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...Que quando a gente se entrega por

inteiro é amor, o gosto de um beijo fica

pra sempre quando é amor..."

4 de janeiro de 2010

Eu soltei um suspiro logo só ouvi minha mãe – Ah se esconderam é!

Eu me sentei meu pai se virou a olhando- Não, só vimos trazer as coisas para o quarto!

Eu concordei ela se aproximou de mim- E você não vai tomar um banho, comer algo? Deve ta cansada!

Eu sorri- Vou sim, mas antes..

Me virei olhando relógio na cômoda- Vou ligar pra alguém e avisar q já cheguei!

Ela parou me olhando- Pelo amor de Deus , faz suas coisas primeiro, liga depois!

Eu me levantei- Não, quero ligar antes do show!

Ela balançou a cabeça- Você saiu a pouco de casa, não vai morrer se ligar mais tarde!

Eu fiquei a olhando, meu pai suspirou- Para com isso Fátima, tem que ligar sim, a viajem é longa o rapaz deve ta preocupado!

Eu me virei indo em direção a porta, sai indo a sala, minha mãe o olhou- É incrível isso, parece que ela não gosta mais de ficar com a gente, ele tem que sempre ta junto pra ela estar bem!

Meu pai balançou a cabeça rindo, se levantou- Vo fingir que não escutei isso Fátima!

Ele saiu indo ao outro quarto, minha mãe ficou ali mais um tempo, assim que desci meu avós estavam na sala vendo tv, meu avô me olhou – Quem diria, vou ser bisavo hein!

Eu sorri me aproximei dele passando a mão em seu ombro, ele colocou sua mão sobre a minha fazendo carinho- já ligou pro seu marido avisando que chegou?

Eu o olhei- Vim fazer isso agora!

Minha avó me olhou de canto de olho, mais não disse nada, eu me afastei indo em direção ao telefone, liguei, o Vitor já havia saído mais cedo, pois os dois iram ter uam reunião com o Marcelo, logo tocou..tocou..ninguém atendeu, eu deliguei meu avô olhou- Não atende?

Eu me sentei me sentei no outro sofá- Não, já deve ter saído!

Minha avó olhou- A essa hora da noite não ta e casa!

Eu a olhei- Ele toca de noite vó..a senhora sabe!

Ela levantou os ombros- Bom, não se preocupa então..ele deve ta tranqüilo..deixou você vir só com seus pais!

Eu fiquei a olhando, respirei fundo, porque tudo aquilo! Me levantei quieta só disse que ia tomar uma banho e subi novamente, meu Avô apenas o olhou sério, ela balançou a cabeça o dois ficaram em silêncio, eu entrei no quarto minha mãe já havia ido ao dela, fui a minha mala separando minha roupa fechei a porta indo ao banheiro, tomei um banho demorado, assim que terminei me sequei, já vesti meu pijama, arrumei a cama, ia comer algo antes de deitar, mais o sono e o cansaço foi bem maior, meus pais também tomaram seu banho mais ao contrario de mim foram comer algo, antes de descer meu pai passou no quarto me viu dormindo, fechou a porta, assim que entrou na sala minha mãe olhou- Chamou ela Antonio?

Ele balançou a cabeça- Ela dormiu, deve ta cansada, amanhã ou no meio da noite ela come algo!

Ela se levantou- Imagina, ela tem que comer!

- Ta Fátima, mais não vou acorda-la só pra ela comer, ela ta cansada!

Meu avô se levantou – Vamos comer nós, deixa ela dormir..vamos..vamos!

Todos foram a mesa jantando, assim que terminaram a empregada organizou tudo, foram a sala se sentando e conversando, depois de um tempo meus avós deram boa noite subindo para seus aposentos, o Vitor já havia chego deixou seu violão sobre o sofá indo em direção ao telefone, nem havia se apegado ao horário, meu pais ficaram mais um tempinho ali, logo o telefone toca, meu pai olhou- Nossa é tarde, telefone essa hora é preocupação!

Minha mãe se levantou indo atender- Até imagino quem seja!

Assim que atendeu, logo ouviu- D.Fátima!

Mais do que rápido- Oi Vitor!

Ele deu um riso sem graça- Desculpa ta ligando a essa hora, é que tive que ir mais cedo e fiquei sem saber se chegaram bem, se esta tudo certo ai!

- Ta..tá tudo ótimo!

Ela fez um silêncio ele também esperando que ela falasse algo mais, como percebeu que iria ficar naquilo ele completou- Posso falar com ela D.Fátima?

Ela soltou um suspiro- Ah Vitor, ela já foi dormir, chegou um pouco cansada e se deitou já!

Ele deu um suspiro- Tudo bem então, mais ela ta bem né?

Ela disse que sim, ele então agradeceu e disse que ligaria no dia seguinte, ele se despediu desejou boa noite e logo foi deitar, foi até o quarto pensado, era estranho ficar sozinho, minha mãe desligou olhou pai ele se levantou, deu um gemido mexendo no ombro e no braço ela se aproximou- Que foi..essa dor dinovo?

Ele respirou fundo como se recuperasse um pouco de ar- Vem do nada isso!

Ela o olhou séria- Devia ter remarcado o médico pra essa semana, vamos dormir vai, quer beber algo?

Ele balançou negativamente a cabeça ela pegou seu braço- Vamos deitar então, mais chegando em casa já vou marcar médico pra você!

Ele concordou os dois foram se deitar, meu pai demorou um tanto a pegar no sono, mais assim que a dor e o mal estar passaram ele adormeceu, o Vitor depois de um banho se jogou na cama e logo adormeceu.

No dia seguinte despertei sozinha, me espreguicei por mim dormiria um bom tanto mais já estava bem claro e seria uma questão de tempo até virem me chamar, me levantei fui ao banheiro tomei um banho rápido, escovei os dentes, arrumei o cabelo, coloquei uma roupa e logo desci, fui a sala de jantar e como esperava todos já estavam terminando o café, dei bom dia minha mãe já me mandou me sentar, perguntei pelo meu pai ela apontou a sala mais me puxou em seguida- Pode tomar café antes, dormiu sem comer nada ontem!

Eu me sentei ela já foi colocando algumas coisas na minha frente, minha Vó me olhou foi perguntando tudo o que não havia perguntado antes, minha mãe se aproximou- Suas tias já estão vindo todas empolgadas!

Eu dei um sorriso logo terminei meu café, minha mãe pegou as coisas, me levante pedindo licença, fui até a sala, vi meu pai sentado com a cabeça encostada, me aproximei devagar dei um beijo na sua bochecha ele abriu os olhos, me sentei do seu lado- Ta bem?

Ele suspirou- To sim, só um pouco de cansaço!

Fiquei o olhando- Tem certeza?

Ele balançou a cabeça positivamente, só ouvi a campanhia tocar, minha Vó passar correndo- Nossa foram rápidos hoje!

Ela abriu a porta minhas tias já foram entrando e fazendo aquela algazarra, meu pai se levantou tinha um expressão de incomodo misturada com dor, logo uma das minha tias se aproximou de mim sorrindo com a mão no rosto- Não acredito..olha pra isso..olha!

Ela veio me abraçando se afastou segurando minha barriga, olhou para traz chamando minha outra tia- Vem aqui Renata, olha isso que coisa linda!

Ela se aproximou sorrindo- Até que enfim essa família vai aumentar!

Eu sorri as olhei- Ainda tem tempo vocês duas!

Ela riram..- Não meu amor..nosso tempo já foi, como escolhemos não ter agora tem que mimar os sobrinhos!

Ela logo voltou até sua mala, minha outra tia olhou- Andréa pega o meu também!

Ela se aproximou mais me abraçando, sorriu- E como ta indo tudo? Difícil?

Eu levantei os ombros- Acho que a parte pior já passou, os enjôos essas coisas!

Ela concordou a Renata se aproximou com dois embrulhos- Olha só..o primeiro presente da nossa sobrinha!

Ela me entregaram, eu ria agradecendo- Sobrinha é..o Vitor ia adorar ouvi isso!

Ela sorriram- É bem neutro porque a gente não sabe ainda né, mais a torcida é por uma menininha aqui!

Eu ri logo a outra disse- Falar em Vitor, onde ele está?

Eu me sentei abrindo o presente- Não pode vir, mais mandou um abraço a todas!

Ela a Roberta se sentou ao meu lado- Que pena...mais tudo bem não vai faltar oportunidade de reunir a família toda.

Eu concordei abri os dois embrulhos eram roupinhas lindas, eu dei um sorriso e mais um abraço nas duas agradecendo, minha mãe se aproximou dizendo que era lindo, ficamos mais algum tempinho ali tricotando, logo elas se levantaram, minha mãe ajuntou as coisas levando para cima pra mim, e foram a cozinha fofocar um pouco, quando saíram me virei prestando tenção no meu pai ele fechou os olhos como se lhe faltasse ar eu me aproximou- Pai o que você ta sentindo..fala!

Ele balançou a cabeça se baixou rápido levando a mão ao peito soltando um gemido alto, eu rápido gritei minha mãe, ela veio correndo eu só segurei o braço dele tentando levanta-lo- Tem que levar ele pro hospital agora!

Ela se aproximou, ele soltou mais um gemido, ela segurou seu ombro falando preocupada- È aquela dor Antonio!

Ele suava frio que mal conseguia falar eu a olhei- Que dor mãe..me ajuda agora..tem que levar ele..rápido!

Ela estava um tanto perdida eu a olhei nervosa e disse alto- Rápido mãe!

O pessoal que estava na cozinha, veio correndo só olhei minha tia, ela veio correndo até mim me ajudar, os outros vieram me ajudando o levar até o carro, eu já não estava pensando em mais nada, apenas que eu tinha que levar ele dali, sem pensar só voltei correndo pegando a chave do carro, minha mãe entrou, minha tia Renata me olhou- Eu dirijo é melhor e..
Eu a olhei já entrando- Não..não...

Sem nem pensar liguei o carro e sai, eu estava transtornada, meu pai gemia de dor eu só olhei rápido para tas- Mantém ele consciente mãe...consciente!

Olhei pelo retrovisor ela secou os olhos- O que ele tem filha..pelo amor de Deus porque isso!

Eu só olhei de volta- Respira fundo pai..tenta respirar..

O hospital era próximo mais parecia que nunca chegava, acelerei o máximo que pude parei o carro logo em frente sai correndo abrindo a porta de trás, logo vieram alguns enfermeiros e seguranças que estavam logo a frente, um deles entrou correndo chamando um dos médicos ele se saiu rápido, ele me olhou o levando pra dentro, falei sobre o ataque tudo que havia acontecido ele consentiu com a cabeça o levando

para dentro, minha ma~e veoi atrás de mim, eu não podia entrar mais, naquele momento me senti sem chão, uma inútil como se tudo que eu tivesse estudado, tudo não tivesse servido para nada, parei olhando aquela porta fechada levei minha mãos aos cabelos respirando fundo, minha mãe se aproximou chorando, eu respirei segurando seu rosto- Calma, ele vai ficar bem...vai sim!

Ela me abraçou forte, a única coisa que passava pela minha cabeça era de que me adiantou tudo aquilo se nem quem eu amo eu conseguiria ajudar, fiquei um bom tempo abraçada a minha mãe me segurando e tentando me controlar, logo olho no corredor minha tia entrando, ela se aproximou rápido, eu me afastei um pouco da minha mãe ela me olhou segurou no ombro dela- Vai dar tudo certo Fátima..calma!

Eu em afastei as olhando, respirei fundo- Vou tentar falar com alguém ta!

Ela consentiu com a cabeça, pela primeira vez vi minha mãe totalmente perdida, sem rumo, sem ação.

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