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...Que quando a gente se entrega por

inteiro é amor, o gosto de um beijo fica

pra sempre quando é amor..."

12 de janeiro de 2010

O porque eu estava sendo castigada daquele jeito! A poucos horas eu estava com a minha filha dentro de mim, é agora, é agora não havia nada.... Porque meu Deus? Porque aquilo estava acontecendo comigo!
Tudo que eu conseguia naquele momento era chorar e sentir raiva de mim mesma, eu não havia conseguido, eu não havia conseguido proteger, salvar minha filha, minha pricenzinha que já era tão amada, naquele momento eu só conseguia me sentir a pior das mulheres, sim a pior entre todas elas, eu não havia conseguido, não havia....
O Vitor estava ali ao meu lado, tentando me confortar, me acalmar, mas ele não podia negar que uma certa decepção lhe havia tomado, mesmo com o susto inicial da gravidez, com o medo que havia lhe abalado, ele queria, ele queria realizar seu sonho, o sonho de ser pai, pai de uma menina...
O Leo e a Tati depois de encontrar um telefone se aproximaram o Leo olhou dizendo não vou ter coragem de contar para a D.Fátima, como vou dar essa noticia?
Ela deu um suspiro dizendo temos que dar Leo liga para a sua mãe primeiro! Ele pegou o telefone discou os números e logo ela atendeu, ele aconteceu o que havia corrido, ela recebeu a noticia com uma certa tristeza, ele terminou de lhe contar tudo e logo desligou dizendo que depois que daria mais noticias...
Ele colocou o telefone no lugar, olhou a Tati dizendo liga você, eu não vou ter coragem para falar para os pais dela o que aconteceu, eles vão me encher de perguntas...
Ela deu um suspiro dizendo eles também vão me encher de pergunta, mas não podemos deixar de avisar, e os pais dela! Deixa eu ligar vai...
Ela se aproximou do telefone fazendo a ligação do outro lado, minha mãe atendeu assim que ouviu a voz da Tati seu seu sentindo de mãe falou mais alto e ela logo perguntou o que aconteceu com a minha filha Tati?
Meu pai que estava sentando a sua frente se levantou dizendo que foi Fátima? O que aconteceu? Fala mulher...
A Tati deu um suspiro dizendo infelizmente houve uma confusão aqui no hospital onde ela trabalha e ela foi atingida, eu sinto muito mas ele perdeu o bebê...
Minha mãe ficou muda, olhou meu pai ao lado se sentou dizendo meu Deus, meu Deus minha filha não merecia isso, não merecia como ela está querida? Me diz como ela está?
A Tati deu um suspiro dizendo eu, eu não sei D.Fátima eu ainda não vir ela, o Vitor está com ela nesse momento eu quis avisar o quanto antes, caso a senhora quisesse vim...
Ela respondeu, eu, eu vou claro que eu vou, ela precisa de mim agora, ela tá no hopistal onde trabalha?
Meu pai a olhou mais nervoso do que no inicio e disse hospital? Como assim Fátima? O que aconteceu, me diz?
Ela fez um gesto com a mão pedindo que esperasse, a Tati a respondeu ela agradeceu se despediu rápido dizendo eu tô indo....
Ela desligou o telefone, olhou meu pai dizendo nossa menina Antônio, nossa menina perdeu o bebê, era uma menina, uma menina como ela sempre sonhou...
Como foi isso Fátima? Como ela está? Tadinha da minha filha deve está arrasada, nós vamos agora ver-la, não podemos ficar assim, aqui, vamos?
Minha mãe olhou dizendo você não pode ficar nervoso, será que num vai te fazer mal viajar?
Ele a olhou dizendo vai me fazer mal ficar aqui, eu já estou bem... Arruma logo tudo e vamos...
A Tati assim que desligou o telefone, olhou o Leo dizendo que situação! Ele lhe deu um abraço dizendo é triste, mas eles vão precisar de nós, vamos lá?
Ela consentiu os dois voltaram a sala de espera...
Eu continua ali, sem saber mais o que pensar, o que falar, eu sentia um pouco de dor, me sentia confusa...
O Vitor estava ali ao meu lado já havia alguns minutos, nem chorar mais eu conseguia, eu estava com o meu olhar perdido ao longe, ele segurou minha mão, me fez carinho no rosto dizendo baixinho descansa meu anjo, descansa você agora precisa se recuperar, sair dessa cama, não fica assim, não fica meu amor...
Eu lhe olhei deixando mais algumas lágrimas cair apertei sua mão dizendo porque Vih? Porque comigo? Onde eu errei? Porque? Porque?
Ele passou sua mão delicada nos meus olhos secando as minhas lágrimas se abaixou dando um beijo na minha testa dizendo você não errou em nada meu amor, nada, foi apenas o destino que não quis...
Eu lhe olhei dizendo que destino é esse? Que destino e esse que tirou a nossa filha Vih?
Calma meu amor, calma... O Dr Ricardo entrou no quarto novamente se aproximou nós olhando, olhou o Vitor dizendo ela não pode se agitar assim, ele me olhou dizendo você sabe disso! Precisa se acalma eu sei o que você está passando, mas se ficar assim se torturando vai se pior, você quer que algo te aconteça?
Eu balancei os ombros dizendo que diferença isso vai fazer agora? Eu não, não sirvo para...
O Vitor me interrompeu passando seus dedos em meus lábios dizendo não fala bobagem, não fala, você quer me deixar só? Me diz o que vai ser mim sem você hein? Hun? E os nossos sonhos, os nossos planos?
Eu fiquei lhe olhando sem dizer nada, logo depois acabei adormecendo....
O Dr Ricardo nos olhou, olhou o Vitor dizendo e melhor você deixar ela descansar, ela vai precisa desse momento, já e tarde se você quiser ir para casa saiba que ela vai ser bem cuida, as nossas enfermeiras vão...
Ele o interrompeu dizendo eu prefiro ficar, eu prefiro, será que posso?
Claro que pode! Mas avisa pelo menos a familia de vocês que estão lá fora, ele passou a mão nos cabelos dizendo nossa havia esquecido deles eu vou até lá...
Eu continuava dormindo, ele me olhou os dois logo sairão do quarto, o Vih foi até a sala de espera contando tudo para eles, já era tarde da noite, o Vitor deu um suspiro dizendo vocês dois, vão para casa, a Tati trabalha amanhã, eu vou ficar aqui, podem ir se eu precisar eu ligo...
O Leo lhe olhou dizendo certeza? Ele consentiu dizendo pode ir...
Os dois se despediram e logo sairão, ele ficou ali olhando tudo em volta estava se sentindo perdido, decidiu ir até a cantina tomar um café pelo menos para se manter acordado, se aproximou fazendo seu pedido, o Dr João se aproximou tocando em seu ombro, ele se virou procurando quem era, lhe olhou...
Ele apertou seu ombro de leve dizendo sinto muito! Ele ficou lhe encarando e sem pensar muito disse se ela não estivesse nesse plantão nada disso teria acontecido!
Ele se afastou e disse eu entendo seu momento, mas isso podia ter acontecido, em qualquer plantão, em qualquer lugar...
Não adiantar ficamos procurando razões, culpados, isso não vai trazer sua filha de volta, não vai fazer tudo voltar!
É fácil falar quando se estar do outro lado da história! Se um louco num tivesse tentando invadir a sala nada disso teria acontecido e mesmo assim você me diz que não tem culpados? Ele se virou pegou seu café, tomou um pouco, lhe olhou dizendo se fosse você no meu lugar iria entender! Ele deixou o copo sobre o balcão deixou o dinheiro junto... Se virou novamente...
Eu sinto muito mesmo! Não apenas como médico mas como amigo...
Ele balançou a cabeça positivamente, se levantou preferiu não respondeu mais nada, saiu voltando ao quarto, abriu a porta devagar, se sentou no sofá me olhando, deixou por alguns momentos suas lágrimas caírem, se lembrando das roupinhas que eu havia comprado, dos momentos que juntos fazíamos planos para o quarto, a escolha dos nomes, ele deu um suspiro passando suas mãos no cabelo por mais que ele quisesse ficar só naquele momento sentiu um aperto lhe tomar conta, sentiu saudade do abraço da sua mãe, o abraço de quem lhe poderia entender naquele momento...
Ele deixou sua cabeça se encostar acabou depois de um tempo adormecendo ali mesmo...
O dia já estava quase amanhecendo quando meus pais chegaram, minha mãe pediu informações na recepção, seguiu até o quarto a Thais já estava indo embora do seu plantão, quando olhou os dois vindo no final do corredor, ela ficou esperando, os dois se aproximou, ela olhou minha mãe dizendo lembra de mim?
Minha mãe a olhou dizendo sim, você á colega da minha filha né? Pelo amor de Deus onde e como ela está?
Ela lhe olhou dizendo na medida do possível ela está bem, ela apontou para uma das portas dizendo ela está naquele quarto, só vai poder entrar um até lá porque o Vitor está lá com ela...
Minha mãe agradeceu olhou meu pai dizendo eu vou ver-la primeiro!
Meu pai consentiu, lhe olhou dizendo me dar noticias... Ela concordou foi até a porta onde ela havia apontando a abriu devagar, olhou o Vitor no sofá, se aproximou da cama me olhando, passou sua mão levemente pelo meu rosto dizendo você não merecia isso minha menina, não merecia! Ela se aproximou me dando um beijo delicado...

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