv pipocando os canais, por alguns minutos parei vendo um filme, quando já estava me cansando me levantei indo até o quarto, abrir a porta entre aberta, olhei em direção a cama, respirei fundo, meus olhos se encheram de água, o Vitor levantou seu rosto me olhando, eu abaixei meu rosto já chorando, fui rápido até o banheiro, ele deu um suspiro olhando a porta, se aproximou, eu me tranquei me deixando chorar um pouco, eu não queria acreditar, ele já estava arrumando suas malas, as malas o que seria agora de mim?
Como seria minha vida agora? Porque, porque eu havia perdido tudo, tudo aquilo que amava....

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